tag:blogger.com,1999:blog-386191362024-02-28T15:43:54.492-03:00agora lascoude um tudoPaulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comBlogger1867125tag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-25836452207149542462021-06-10T11:31:00.002-03:002021-06-10T11:31:16.952-03:00As troianas, Eurípides<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
troianas, Eurípides, 415ac, 101 páginas, tradução de Mário da Gama Kury, Zahar.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
troianas é uma peça que demonstra o horror da guerra, em especial para as
mulheres. Após a derrocada de Troia, as mulheres troianas são divididas entre
os gregos, para servirem de escravas ou amantes. A guerra é um desastre e uma
tragédia e, parece-me, a guerra é uma “diversão” e fantasia masculina. Quem
sabe, um mundo matriarcal não teria guerras. A peça é tragédia absoluta: só há
sofrimento e desesperança. Não há consolo para as troianas, tampouco para nós
nestes tempos sombrios que vivemos no país sem esperança. Um libelo contra a
guerra e a violência, predominantemente masculina, de todas as épocas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil7i9WlF0lgwyQYhApeSsrQkOPKloikC2Ger5Ii_VMpEbOAWVufSuZzNzu2H8CcEg8mGEvOkLj0hr2z_biY_3QEa2SUEQdu3QaBhV1XevAolwA2sigTuBmCaF0HAOf395ynxCB_Q/s1275/CTB_AS-TROIANAS_Foto%2540PauloNogueira-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="850" data-original-width="1275" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil7i9WlF0lgwyQYhApeSsrQkOPKloikC2Ger5Ii_VMpEbOAWVufSuZzNzu2H8CcEg8mGEvOkLj0hr2z_biY_3QEa2SUEQdu3QaBhV1XevAolwA2sigTuBmCaF0HAOf395ynxCB_Q/w640-h426/CTB_AS-TROIANAS_Foto%2540PauloNogueira-3.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
peça começa com o lamento de Hécuba pela derrota da cidade. Diferentemente de
outras peças, há dois coros (ou semicoros) compostos por mulheres troianas, cada
um dos quais tendo como corifeu uma mulher. Há um coro de mulheres jovens e um
coro de viúvas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“É
insensata a criatura que se alegra / com um momento de felicidade e o julga / interminável,
pois a sorte, sempre incerta, / é igual ao homem delirante que em seus transes /
cai para um lado agora, depois para o outro. / Quem poderá dizer que sempre foi
feliz?”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cassandra,
profetisa e bacante, filha de Hécuba, foi escolhida por Agamenon. Ela sai de
sua tenda em estado de delírio e, sendo virgem pois sacerdotisa de Apolo,
anuncia suas “núpcias” e profetiza que será assassinada juntamente com
Agamenon. A outra filha de Hécuba, Polixena, foi sacrificada em honra de
Aquiles.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ouvem-se
novamente os lamentos de Hécuba. Os coros exaltam Troia e recordam a artimanha
do cavalo de madeira.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Entram
Andrômaca, a viúva do herói troiano Heitor, com o filho Astiânax. Andrômaca foi
escolhida por Neoptólemo, filho de Aquiles. Ela pensa que partirá com o filho,
porém Ulisses aconselhou aos gregos que o menino fosse morto para não se vingar
no futuro. O mensageiro Taltíbio vem buscar a criança.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Menelau
chega para buscar Helena. Discute-se o castigo para Helena, a morte, e a sua
culpa na guerra. Helena se defende e Hécuba a acusa e pede a morte de Helena.
Menelau assegura que Helena será morta na Grécia, mas o futuro dela permanece
incerto, por causa de sua beleza e sedução.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
coros lamentam Troia e o cativeiro. Taltíbio traz o corpo de Astiânax, que foi arremessado
do alto das muralhas de Troia. Hécuba prepara o corpo do neto para o funeral;
levam o corpo do menino.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Troia
em chamas, as cativas vão embarcar nos últimos navios gregos. Hécuba e os coros
ajoelham-se e batem na terra para invocar os mortos. Depois, caminham para os
navios.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-78204346626618934642021-06-04T16:02:00.000-03:002021-06-04T16:02:02.934-03:00Antígona, Sófocles<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Antígona,
Sófocles, século V a.C., 90 páginas, tradução de Mário da Gama Kury, Zahar.
Lido em 27/05/2021.</span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeDxuwlpCrkO7nDxOyXwSORQUnJgUZh-O4tcLpO5gAuJJ0CHIPoR4FOdjSek4-NeG4NZENrOULrcdGZzatjyfF9sYi0hFaB_WBKHy0XV3x5UbXTn2PARGQ1yVMy0LsszPgUaS7wQ/s1024/Imagem-antigona-escoltada-por-dois-aguardas-antigone-vase-e1532729073812-1024x591.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="591" data-original-width="1024" height="369" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeDxuwlpCrkO7nDxOyXwSORQUnJgUZh-O4tcLpO5gAuJJ0CHIPoR4FOdjSek4-NeG4NZENrOULrcdGZzatjyfF9sYi0hFaB_WBKHy0XV3x5UbXTn2PARGQ1yVMy0LsszPgUaS7wQ/w640-h369/Imagem-antigona-escoltada-por-dois-aguardas-antigone-vase-e1532729073812-1024x591.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Antígona
é uma das tragédias que mais rende discussões e pontos de vista. Por isto, tão
fascinante. Em Antígona, todos estão errados e todos estão certos – ou todas as
posições geram conflitos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Após
a morte de Édipo em Colono, Tebas entra em uma guerra civil. A guerra deriva do
desentendimento entre Etéocles e Polinices, filhos de Édipo. Eles haviam
concordado em dividir o poder na cidade: cada um reinaria um ano. Mas Etéocles
recusou-se a devolver o trono a Polinices. Este procurou aliados em outras
cidades e formou um exército para tomar o poder.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Na
batalha pela cidade, Polinices e Etéocles se matam mutuamente, e os deuses
protegem a cidade, livrando-a dos inimigos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Creonte,
irmão de Jocasta e tio dos irmãos mortos, frente ao vácuo de poder, assume o
trono. Nós estamos muito distantes da cultura grega da época, mas devemos
perceber que Creonte é um tirano no sentido grego: o tirano é alguém que assume
o poder em situações excepcionais, mas que não deixa de lado a democracia e que
pretende conduzir o governo para a volta à democracia (democracia grega,
diferente do nosso entendimento).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Creonte
assume o poder e decide que Etéocles terá as honras fúnebres – pois defendia a
cidade – enquanto o cadáver de Polinices será deixado exposto às aves e aos
animais – visto que este tencionava destruir a cidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Antígona,
irmã dos dois mortos, decide que não vai se submeter às ordens de Creonte. Para
ela, há uma ordenação maior, divina, e é necessário dar tratamento digno aos
mortos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Creonte
convoca os anciãos, como se fossem senadores, e comunica sua decisão. De certo
modo, Creonte respeita um rito democrático. Todavia, ele desrespeita a cultura:
a humanidade costuma honrar os corpos de seus mortos, independentemente de
ordens divinas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Antígona
desrespeita a lei civil, que considera menor que a lei divina (ou a cultura).
Ela não questiona a legitimidade do poder de Creonte, mas se pode pensar que sub-repticiamente
ela também desafia o poder do autoproclamado tirano-rei.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
coro de anciãos parece ter medo de desafiar o novo rei. Um guarda, do corpo de
guardas que foi encarregado de vigiar e garantir que o cadáver de Polinices não
fosse enterrado, tem muito medo da ira do rei, e demonstra isso quando traz más
notícias.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Antígona
exerceu honras fúnebres, incompletas até, ao corpo do irmão. Foi presa e levada
para Creonte. Este a condena a uma morte indireta: ordena que seja aprisionada
em uma caverna, mas com alguma comida. O filho de Creonte, Hêmon, namorado de
Antígona, tenta convencer o pai do erro, mostrando que a população não concorda
com a falta de respeito aos mortos e com a prisão de Antígona. Creonte não
cede.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Mais
tarde, interpelado pelo adivinho Tirésias e aconselhado pelo coro de anciãos,
decide reverter as ordens e enterrar Polinices e libertar Antígona. Mas é
tarde: Antígona se matou na caverna. Creonte vai até lá e encontra o filho,
Hêmon, que ataca o pai. Não consegue ferir Creonte, mas se mata, lançando-se
sobre sua espada. Para completar a punição (dos deuses?) a Creonte, sua esposa
também se mata ao saber da morte do filho.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Observa-se
como há riqueza de elementos nesta tragédia. Posso desafiar as leis civis em
nome de crenças religiosas? E em nome da dignidade humana? E se as leis civis
foram feitas de forma excepcional, em um período não de todo democrático?
Polinices era um traidor? Etéocles foi um traidor? A maldição da família de
Édipo foi responsável por todas as crises de Tebas?</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Muito
foi escrito e pensado sobre Antígona e continuará sendo.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-19792613414431934672021-06-02T15:00:00.002-03:002021-06-02T15:00:24.188-03:00A mão esquerda da escuridão, Ursula K. Le Guin, 1969<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
mão esquerda da escuridão, Ursula K. Le Guin, 1969, 304 páginas, tradução de Susana
Alexandria, Aleph.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-YSc72verCE3hyphenhyphenLfK4PPNHpRA_RcSpui9PvniSf-w32iDgfs2HYVjdWCAcJBnBRGS6XrviFWoccLlqBwD7i6ER7WcvgSa8ynWSlgf6FU8cKDU_HmsLdNcaGrVLhDQh4RNjfWS5Q/s395/uklg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="327" data-original-width="395" height="331" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-YSc72verCE3hyphenhyphenLfK4PPNHpRA_RcSpui9PvniSf-w32iDgfs2HYVjdWCAcJBnBRGS6XrviFWoccLlqBwD7i6ER7WcvgSa8ynWSlgf6FU8cKDU_HmsLdNcaGrVLhDQh4RNjfWS5Q/w400-h331/uklg.png" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Excepcional
história de Le Guin. Ficção científica ampla, sem a estreiteza comum nesta
área. Le Guin conta uma história que trata de sexualidade, patriotismo,
preconceito, empatia, amor, companheirismo, política, aventura.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
autora criou um planeta inteiro, com seus mitos, países, costumes, tradições,
geografia, clima. Um trabalho admirável.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Diferentemente
dos autores famosos e suas branquitudes, Bradbury, Asimov, Orwell e outros, um
dos personagens principal é negro e outro não tem gênero definido. Sim, pois no
planeta Gethen, os humanos somente assumem um gênero em determinado período do
mês, o kemmer. Neste período, os humanos procuram outro ser na mesma fase de
kemmer e juntam-se. O kemmering pode ser para toda a vida ou apenas naquele
período.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
romance traz, também, vislumbres sobre o misticismo e as religiões de Gethen,
bem como a vida rural e urbana. Vale muito a pena ler Ursula K. Le Guin.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Breve
resumo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
No planeta Inverno (ou Gethen), Genly Ai é o enviado da Ekumen, uma aliança de
planetas. O enviado vai convidar Gethen a participar da aliança. Ele está em Erhenrang,
capital do reino de Karhide; o rei se chama Argaven XV; o Ouvido do Rei, uma
espécie de primeiro-ministro é Estraven; o primo do rei é Tibe; kyoremy é o
parlamento do país. Os humanos do planeta não têm gênero definido.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Conta-se uma história antiga de Gethen sobre dois irmãos em kemmering (um tipo
de casamento) e que foram proibidos de permanecer juntos após o parto de um
filho deles. Suicídio e maldições, a história me fez pensar em Édipo Rei.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
O primeiro-ministro Estraven foi acusado de traição e expulso do país, em seu
lugar ficou Tisbe. Genly Ai se encontra com o rei mas não o convence a aceitar
a aliança de planetas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Conta-se história antiga sobre os Retiros e os Vaticínios. Como nos oráculos
gregos, as respostas são dúbias.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Genly Ai viaja pelo interior de Karhide para conhecer os Retiros e os Videntes.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Estraven narra sua fuga para Orgoreyn.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Notas sobre a sexualidade dos gethenianos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
8</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Genly Ai viaja para Orgoreyn.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
9</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Conta a história do jovem Estraven.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
10</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Estraven visita Genly na capital de Orgoreyn. Genly é apresentado aos políticos
do país.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
11</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Estraven medita sobre os acontecimentos envolvendo a chegada de Genly ao
planeta.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
12</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Sobre o culto à Meshe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
13</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Genly é traído pelos políticos de Orgoreyn e enviado para uma fazenda prisão no
interior do país.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
14</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Estraven consegue resgatar Genly da fazenda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
15</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Genly muito fraco. Estraven organiza a fuga dos dois para Karhide por uma
região gelada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
16</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
A odisseia de cruzar gelo, montanhas e vulcões.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
17</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Mito sobre a criação da humanidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
18</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Continua a travessia gelada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
19</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Conseguem chegar ao interior de Karhide. São denunciados. Estraven tenta
atravessar a fronteira para Orgoreyn e é morto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
20</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Genly é levado para a capital de Karhide. Os governos dos dois países são substituídos.
O rei Argaven aceita a aliança com o Ekumen. A nave do Ekumen desce em Karhide.
Os representantes do Ekumen começam a trabalhar em prol das relações entre
Gethen e os demais planetas. Genly visita a família de Estraven.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-65971237455738917482021-05-31T21:07:00.004-03:002021-05-31T21:07:31.597-03:00Livros lidos em maio 2021<p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Total
de livros lidos no ano: 53 livros.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: red;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Lidos
em MAIO 2021</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1
– Ninfeias negras, Michel Bussi, 346 páginas, tradução de Fenanda Abreu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2
– A noiva jovem, Alessandro Baricco, 177 páginas, tradução de Joana Angélica
d'Ávila Melo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3
– O Homem Ilustrado, Ray Bradbury, 320 páginas, tradução de Eric Novello<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4
– Morte e vida severina e outros poemas, João Cabral de Melo Neto, 143 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5
– Felicidade clandestina, Clarice Lispector, 160 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6
– A mão esquerda da escuridão, Ursula K. Le Guin, 304 páginas, tradução de
Susana Alexandria<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7
– Antígona, Sófocles, 90 páginas, tradução de Mário da Gama Kury<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8
– O diário de um mago, Paulo Coelho, 246 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9
– Apocalipse, 26 páginas<o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNFz1Xx1RZgU6-Ejf-9OFo4O0MzNEpTyqrKWRerNu2y4ui514Zdyjctw2U6U42A4CecByDywKPU4IJZhd_Hwa7KxmW68q2WfS8Zj7G8Wao3_F8hcj6NWQMmVdJ06v8yndi9Y8Lpw/s1624/msv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1401" data-original-width="1624" height="345" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNFz1Xx1RZgU6-Ejf-9OFo4O0MzNEpTyqrKWRerNu2y4ui514Zdyjctw2U6U42A4CecByDywKPU4IJZhd_Hwa7KxmW68q2WfS8Zj7G8Wao3_F8hcj6NWQMmVdJ06v8yndi9Y8Lpw/w400-h345/msv.jpg" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Lidos
em ABRIL 2021</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1
– Édipo Rei, Sófocles, 125 páginas, tradução de Mário da Gama Kury<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2
– O diabo no corpo, Raymond Radiguet, 136 páginas, tradução de Paulo César de
Souza<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3
– Novembro de 63, Stephen King, 727 páginas, tradução de Beatriz Medina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4
– Utopia, Thoma More, 216 páginas, tradução de Denise Bottmann<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5
– Livro de Rute, 5 páginas, na tradução da Bíblia de Jerusalém<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6
– A paciente silenciosa, Alex Michaelides, 349 páginas, tradução de Clóvis
Marques<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7
– Édipo em Colono, Sófocles, 125 páginas, tradução de Mário da Gama Kury<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8
– Shakespeare, Claude Mourthé, 240 páginas, tradução de Paulo Neves<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Lidos
em MARÇO 2021</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1
– O caderno rosa de Lori Lamby, Hilda Hilst, 86 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2
– Doze contos peregrinos, Gabriel García Márquez, 256 páginas, tradução de Eric
Nepomuceno<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3
– O sol é para todos, Harper Lee, 349 páginas, tradução de Beatriz Horta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4
– O tempo desconjuntado, Philip K. Dick, 267 páginas, tradução de Braulio
Tavares<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5
– Livro de Josué, 33 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6
– Livro de Judite, 18 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7
– Matadouro-Cinco, Kurt Vonnegut, 228 páginas, tradução de Daniel Pellizzari<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8
– Estamos todos completamente transtornados, Karen Joy Fowler, 331 páginas,
tradução de Geni Hirata<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9
– Antônio e Cleópatra, William Shakespeare, 174 páginas, tradução de Beatriz
Viégas-Faria<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">10
– Juízes, 36 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">11
– O fim da eternidade, Isaac Asimov, 256 páginas, tradução de Susana Alexandria<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">12
– Livro de Ester, 15 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">13
– A escrava Isaura, Bernardo Guimarães, 176 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Lidos
em FEVEREIRO 2021</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1
– Medeia, Eurípides, 98 páginas, tradução Mário da Gama Kury<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2
– O conto da aia, Margaret Atwood, 368 páginas, tradução Ana Deiró<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3
– A tempestade, William Shakespeare, 116 páginas, tradução Beatriz Viégas-Faria<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4
– O Senhor das Moscas, William Golding, 217 páginas, tradução Geraldo Galvão
Ferraz<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5
– A outra volta do parafuso, Henry James, 199páginas, tradução Paulo Henriques
Britto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6
– A fazenda dos animais, George Orwell, 133 páginas, tradução de Paulo
Henriques Britto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7
– Vida querida, Alice Munro, 316 páginas, tradução de Caetano Galindo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8
– Pequeno-burgueses, Maksim Górki, 190 páginas, tradução de Lucas Simone<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9
– Kindred, Octavia E. Butler, 424 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">10
– Noite na taverna, Álvares de Azevedo, 73 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">11
– Piquenique na estrada, Arkádi Strugátski e Boris Strugátski, 320 páginas,
tradução de Tatiana Larkina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Lidos
em JANEIRO 2021</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.
Mrs. Dalloway, Virginia Woolf, 228 páginas, tradução de Claudio Alves Marcondes<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.
1Q84, volume 3, Haruki Murakami,469 páginas, tradução de Lica Hashimoto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.
Macbeth, William Shakespeare, 133 páginas, tradução de Bárbara Heliodora<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4.
Mundo Fantasmo, Braulio Tavares, 125 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5.
O amante, Marguerite Duras, 128 páginas, tradução de Denise Bottmann<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6.
Deuteronômio, 48 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7.
Drácula, Bram Stoker, 638 páginas, tradução de José Francisco Botelho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8.
A espinha dorsal da memória, Braulio Tavares, 223 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9.
Le Horla, Guy de Maupassant, 35 páginas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">10.
Bartleby, o escriturário, Herman Melville, 95 páginas, tradução de Luís de Lima<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">11.
O colecionador, John Fowles, 343 páginas, tradução de Antônio Tibau<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">12.
Lady Macbeth do distrito de Mtzensk, Nikolai Leskov, 95 páginas, tradução de Paulo
Bezerra<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-63170895218255986672021-05-21T08:50:00.000-03:002021-05-21T08:50:06.366-03:00Felicidade clandestina, Clarice Lispector, 1971<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Felicidade
clandestina</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">,
Clarice Lispector, 1971, 160 páginas, Rocco. Início: 18/05/2021 – Fim: 19/05/2021.
Nota 2 (Regular).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgudrPMfeQmisomGi7UWUkgbDm3OH9tITX3nLgwkJ1IjVXzi6lLIxwFViD88MSCyQRCiglaWUTFmPMmLvqa515vzSHXVzIh-jomLzYahaczAyr-7ocsbV7SddhTtv7lXfYDdXsZxg/s822/cl.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="677" data-original-width="822" height="526" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgudrPMfeQmisomGi7UWUkgbDm3OH9tITX3nLgwkJ1IjVXzi6lLIxwFViD88MSCyQRCiglaWUTFmPMmLvqa515vzSHXVzIh-jomLzYahaczAyr-7ocsbV7SddhTtv7lXfYDdXsZxg/w640-h526/cl.png" width="640" /></a></div><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p>Livro
bem rápido de ler, contos curtos, uns poucos memoráveis, alguns bem fracos. O
livro dá a impressão de ter sido alinhavado entre textos esquecidos nas gavetas
– apesar dos dois ou três contos mais marcantes, que fazem valer a pena a
leitura do livro.</span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Resumo dos contos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Felicidade
clandestina</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Uma menina no Recife anseia pelo livro “Reinações de Narizinho” que uma
amiguinha prometeu emprestar. Ótimo conto, o amor aos livros, a ansiedade por
ter em mãos um livro desejado; é bom ouvir sobre Monteiro Lobato sem esse olhar
torto atual.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Restos
do carnaval</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Uma menina no Recife anseia pelos três dias de carnaval, embora para ela o
carnaval é olhar o carnaval da porta do sobrado onde mora. Até que um certo
domingo de carnaval, ela consegue uma fantasia de papel crepom. Muito bom.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Come,
meu filho</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Criança tenta enrolar a mãe para não comer.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Perdoando
Deus</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Mulher em Copacabana passa por uma epifania que é cortada abruptamente.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Com
anos de perdão</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Menina que rouba rosas e pitangas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
esperança</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
O inseto verde que entra na sala da casa da narradora.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
criada</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Observação de uma jovem empregada doméstica ensimesmada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Menino
a bico de pena</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Um bebê, sua completa dependência da mãe, suas tentativas de comunicação. Muito
bom.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
história de tanto amor</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Uma menina que amava muito suas galinhas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
águas do mundo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
As sensações de uma mulher ao entrar no mar, isolada, mal nasce o dia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Encarnações
involuntárias</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Uma mulher que exerce o mimetismo compulsoriamente.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Duas
histórias a meu modo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Fraco exercício de escrita no qual a autora reconta uma história de outro
autor.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
primeiro beijo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Garoto conta à primeira namorada como foi seu primeiro beijo, sutil descoberta
da masculinidade.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-55290403097998173482021-05-20T08:33:00.003-03:002021-05-20T08:33:49.726-03:00O Homem Ilustrado, Ray Bradbury, 1955<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
Homem Ilustrado, Ray Bradbury, 1955, 320 páginas, tradução de Eric Novello, Biblioteca
Azul. Nota 2 (Regular).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd_vMZ_LBg_TG9WOd9_FzCaT7M9Imew0Yzlr4Io-MyT1IiaazhKcd9Bxo8ZH2gRzmV8D-fgdVevuDdth5Vu1Ukguzs6H4G_QgQLwKQLOqx7j7ioSnEFfZMb93xrNzeYF3RNH63nQ/s397/rbhi.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="397" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd_vMZ_LBg_TG9WOd9_FzCaT7M9Imew0Yzlr4Io-MyT1IiaazhKcd9Bxo8ZH2gRzmV8D-fgdVevuDdth5Vu1Ukguzs6H4G_QgQLwKQLOqx7j7ioSnEFfZMb93xrNzeYF3RNH63nQ/s16000/rbhi.png" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Bradbury
juntou vários contos que já publicara e alinhavou com o personagem do Homem
Ilustrado, um cara com o corpo cheio de figuras “mágicas”, onde cada figura
mostra uma história ao observador. As histórias todas encontram-se no campo da
ficção científica.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Livro
fácil e rápido de ler, embora irregular, e na maior parte com contos curtos. Há
poucos contos realmente bons.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
que mais me incomoda nesses contos de Bradbury é a constância de mulheres
subalternas, donas de casa e mães, enquanto os maridos estão na vida. Também a
insistência em peles brancas, olhos e cabelos claros nas descrições. E, apesar
de serem contos “espaciais”, a Terra não é a Terra e sim apenas os Estados
Unidos. Só os Estados Unidos importam. Há uma evidente militarização do espaço,
não há cientistas, apenas capitães e tenentes e armas. Em qualquer planeta
desconhecido, os machos soldados estadunidenses descem de armas em punho. E
todos fumam, claro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Sob
o aspecto da ciência, Bradbury ignora as impossibilidades de vida humana em
planetas inóspitos: seus personagens circulam por Marte e Vênus como se
estivessem em uma Greenville estadunidense. Ademais, é tudo perto, Marte é um
pulo e habitado por marcianos muito semelhantes aos terráqueos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Muitos
contos, é evidente, são metáforas de problemas terrestres, mas isso não os
torna melhores. Bradbury diz que “o Homem Ilustrado esconde metáforas prestes a
explodir.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Breve
resumo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Prólogo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Um caminhante
encontra-se com o Homem Ilustrado; as figuras foram tatuadas em seu corpo por
uma mulher que, diz o Homem, deve ter vindo do futuro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
savana</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Bradbury: “E se você pudesse criar um mundo dentro de uma sala, que quarenta
anos depois seria chamado de primeira realidade virtual, e colocasse uma
família nessa sala, cujas paredes poderiam afetar suas mentes e induzir a
pesadelos?” É um dos bons contos do livro: uma sala de realidade virtual para
as crianças da casa. Crianças mal-educadas que se revelam cruéis.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Caleidoscópio</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Um foguete é
atingido por meteoritos e explode; os ocupantes são arremessados ao espaço em
movimento de expansão. Parece que inspirou aquele filme “Gravidade”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
jogo virou</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Negros (dos Estados Unidos) fugiram da Terra (leia-se Estados Unidos) para
morar em Marte e agora está chegando o primeiro foguete da Terra com o primeiro
branco em décadas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
estrada</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Notícias esparsas de uma distante guerra atômica chegam a um lugarzinho
esquecido do mundo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
longa chuva</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Uma chuva constante e enlouquecedora afeta os tripulantes de uma nave que caiu
em Vênus.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
homem do foguete</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Um homem viciado no espaço. Ele tenta permanecer na Terra mas não consegue, não
importam para ele o filho e a esposa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
última noite do mundo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Todas as pessoas sonharam o mesmo sonho: o mundo vai acabar naquela noite.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
exilados</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
A ciência expulsou a magia, a fantasia, os livros foram queimados. Poe,
Shakespeare, Dickens estão todos em Marte.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nenhuma
noite ou manhã específica</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Em uma nave distante da Terra, o niilismo absoluto:
não é possível provar que algo existe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
raposa e a floresta</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Casal de 2155 viaja no tempo para passar férias em 1938, tentam permanecer no
passado, mas é obrigatório voltar para casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
visitante</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Marte é o leprosário da Terra e para lá são enviados aqueles atacados por uma
peste, uma espécie de Morte Rubra.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
misturador de concreto</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Marte invade a Terra. Metáfora esnobe sobre a alta
cultura subjugada e derrotada pela cultura popular estadunidense.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Marionetes,
S.A.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">
Marido compra uma cópia mecânica perfeita de si mesmo para ter algum tempo
livre enquanto a cópia fica com a esposa dele. Parece que inspirou aquele filme
“O sexto dia”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
cidade</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Faz pensar em H. P. Lovecraft. Uma cidade mecânica e inteligente que espera há
milênios para se vingar dos terráqueos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hora
zero</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Por meio das crianças, seres incorpóreos promovem a invasão e o extermínio dos
humanos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
foguete</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Imaginação e fantasia: um pai constrói um foguete de ferro-velho e leva os
filhos para férias espaciais.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
Homem Ilustrado</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Conta como o Homem Ilustrado conseguiu suas figuras e as consequências
advindas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Epílogo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. O caminhante
foge do Homem Ilustrado.</span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-86922234980093826812021-05-07T09:39:00.002-03:002021-05-07T09:39:08.354-03:00Édipo Rei, Sófocles<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Édipo
Rei, Sófocles, século V a.C., 125 páginas, tradução de Mário da Gama Kury, Zahar.
Lido entre 01/04/2021 e 04/04/2021. Nota 3 (Bom).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI2F-U8oQPTD1buTW6l1C_fqRGUXBGaonZfl82Ft3hV6MSXUlKo1Dz4eOTb69CejBxBocnx_zh_TdembTYpL7QHIvMGNdoY8LNPrSfaUz1EyOPgj8nth_KJKw6u3Gpc9RJMSuB3w/s2048/%25C3%25A9dipo-rei_610105100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI2F-U8oQPTD1buTW6l1C_fqRGUXBGaonZfl82Ft3hV6MSXUlKo1Dz4eOTb69CejBxBocnx_zh_TdembTYpL7QHIvMGNdoY8LNPrSfaUz1EyOPgj8nth_KJKw6u3Gpc9RJMSuB3w/w640-h640/%25C3%25A9dipo-rei_610105100.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
peça é famosa; quase todos conhecem o enredo do rapaz que mata o pai e casa com
a mãe, sem saber que é filho de ambos. Oráculos profetizaram que o menino faria
isso. Os mortais tentam evitar que a profecia se cumpra. Não conseguem. A peça
mostra que os mortais não podem fugir ao destino que lhes foi traçado pelos
deuses.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
peça começa quando Tebas enfrenta uma época de peste e acontecimentos nefastos.
Durante a peça, gradativamente, o leitor será informado pelos personagens
acerca dos acontecimentos prévios.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Laio
e Jocasta, rei e rainha de Tebas, receberam a profecia de que o filho de ambos
mataria o pai e casaria com a mãe. Para evitar isso, Laio manda jogar a criança
de um precipício. O servo não executa a ordem e entrega a criança a um pastor
de Corinto. Este entrega a criança ao rei e rainha de Corinto que a adotam como
filho. O jovem Édipo vai ao oráculo e recebe a mesma profecia. Por isso, evita
voltar a Corinto para não matar o “pai”. Em uma estrada, briga com um homem e o
mata: era Laio, pai dele. Em seguida, Édipo decifra o enigma da esfinge, ser
que atormentava a vida dos habitantes de Tebas. Ao chegar à cidade e contar da
destruição da esfinge, entregam-lhe o trono da cidade e o casamento com a
rainha Jocasta, que ele não sabia ser sua mãe. Édipo tem quatro filhos com
Jocasta. A peça começa neste ponto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
rei Édipo vai às portas de Tebas ouvir os suplicantes que portam ramos. Sempre
os ramos, ramos de Baco, de Judite, de Jesus, procissão de ramos. Tebas está
totalmente transtornada. Há uma peste, os campos e as mulheres, estéreis.
Creonte, cunhado de Édipo, consultou o oráculo de Delfos e está de volta. O
oráculo disse que o assassino de Laio, antigo rei de Tebas, está na cidade. É
necessária vingança. Édipo garante que vai encontrar o assassino.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
profeta Tirésias não quer revelar quem é o assassino de Laio. Édipo insiste.
Tirésias declara: tu és um maldito aqui, tu és o assassino que procuras, tuas
relações torpes e sacrílegas são a causa da peste. Édipo acha que isso é uma
armação de Tirésias com Creonte, irmão de Jocasta: Creonte tramou a minha
queda. Jocasta intercede por Creonte. Jocasta afirma que os oráculos se
enganam. Jocasta conta que Laio traspassou os tornozelos do filho e mandou jogá-lo
do precipício por causa dos oráculos. Jocasta: Laio tinha traços teus.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Édipo
compreende quem é: lancei maldições contra mim mesmo. Édipo percebe que matou
Laio, mas ainda não compreendeu tudo. Jocasta diz que não acredita mais em
presságios. O coro reclama da descrença, como se os oráculos não valessem nada,
pois perde-se a reverência aos deuses. Jocasta: os oráculos erraram porque o
pai de Édipo, Pôlibo morreu de causas naturais. Édipo, em dúvida, concorda. E
sobre a mãe de Édipo, ela diz: muitos mortais em sonhos já subiram ao leito
materno.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
mensageiro de Corinto diz que Édipo não é filho de Pôlibo e conta a história da
criança. Jocasta: não penses nisto. Ela foge para o palácio, já compreendeu a terrível
situação, Édipo ainda não. O coro ainda não viu a verdade e tem um momento de
júbilo, o júbilo antes da catástrofe. O servo encarregado de matar a criança
confessa que não o fez.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Édipo
compreende a extensão do drama. Jocasta se suicida, enforca-se. Édipo fura os
olhos com os broches de ouro dela. Édipo não se matou, declara, porque não
suportaria ver o pai e a mãe no outro mundo. Édipo pede a Creonte que zele por
suas filhas. Pede para ser exilado, mas Creonte não permite, quer consultar os
deuses sobre o que fazer. Édipo: os deuses me odeiam.</span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-10523355374146467352021-05-07T09:24:00.000-03:002021-05-07T09:24:08.377-03:00Édipo em Colono, Sófocles<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Édipo
em Colono, Sófocles, século V a.C., 125 páginas, tradução de Mário da Gama
Kury, Zahar. Lido entre 17/04/2021 e 20/04/2021. Nota 3 (Bom).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu6NOGjgyIyfw5KDAQpzhYUQ-wP_7MehtgR-yEfqSIfqHvUKaka6tQSDoSIy70VJLNBHAnmyuj20qFTZch6BTZ-hCWzaGq965_2kNRh4VLBt2it7pbeSx8HYiVaAvD4hbds6ZIXg/s687/edipo+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="687" data-original-width="599" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu6NOGjgyIyfw5KDAQpzhYUQ-wP_7MehtgR-yEfqSIfqHvUKaka6tQSDoSIy70VJLNBHAnmyuj20qFTZch6BTZ-hCWzaGq965_2kNRh4VLBt2it7pbeSx8HYiVaAvD4hbds6ZIXg/s16000/edipo+2.png" /></a></div><div style="text-align: center;">Édipo em Colono – Jean Harriet Fulchran – 1798</div><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Guiado
por Antígona, Édipo, envelhecido e cego, chega a Colono, pequena localidade
situada a três quilômetros da Acrópole (hoje, Colono é um bairro de Atenas,
completamente urbano). Ele faz uma pausa em um bosque sagrado dedicado às
Erínias.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois
de alguns anos em Tebas, Édipo foi expulso da cidade por seu filho mais velho,
Polinices, rei da cidade. Desde então, Édipo vaga como um mendigo, com a ajuda
da filha Antígona.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Etéocles,
o irmão mais novo de Polinices, com apoio da população, assume o governo de
Tebas. Polinices foge, procura aliados e forma um exército para atacar Tebas.
No ínterim, oráculos profetizam que o lugar onde Édipo morrer será favorecido
pelos deuses. Éteocles, então, manda o tio Creonte e soldados buscarem Édipo
onde ele estiver, à força, se necessário, e trazê-lo para morrer nas imediações
de Tebas – a cidade continua proibida para Édipo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Toda
esta trama se desenrola nas margens da peça e dela nós saberemos aos poucos,
pela chegada dos personagens que vêm de Tebas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Inicialmente,
chega Ismene, a outra filha de Édipo, para avisar que Creonte está vindo para
buscá-lo. Creonte chega, captura as duas filhas e tenta levar Édipo. Todavia,
Teseu, rei de Atenas, havia colocado Édipo sob sua proteção, e impede a captura
de Édipo e traz de volta Antígona e Ismene.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
seguir, Polinices, que expulsou Édipo, vem pedir a ajuda do pai na luta contra
o irmão. Édipo amaldiçoa os dois filhos e profetiza que eles se matarão um ao
outro. Nota-se que, a partir de certo ponto de sua vida, Édipo começou a
profetizar e a perceber os sinais dos deuses, uma característica dos cegos na
mitologia grega. Polinices pede a Antígona que lhe providencie um funeral
adequado, quando ele morrer.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Édipo
sente que a morte se aproxima. Acompanhado apenas de Teseu, vai à entrada do
Hades e é levado, sem passar pelos padecimentos da morte, aparentemente. A
cidade de Atenas fica, então protegida e favorecida por Édipo e pelos deuses.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
filhas de Édipo iniciam seu retorno a Tebas, para tentar “deter a marcha da
carnificina” entre os irmãos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
peça tem muitas argumentações sobre a velhice e a culpa. Édipo afirma não ter
culpa dos crimes cometidos, visto que agia sem saber a verdade sobre os pais. A
peça demonstra que os humanos são marionetes nas mãos dos deuses. As Erínias,
as deusas vingadoras, estão presentes na origem e no desenrolar dos
acontecimentos. Édipo foi punido durante sua vida após os crimes e, ao final,
parece contar com a benevolência de Zeus.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cabe
um adendo sobre as deusas pavorosas:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
Erínias desempenham relevante papel na trajetória de Édipo, sem aparecer. Em
Colono, Édipo chega ao bosque consagrado a elas, as deusas que não podem ser
nomeadas. As Erínias são chamadas, então, de “as Benevolentes”, Eumênides, para
evitar o epíteto tenebroso. São as Fúrias dos romanos. Fazem parte do grupo
mais antigo de deuses e portanto não reconhecem a autoridade dos deuses mais jovens.
Sua função essencial é a vingança dos crimes, especialmente os crimes cometidos
contra a família. Neste sentido, desempenham papel importante nas maldições que
pesaram sobre Édipo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Também
castigam a hybris (húbris: excesso) dos humanos (o excesso de orgulho,
presunção e arrogância, especialmente contra os deuses) que levam o homem a
esquecer que é mortal. Elas impedem os adivinhos e profetas de revelar o futuro
com demasiada precisão, impedindo-os de tirar os humanos da incerteza em que se
encontram.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
das suas funções essenciais é castigar os assassinos, mesmo os involuntários.
Os homicidas são banidos e vagam errantes até o momento em que se aceita
purificá-los.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Enfim,
esta peça parece ser menos conhecida que as duas outras da Trilogia Tebana, mas
é de fácil leitura, traz profundas discussões, e faz compreender melhor o
destino de Édipo e o fechamento da tragédia com Antígona.</span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-73283391933198760902021-05-05T10:56:00.006-03:002021-05-05T10:56:44.487-03:00Livros lidos em ABRIL 2021<p>Total de livros lidos no ano até agora: 44 livros</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNYUEWUE3jws2qEBNfGu_8ad6gLT64ekHdAOM3YJZjxlXuV9gML94Z1fid8tXjtGSEiV3L1yVL48Lh_LdL-YsChKfMTD3GJxDF5UJCnVahxHMG0sF4Zu4syHNrQLZJgJRPErCpw/s2000/Giroust_Oedipus_at_Colonus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1656" data-original-width="2000" height="530" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNYUEWUE3jws2qEBNfGu_8ad6gLT64ekHdAOM3YJZjxlXuV9gML94Z1fid8tXjtGSEiV3L1yVL48Lh_LdL-YsChKfMTD3GJxDF5UJCnVahxHMG0sF4Zu4syHNrQLZJgJRPErCpw/w640-h530/Giroust_Oedipus_at_Colonus.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Édipo em Colono</td></tr></tbody></table><br /><p><b><span style="color: red;">Lidos em ABRIL 2021</span></b></p><p>1 – Édipo Rei, Sófocles, 125 páginas, tradução de Mário da Gama Kury</p><p>2 – O diabo no corpo, Raymond Radiguet, 136 páginas, tradução de Paulo César de Souza</p><p>3 – Novembro de 63, Stephen King, 727 páginas, tradução de Beatriz Medina</p><p>4 – Utopia, Thoma More, 216 páginas, tradução de Denise Bottmann</p><p>5 – Livro de Rute, 5 páginas, na tradução da Bíblia de Jerusalém</p><p>6 – A paciente silenciosa, Alex Michaelides, 349 páginas, tradução de Clóvis Marques</p><p>7 – Édipo em Colono, Sófocles, 125 páginas, tradução de Mário da Gama Kury</p><p>8 – Shakespeare, Claude Mourthé, 240 páginas, tradução de Paulo Neves</p><p>– – – – – – –</p><p>Lidos em MARÇO 2021</p><p>1 – O caderno rosa de Lori Lamby, Hilda Hilst, 86 páginas</p><p>2 – Doze contos peregrinos, Gabriel García Márquez, 256 páginas, tradução de Eric Nepomuceno</p><p>3 – O sol é para todos, Harper Lee, 349 páginas, tradução de Beatriz Horta</p><p>4 – O tempo desconjuntado, Philip K. Dick, 267 páginas, tradução de Braulio Tavares</p><p>5 – Livro de Josué, 33 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém</p><p>6 – Livro de Judite, 18 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém</p><p>7 – Matadouro-Cinco, Kurt Vonnegut, 228 páginas, tradução de Daniel Pellizzari</p><p>8 – Estamos todos completamente transtornados, Karen Joy Fowler, 331 páginas, tradução de Geni Hirata</p><p>9 – Antônio e Cleópatra, William Shakespeare, 174 páginas, tradução de Beatriz Viégas-Faria</p><p>10 – Juízes, 36 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém</p><p>11 – O fim da eternidade, Isaac Asimov, 256 páginas, tradução de Susana Alexandria</p><p>12 – Livro de Ester, 15 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém</p><p>13 – A escrava Isaura, Bernardo Guimarães, 176 páginas</p><p><br /></p><p>Lidos em FEVEREIRO 2021</p><p>1 – Medeia, Eurípides, 98 páginas, tradução Mário da Gama Kury.</p><p>2 – O conto da aia, Margaret Atwood, 368 páginas, tradução Ana Deiró.</p><p>3 – A tempestade, William Shakespeare, 116 páginas, tradução Beatriz Viégas-Faria.</p><p>4 – O Senhor das Moscas, William Golding, 217 páginas, tradução Geraldo Galvão Ferraz</p><p>5 – A outra volta do parafuso, Henry James, 199páginas, tradução Paulo Henriques Britto</p><p>6 – A fazenda dos animais, George Orwell, 133 páginas, tradução de Paulo Henriques Britto</p><p>7 – Vida querida, Alice Munro, 316 páginas, tradução de Caetano Galindo</p><p>8 – Pequeno-burgueses, Maksim Górki, 190 páginas, tradução de Lucas Simone</p><p>9 – Kindred, Octavia E. Butler, 424 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho</p><p>10 – Noite na taverna, Álvares de Azevedo, 73 páginas</p><p>11 – Piquenique na estrada, Arkádi Strugátski e Boris Strugátski, 320 páginas, tradução de Tatiana Larkina</p><p><br /></p><p>Lidos em JANEIRO 2021</p><p>1. Mrs. Dalloway – Virginia Woolf (leitura iniciada em dezembro), 228 páginas</p><p>2. 1Q84, volume 3 – Haruki Murakami,469 páginas</p><p>3. Macbeth – William Shakespeare, 133 páginas</p><p>4. Mundo Fantasmo – Braulio Tavares, 125 páginas</p><p>5. O amante – Marguerite Duras, 128 páginas</p><p>6. Deuteronômio, 48 páginas</p><p>7. Drácula – Bram Stoker, 638 páginas</p><p>8. A espinha dorsal da memória – Braulio Tavares, 223 páginas</p><p>9. Le Horla – Guy de Maupassant, 35 páginas</p><p>10. Bartleby, o escriturário – Herman Melville, 95 páginas</p><p>11. O colecionador – John Fowles, 343 páginas</p><p>12. Lady Macbeth do distrito de Mtzensk – Nikolai Leskov, 95 páginas</p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-23607728475888428822021-04-27T15:36:00.002-03:002021-04-27T15:36:18.235-03:00Shakespeare, Claude Mourthé<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Shakespeare,
Claude Mourthé, 2007, 240 páginas, tradução de Paulo Neves, L&PM. Início: 20/04/2021
– Fim: 25/04/2021. Nota 2 (Regular).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihdDiIj4mkG-YoyCEaLyWOpFeX7xYkMWdzg4SL25tShe7LNGH40uKMAOZsty-rDrzOq3pvnSyOGhO6mi4mDLdSo8UuAmcFOnOcb-VMPjaPr7rmAdb2GsQrV5s4sE9nMAiXkELO7w/s385/wsbio.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="347" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihdDiIj4mkG-YoyCEaLyWOpFeX7xYkMWdzg4SL25tShe7LNGH40uKMAOZsty-rDrzOq3pvnSyOGhO6mi4mDLdSo8UuAmcFOnOcb-VMPjaPr7rmAdb2GsQrV5s4sE9nMAiXkELO7w/w361-h400/wsbio.png" width="361" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Como
tudo que se refere ao Bardo de Avon está envolto em névoa, este é um livro
repleto de “talvez”, “possivelmente”, e muitas ilações não fundamentadas.
William Shakespeare nasceu em 23 de abril de 1564 e morreu, aos cinquenta e
dois anos, em 23 de abril de 1616.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
que se sabe sobre Shakespeare é pouco e embasado em alguns documentos. Tem-se o
batismo; o casamento aos dezoito anos; o nascimento dos filhos, Suzanna e os
gêmeos Judith e Hamnet; a morte de Hamnet aos onze anos; a morte dos pais do
Bardo; o casamento das filhas; os sonetos e suas peças; sua participação no
mundo do teatro; as casas que comprou; sua morte em Stratford-upon-Avon.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Isso
é praticamente tudo. Quase todo o resto é suposição.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Decorre
que este livro traz as informações básicas, um panorama de Londres na época
elisabetana, e muita imaginação sobre a vida do Bardo. Também discorre sobre
muitas das peças, inclusive com longas citações de trechos relevantes. O autor
nos diz quanto custava a entrada do teatro, um penny, e o salário diário de um
trabalhador, seis pence. As sessões transcorriam entre as três e as seis da
tarde e o ambiente do teatro era aquela confusão que a gente assiste em alguns
filmes de época.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">É
um livro interessante, lê-se rapidamente, mas não há muita informação a ser
dita sobre a vida de Shakespeare. Melhor assim. O essencial do Bardo é o que
ele escreveu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><b>Resumo</b>.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
graciosa cidadezinha: mostra a cidade de Stratford.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Controle
de identidade: informações biográficas documentadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
anos obscuros: não se sabe o que WS fez entre o casamento e as primeiras peças
em Londres. O autor dá uma pincelada nas vidas de Henrique VIII (1491 – 1547) e
sua filha Elizabeth (1533 – 1603).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">My
gentle Shakespeare: a peste fecha os teatros, William retorna a Stratford e
publica poesias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
rainha de teatro: o teatro elisabetano e as peças mais sombrias de Shakespeare.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Todos
em cena: os teatros rudimentares, o povo e a classe média, os trajes e o raro
cenário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Um
teatro nacional e popular: as companhias, os lucros, as inimizades entre
autores, a pirataria dos textos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
jornada na vida do Bardo: o autor imagina como seria um dia comum na vida de
Shakespeare.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Shakespeare
e as mulheres: somente perguntas e talvez isso, talvez aquilo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Teatro
do ambíguo: ambiguidades sexuais nas peças do Bardo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Sonetos
no ponto culminante: os 154 sonetos de Shakespeare, alguns deles eróticos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cor
da pele: sobre Otelo e Shylock<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ser
ou não ser Hamlet: sobre esta peça.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
teatro e o infinito: continua a discorrer sobre Hamlet.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Shakespeare
e o sobrenatural: as feiticeiras em Macbeth, os fantasmas das peças.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
mistérios de Londres: capítulo inútil sobre maçonaria e sociedades secretas;
ilações. A tempestade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Fugindo
do barril de pólvora: o atentado fracassado de Guy Fawkes; Shakespeare retorna
a Stratford.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
morte alegre: o autor se refere a Shakespeare como velho, mas o Bardo só tinha 52
anos; o autor imagina que a morte dele se deu após uma noite de farra com
amigos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Posteridade
de Shakespeare: as montagens das peças, os filmes.</span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-69610246339236664282021-04-26T15:28:00.005-03:002021-04-26T15:28:52.120-03:00Utopia é uma distopia<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Utopia,
Thomas More, 1516, 216 páginas, tradução de Denise Bottmann, Penguin Companhia.
Lido entre 06/04/2021 e 16/04/2021. Nota 2 (Regular).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXN_ovjKq1JiqV2a8krV-8a98ju0qli2UVLs1s9ZELAbN8plIYVc_GQaUnkFFu95Ww3FVhhA_1BZ7wv5LMcZ1ZcollYisBW_uliKDj0kbj6qFzE5Y3nLJcUzBZrrMQXeI2xfn1VQ/s515/utopia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="515" data-original-width="391" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXN_ovjKq1JiqV2a8krV-8a98ju0qli2UVLs1s9ZELAbN8plIYVc_GQaUnkFFu95Ww3FVhhA_1BZ7wv5LMcZ1ZcollYisBW_uliKDj0kbj6qFzE5Y3nLJcUzBZrrMQXeI2xfn1VQ/w486-h640/utopia.png" width="486" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Thomas
More nasceu em 1478, foi conselheiro de Henrique VIII, negou-se a rejeitar o
catolicismo, foi preso na Torre de Londres, declarado traidor e decapitado.
Depois de uns quatrocentos anos, foi transformado em santo. Certamente, não
valeu a pena perder a cabeça para virar santo. E hoje, a briguinha entre
católicos e anglicanos é nada: são seitas amiguinhas. O grande interesse das
religiões é influência, poder e dinheiro. Tolo é aquele que perde a cabeça para
defender crenças infantis e aquele que se mete na briga dos poderosos.
Religião, política e futebol é somente grana, briga de cachorro grande: os aficionados
são bucha de canhão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
livro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
ilha de Utopia é uma distopia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Isto
é o mais espantoso para quem, como eu, nunca havia lido o livro de More. O
pouco que eu sabia do livro se misturava a um pouco de imaginação. Eu imaginava
uma ilha onde a vida seria um paraíso na terra, tudo funcionaria, todos
felizes. Ora, o que é que se imagina como uma utopia?</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Thomas
More criou a palavra utopia, cujo significado original em grego, “lugar
nenhum”, se expandiu para “lugar ou sociedade ideal, de completa felicidade e
harmonia entre os indivíduos”. Mas temos também como sinônimo de utopia:
quimera, fantasia, fábula.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Daí,
que o leitor ingênuo vai ler a Utopia de More e se depara com uma sociedade
distópica, um lugar onde “se vive em condições de extrema opressão”. Talvez,
para More, a ilha de Utopia seja um lugar ideal para viver. É uma visão ingênua
e distorcida do autor.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Desse
modo, curiosamente, Thomas More criou, ao mesmo tempo a utopia e a distopia.
Vou listar aqui algumas das características principais que fazem da ilha de
Utopia um péssimo lugar para viver (cabe observar, antes, que a ilha de Utopia
é um tipo de comunismo: não há dinheiro nem comércio, tudo é de todos, e todos
são vigiados).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Características
distópicas da ilha de Utopia:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Moradores da cidade e do campo são obrigados a mudar de lugar periodicamente
entre as localidades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Dentro da cidade em que habitam, os moradores são obrigados a mudar de casa a
cada dez anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
O dia e as atividades cotidianas são rigidamente determinadas, inclusive o parco
lazer, a hora de dormir e a quantidade de horas de sono.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Escravos fazem as tarefas “sujas”; somente as mulheres cozinham.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Os habitantes são deslocados de acordo com a necessidade do estado, caso haja
sub ou superpopulação em algum lugar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Todos são vigiados por todos, e os jovens são especialmente vigiados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Para viajar, é preciso autorização e data de retorno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
Uma vez por mês, as esposas devem se ajoelhar diante dos maridos para confessar
os pecados. Deduz-se que os maridos não têm pecados porque não existe o mesmo
dever para eles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Portanto,
vê-se que a Utopia de Thomas Mores nada tem de utopia; é, sim, uma sociedade
militaresca, rígida, fanática, ortogonal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Segue
o resumo dos pontos principais do livro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Livro
1</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
autor viaja e passa por Bruges e Antuérpia. Conhece um homem que se chama
Rafael Hitlodeu (fornecedor de absurdos, em grego). Português, Hitlodeu se
juntou a Américo Vespúcio – não se fala de Colombo – e viajou por Ceilão,
Calicute e pela América. Na América imaginada pelo autor, Hitlodeu visitou
numerosas vilas e países. Ensinou o uso da bússola aos “americanos”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Havia
monstros em todos os lugares e no oceano, mas Hitlodeu quer mesmo é contar
sobre os utopianos. Utopia fica na região equatorial. Mas antes de iniciar a
narração, Thomas More diz a Hitlodeu que este, com seu conhecimento, deveria
assessorar reis e príncipes. Hitlodeu discorda e demonstra que não funcionaria.
Descreve uma longa conversa na casa do arcebispo de Canterbury: discutem sobre
a pena de morte para ladrões, os ricos, a propriedade, o ócio, o desperdício, a
exploração pelos proprietários de terras, guerras, a falta de terras para o
povo. A sociedade cria ladrões para depois puni-los por o serem. A solução de
Hitlodeu para os ladrões é colocá-los para trabalhar, como escravos, para o bem
coletivo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Thomas
More insiste que Hitlodeu deveria ser conselheiro de príncipes. Hitlodeu dá
exemplos de que não daria certo. É inútil sugerir conselhos para os
governantes. A filosofia não tem lugar entre os príncipes. Os sábios têm razão
em se afastar dos assuntos públicos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Se
eu propusesse leis justas a um rei e tentasse extirpar as fontes do mal dentro
de si, pensas que eu não seria sumariamente expulso ou convertido em motivo de
ridículo?”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hitlodeu
prega o estado com um mínimo de leis e tudo igualmente dividido. More diz que
não é possível viver onde tudo é comunal. Hitlodeu diz que só voltou de Utopia
“para revelar esse novo mundo”. Utopia: uma revelação (portanto, apocalipse, em
grego).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Livro
2</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
ilha de Utopia tem a forma da lua crescente, com uma enorme baía. Seu nome
anterior era Abraxas (sigla grega que junta as iniciais dos “sete planetas”
conhecidos). A ilha era ligada ao continente, mas Utopo realizou a obra de
separação, cortando o istmo. A descrição que Hitlodeu vai fazer sugere um lugar
rígido, militaresco, ortogonal, restrito, em todos os aspectos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
ilha conta com 54 cidades semelhantes, porque planejadas da mesma forma. A
capital é Amaurota (cidade ilusória, sem grego). Moradores da cidade e
moradores do campo mudam de lugar periodicamente. Organização social rigorosa.
Não há comércio.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Amaurota
fica à margem do rio Anidro (anidro significa sem água). Há água doce e fresca.
Em nenhum momento, Thomas More se preocupou com o esgotamento sanitário. A
cidade é cercada por muralhas. Há um riacho dentro da muralha, fontes e
cisternas, para o caso de sítio. As ruas são ortogonais e tem largura de 600
metros. As portas são automáticas (!), abrem e fecham sem toque humano.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
moradores trocam de casa a cada dez anos. Cada casa cultiva, no quintal,
vinhas, frutas, legumes. Todas as casas são iguais e com três pavimentos. Os
telhados são planos (completamente inadequado para regiões equatoriais de muita
chuva).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
cidades são divididas em quatro distritos. Governador é cargo vitalício. O
Senado decide questões públicas. Os conflitos privados são raríssimos. Os
ofícios são poucos: tecelagem, alvenaria, metalurgia, carpintaria. Nota-se que
o autor esqueceu diversos ofícios essenciais, alguns citados depois, como a
medicina e a agricultura.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Todas
as roupas são iguais e adaptadas a frio e a calor (tecnologia de ponta que
ainda não alcançamos). Cada família costura sua própria roupa. As mulheres
assumem profissões mais leves. Os filhos adotam a profissão dos pais. Se
quiserem outra profissão, devem ser adotados por outra família. São seis horas
de trabalho por dia; de nove às doze, e de duas às cinco da tarde. Às oito da
noite, todos deitam para dormir durante oito horas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
tempo livre não deve ser usado para o ócio. Há palestras públicas antes do
amanhecer. Depois do jantar, há uma hora de recreio, com música e conversa e
uns jogos chatos. (Resta saber qual é o tempo livre: as famílias devem
costurar, cuidar de suas hortas, trabalhar em seus ofícios e seguir os horários
estritos impostos.)</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
manutenção das edificações é feita permanentemente. A roupa de trabalho dura
sete anos. Sobre ela, usa-se um manto para a vida social, de uma única cor para
todos. Os mantos duram dois anos. Cada casa abriga dez a dezesseis adultos.
Quando há cidade subpovoadas, transferem-se habitantes de outras cidades para
lá. Se há superpopulação na ilha, transferem-se habitantes para colônias no
continente, seguindo as mesmas leis da ilha. Se faltar gente na ilha, aqueles
da colônia são repatriados.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aqueles
que recusam as normas, são expulsos. Se forem um grupo, estabelece-se uma
guerra contra aqueles rebeldes.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nos
depósitos e feiras, os cidadãos podem pegar o que precisarem, sem pagamento.
Animais são mortos e a carne tratada fora da cidade por escravos. Refeições são
feitas em conjunto em salas comunais. As tarefas “sujas” são realizadas por
escravos. As mulheres cozinham os alimentos. As crianças e adolescentes comem
em pé e em silêncio. As pessoas jovens comem nas mesas misturadas com os mais
velhos para coibir atitudes inadequadas. Durante as refeições, leituras de tema
moral que suscitam conversas respeitáveis. Os hospitais e os médicos são pefeitos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
viajar, é necessário obter licença e especificar data de retorno. Viajante sem
licença é detido e punido. Não existem tabernas, bares e bordéis. Encontros
furtivos não são permitidos; a vigilância pública garante o comportamento
adequado. O lazer não pode ser indecoroso.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
exportação de excedentes gera riqueza que é usada quando as guerras se fazem
necessárias. A maior parte do exército é de mercenários. Ouro e prata são
usados para fazer urinóis e grilhões para prisioneiros. A ilha tem pérolas e
diamantes.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
religião é grave, severa, rígida, soturna. Acreditam na alma imortal e na
bondade de deus. Só se admite o prazer bom e honesto. A razão conduz a deus.
(Essa parte é cheia de baboseiras religiosas). “Aquelas coisas não naturais não
contribuem para a felicidade”. O prazer verdadeiro é contemplar a verdade com a
esperança em alegrias futuras. O prazer físico é, por exemplo, esvaziar os
intestinos e fazer filhos. Os utopianos têm opiniões únicas; todos concordam.
“O que faço é descrever, não defender”, diz Hitlodeu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
clima de Utopia não é grande coisa mas, contraditoriamente, as safras são
abundantes e os rebanhos férteis. Os escravos são gente do próprio povo. Se a
doença é incurável e torturante, recomendam a eutanásia. Essa ideia é excelente.
Entretanto, o suicídio é desonroso: o corpo é jogado no pântano. Idade mínima
para casamento: 18 anos, mulheres; 22 anos, homens. O sexo antes do casamento
recebe severa punição; os infratores ficam proibidos de casar. Os pretendentes
são apresentados nus.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
adultério é crime, a reincidência é punida com a morte. Divórcio permitido. Os
maridos podem castigar as esposas e os filhos. Há pouquíssimas leis (isso é
fantasioso). Não há advogados; o juiz protege a parte mais fraca. Homens e
mulheres fazem treinamento militar. Na visão de Hitlodeu, guerras e relações
internacionais são muito simples. Os mercenários são do povo zapoleta: soldados
perfeitos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
armaduras são sólidas e ágeis. Há várias religiões; cultuam o Sol, a Lua,
Mitra, mas muitos adotaram o cristianismo. Não há conflitos religiosos, mas o
ateísmo é proibido, não se pode acreditar que a alma morre e que somos
governados pelo acaso. A morte é feliz por causa da vida após a morte. Alguns
acreditam que as almas dos mortos circulam entre os vivos. Os antepassados
mortos protegem os vivos. Eles rezam por milagres.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
esposas se ajoelham diante dos maridos para confessar os pecados. Os sacerdotes
usam trajes feitos com plumagens de pássaros. Só há dois dias não úteis por
mês: o último e o primeiro. Hitlodeu pontua, por fim, que a sociedade dos
nobres e aristocratas é injusta, composta por parasitas e bajuladores. A
república é uma conspiração dos ricos. Cristo não consegue impor sua autoridade
por causa de uma besta: a soberba.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Thomas
More diz a Hitlodeu que as leis e costumes de Utopia são absurdos,
especialmente a vida comunal e a abolição do dinheiro, mas que ele gostaria de
ver algumas das características de Utopia nas “nossas cidades”.</span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-50029977102674177092021-04-07T16:07:00.003-03:002021-04-07T16:07:59.749-03:00O diabo no corpo, Raymond Radiguet, 1923<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
diabo no corpo, Raymond Radiguet, 1923, 136 páginas, tradução de Paulo César de
Souza, Penguin Companhia. Lido entre 29/03/2021 e 06/04/2021. Nota 2 (Regular).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJGfpEeJbLQeBftsaDJPoRZ4nIeaRQ50Jxq_7eQECu4K6IFPCKoXfiELKLKf9t3jS0-bxlB4zV42FkNVJxhNtPltCyyuyDN28tzRBXbJiVVtHwPTtOhhFDpmsCcmKz4PjFgXPC8Q/s547/radig.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="547" data-original-width="377" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJGfpEeJbLQeBftsaDJPoRZ4nIeaRQ50Jxq_7eQECu4K6IFPCKoXfiELKLKf9t3jS0-bxlB4zV42FkNVJxhNtPltCyyuyDN28tzRBXbJiVVtHwPTtOhhFDpmsCcmKz4PjFgXPC8Q/w442-h640/radig.png" width="442" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Não
gostei. O narrador é jovem e imaturo, cruel, possessivo, infantil, despótico.
Todavia, real, incongruente. Um jovem desagradável.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Diz-se
que personagens ricos em contradições são mais reais. Sim, é verdade. Todavia,
não significa que um tal personagem despertará a empatia do leitor. Pode
despertar, pode não despertar. O leitor, por vezes, pode torcer pelo sucesso de
um personagem despótico, imaturo. No caso do narrador deste livro, que faz tudo
errado, só me deu vontade de que o livro terminasse logo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Há
que destacar que o narrador sem nome é muito real: não tem certeza se ama;
quando longe, sente saudade; quando perto, quer estar só; mente em excesso; tem
ciúme, exerce a crueldade contra Marthe, que ele sabe dominada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">De
todo modo, ambos são extremamente jovens e envolvidos em uma situação
complicada na qual, em princípio, não desejariam estar. Dezesseis e dezenove
anos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Só
conhecemos de Marthe aquilo que o narrador diz. Por um lado subjugada, submissa,
amorosa. Por outro lado, desafia as convenções, os pais e, de certo modo, mais
silencioso, desafia o marido que está na guerra. Mente, também, para todos e
para o amante.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
pai do narrador é personagem interessante. Dúbio, varia entre tentar impor sua
autoridade e em deixar que o filho escolha o caminho.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
final da novela, do tipo “tudo está bem quando acaba bem”, me fez detestar,
ainda mais, o narrador: tudo fica bem para ele, não para Marthe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cabem
três observações, ainda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
romance, a Grande Guerra é algo aparentemente distante, e é uma época satisfatória
para o jovem narrador. Há uma desestruturação do “normal”, da escola, da
autoridade dos pais, durante os anos da guerra. Fora da escola, o narrador lê
cem livros em dois anos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Fora
do romance, Radiguet, que teve vida curtíssima, quando adolescente manteve um
relacionamento escandaloso com uma mulher mais velha e casada, o marido dela na
guerra, Radiguet com quatorze anos, ela com vinte e quatro. O fato é saboroso,
mas não torna o livro melhor.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
posfácio conta como o autor conheceu Jean Cocteau: “Eles se conheceram em junho
de 1919, em uma matinê poética organizada por Max Jacob em memória de
Apollinaire, vitimado pela gripe espanhola seis meses antes.” Tempos que se
parecem com os nossos, agora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Resumo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Quando
o narrador tinha doze anos, apaixonou-se por uma menina da escola. Enviou uma carta
para ela. Os pais da menina entregaram a carta ao diretor. O narrador passou a
estudar em casa. Em 1913 e 1914, leu duzentos livros. Começou a guerra e todos
exultavam, vinho e flores para os soldados. O atentado de Sarajevo como
fenômeno premonitório. Em 14 de julho de 1914, uma criada em surto sobe ao teto
da casa onde trabalha e depois de muitas horas pula. O narrador desmaia nos
braços do pai. O estranho período da guerra e a poesia das coisas. Três anos de
guerra se passaram, brincadeiras e travessuras com garotas: favores miúdos
mútuos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Em
1917, ele conheceu a garota Marthe, dezoito anos, ele quinze anos. Ela era
noiva de um soldado que a proibia de ler certos livros, Baudelaire por exemplo.
A felicidade é egoísta. O narrador foi visitar Marthe, ela havia saído com o
noivo. Um mês depois, indo para a escola, encontrou-a por acaso na Bastilha,
passearam e ele a acompanhou nas compras de roupas e móveis para a nova casa, influenciando
as escolhas dela. Começou a faltar aulas, queria liberdade. O amigo René foi
expulso por faltar aulas também. Ele acredita que também seria expulso e avisou
ao pai, disse que queria pintar. Não queria fazer nada da vida, tinha o
espírito livre. Não havia sido expulso e chegou a carta de matrícula.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Marthe
casada e só, o marido Jacques na guerra. O narrador a visita diversas vezes até
que fazem sexo, ele dezesseis, ela dezenove, crianças. Ele conta mentiras em
casa para ficar na casa dela. Tem a chave da casa. Ele inventa um passeio que
possibilite passar a noite com Marthe. Os pais descobrem a mentira. Marthe é um
pouco mais madura que o narrador, mas só um pouco. A relação deles é recheada
de imaturidade, infantilidades e, da parte dele, de ciúme, despotismo e
crueldade. O escândalo silencioso, os amigos se afastam.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Marthe
vai passar algum tempo na casa dos pais. O marido passa algumas licenças com
ela. Tudo é provisório, um castelo de areia. O marido doente é ignorado por ela.
Marthe grávida, vai dizer que o bebê é do marido. Mais uma licença do marido de
Marthe, o narrador quer esquecê-la, mas fica ansioso por cartas. Ciumento,
tenta proibir o banho de mar dela.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
terrível, o narrador estupra Svea, amiga de Marthe, na casa de Marthe. Os
amantes passam uma temporada idílica na casa dos pais de Marthe que estavam
fora. Sonho romântico, efêmero, ciúme do passado de Marthe. A mãe dele vê o
relacionamento como tragédia, o pai é dúbio. A mãe de Marthe desaprova, mas
tenta apoiar a filha no que for possível. Os pais do marido desaprovam a
esposa. Todos parecem pensar, ou querer acreditar, que o filho é do marido.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois
de passar três dias com Marthe, o narrador não quer dormir em casa, ela não
quer que ele fique, decidem ir para um hotel em Paris. Noite fria e chuva, ele
uma criança medrosa, voltam para a casa dela. Ele é cruel, insano. Marthe fica
doente depois daquela noite de chuva. O médico recomenda repouso absoluto, ela
vai para a casa dos pais.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Fim
da guerra. Nasce o bebê, prematuro. Marthe coloca o nome do narrador no bebê.
Não se veem mais. Marthe morre. Meses depois, o marido visita a casa do
narrador, em visita ao pai dele, para ver aquarelas de Marthe. Diz que ela
morreu chamando o nome do bebê. O bebê é tudo para Jacques. Para o cruel narrador,
tudo ficou bem: “compreendi que afinal a ordem se estabelece por si mesma em
torno das coisas. Não acabava de saber que Marthe havia morrido chamando por
mim, e que meu filho teria uma existência razoável?”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-53042116911501734412021-04-01T10:58:00.001-03:002021-04-01T10:58:13.390-03:00Livros lidos em março 2021<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjLfUCFH8HK84wv-kDVlgis1QEIluu5wGG-2iNj0samu9omukjQL7n6Ge69zI6ijWtRwiVbnu7xyqoOFCcyUw0XlqnRXWi1oixVVFg8M-efmeLTclGVQwpAeKigafNiMszpK9tnA/s1280/WhatsApp+Image+2021-04-01+at+10.51.17.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjLfUCFH8HK84wv-kDVlgis1QEIluu5wGG-2iNj0samu9omukjQL7n6Ge69zI6ijWtRwiVbnu7xyqoOFCcyUw0XlqnRXWi1oixVVFg8M-efmeLTclGVQwpAeKigafNiMszpK9tnA/w640-h360/WhatsApp+Image+2021-04-01+at+10.51.17.jpeg" width="640" /></a></div><br /><div><br /></div>Lidos em MARÇO 2021 – (36 livros lidos até março de 2021)<br /><br />1 – O caderno rosa de Lori Lamby, Hilda Hilst, 86 páginas<br /><br />2 – Doze contos peregrinos, Gabriel García Márquez, 256 páginas, tradução de Eric Nepomuceno<br /><br />3 – O sol é para todos, Harper Lee, 349 páginas, tradução de Beatriz Horta<br /><br />4 – O tempo desconjuntado, Philip K. Dick, 267 páginas, tradução de Braulio Tavares<br /><br />5 – Livro de Josué, 33 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<br /><br />6 – Livro de Judite, 18 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<br /><br />7 – Matadouro-Cinco, Kurt Vonnegut, 228 páginas, tradução de Daniel Pellizzari<br /><br />8 – Estamos todos completamente transtornados, Karen Joy Fowler, 331 páginas, tradução de Geni Hirata<br /><br />9 – Antônio e Cleópatra, William Shakespeare, 174 páginas, tradução de Beatriz Viégas-Faria<br /><br />10 – Juízes, 36 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<br /><br />11 – O fim da eternidade, Isaac Asimov, 256 páginas, tradução de Susana Alexandria<br /><br />12 – Livro de Ester, 15 páginas, tradução da Bíblia de Jerusalém<br /><br />13 – A escrava Isaura, Bernardo Guimarães, 176 páginas<br /><br /><br /><br />Lidos em FEVEREIRO 2021<br /><br />1 – Medeia, Eurípides, 98 páginas, tradução Mário da Gama Kury.<br /><br />2 – O conto da aia, Margaret Atwood, 368 páginas, tradução Ana Deiró.<br /><br />3 – A tempestade, William Shakespeare, 116 páginas, tradução Beatriz Viégas-Faria.<br /><br />4 – O Senhor das Moscas, William Golding, 217 páginas, tradução Geraldo Galvão Ferraz<br /><br />5 – A outra volta do parafuso, Henry James, 199páginas, tradução Paulo Henriques Britto<br /><br />6 – A fazenda dos animais, George Orwell, 133 páginas, tradução de Paulo Henriques Britto<br /><br />7 – Vida querida, Alice Munro, 316 páginas, tradução de Caetano Galindo<br /><br />8 – Pequeno-burgueses, Maksim Górki, 190 páginas, tradução de Lucas Simone<br /><br />9 – Kindred, Octavia E. Butler, 424 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho<br /><br />10 – Noite na taverna, Álvares de Azevedo, 73 páginas<br /><br />11 – Piquenique na estrada, Arkádi Strugátski e Boris Strugátski, 320 páginas, tradução de Tatiana Larkina<br /><br /><br /><br />Lidos em JANEIRO 2021<br /><br />1. Mrs. Dalloway – Virginia Woolf (leitura iniciada em dezembro), 228 páginas<br /><br />2. 1Q84, volume 3 – Haruki Murakami,469 páginas<br /><br />3. Macbeth – William Shakespeare, 133 páginas<br /><br />4. Mundo Fantasmo – Braulio Tavares, 125 páginas<br /><br />5. O amante – Marguerite Duras, 128 páginas<br /><br />6. Deuteronômio, 48 páginas<br /><br />7. Drácula – Bram Stoker, 638 páginas<br /><br />8. A espinha dorsal da memória – Braulio Tavares, 223 páginas<br /><br />9. Le Horla – Guy de Maupassant, 35 páginas<br /><br />10. Bartleby, o escriturário – Herman Melville, 95 páginas<br /><br />11. O colecionador – John Fowles, 343 páginas<br /><br />12. Lady Macbeth do distrito de Mtzensk – Nikolai Leskov, 95 páginasPaulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-61327617195832242952021-03-23T17:52:00.002-03:002021-03-23T17:52:45.452-03:00O fim da eternidade, Isaac Asimov, 1955<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
fim da eternidade, Isaac Asimov, 1955, 256 páginas, tradução de Susana
Alexandria, Aleph. Início: 11/03/2021 – Fim: 22/03/2021. Nota 3 (Bom).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
boa ficção científica sobre viagens no tempo e como pequenas mudanças no
passado podem alterar a realidade presente e futura.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjViN_CVH0k9On5Mvt7FcrbYFvzXA1-Xwy46tG4q2Mw3eQpr4rupMtbd29z5b4ghILzGiwyC12UHfhShG4rJ2X6NnCJhetQHKfXQChf4rjZn9YOKTnxjSIhoSNM71ZCvRw-Mgp7uA/s589/asim.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="589" data-original-width="395" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjViN_CVH0k9On5Mvt7FcrbYFvzXA1-Xwy46tG4q2Mw3eQpr4rupMtbd29z5b4ghILzGiwyC12UHfhShG4rJ2X6NnCJhetQHKfXQChf4rjZn9YOKTnxjSIhoSNM71ZCvRw-Mgp7uA/s320/asim.png" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Asimov
faz o leitor entrar já no meio dos acontecimentos, sem saber onde está, em que
época, quem são aquelas pessoas. Aos poucos, o leitor vai conhecendo melhor o
que fazem aqueles personagens e o que é a Eternidade. As pessoas que trabalham
na Eternidade são chamados “os Eternos”, mas eles são seres humanos comuns que
envelhecem e morrem. A Eternidade é como uma empresa ou fundação que organiza a
vida humana ao longo dos séculos. A Eternidade é como um tubo, de elevador ou
de metrô, que conduz o Eterno, por meio de uma cápsula, até qualquer ponto no
Tempo, acima e abaixo, ao infinito. Os Eternos vivem nessa estrutura física,
com quartos, salas de reunião, escritórios, bibliotecas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
Eternos podem ver e acessar qualquer parte do Tempo e, inclusive, fazer pequenas
modificações em determinada situação que vai resultar em grandes alterações no
futuro. Não há futuro ou passado para os Eternos: eles denominam tempo-acima e
tempo-abaixo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
teoria para conseguir esse meio de locomoção através do Tempo foi descoberta no
século 24, por um tal de Mallansohn, mas somente no século 27 começaram as
viagens no Tempo e a instituição Eternidade. A imensa energia necessária para
alimentar essa “estrutura” é obtida por meio do Sol de milhões de anos no
futuro, quando a nossa estrela se tornou uma Nova.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
Eternidade cuida das trocas comerciais entre os séculos e cuida para que a
humanidade tenha uma vida melhor, modificando algo em determinado tempo e lugar
que vai resultar em um futuro melhor.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
personagem principal, Andrew Harlan, é um Técnico, aquela pessoa dentro da
Eternidade encarregada de fazer a menor modificação possível para obter o
melhor resultado possível. Harlan nasceu no século 95, trabalha na estrutura da
Eternidade e não pode voltar ao seu século ou ter uma vida normal.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
“mora” no século 575 (ou seja, na “estação do metrô” da Eternidade com porta
para aquele século). Ao fazer um trabalho no século 482, ele conhece Noÿs
Lambent e se apaixona pela primeira vez, Daí em diante, a Eternidade começa a
degringolar.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Um
bom livro que não dá vontade de largar. Algumas situações são previsíveis. A
pior parte é o machismo de Asimov, que não deve ser creditado somente a ele, mas
à época em que ele viveu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Sempre
me espanta que esses caras da FC imaginem tanta situação futurística, viagens
espaciais, colonizações, viagens no tempo, mas só consigam imaginar mulheres dependentes
e objetos sexuais. Mesmo nesse contexto, Noÿs Lambent consegue ser um pouco
menos submissa que outras personagens de FC.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. Técnico.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Andrew
Harlan embarca no século 575 para o século 2456. Ele nasceu no século 95. Ele
está executando um plano do qual não sabemos nada. Ele é Técnico na Eternidade,
tem 32 anos. Recebido pelo Sociólogo Kantor Voy. O Sociólogo calculou uma MMN,
Mudança Mínima Necessária para alterar algum aspecto negativo do futuro que
exigia a morte de doze pessoas. Harlan achou uma MMN em que bastava deslocar um
recipiente de lugar com o mesmo resultado, a RMD, Resposta Máxima Desejada.
Para não revelar o erro de Kantor Voy, Harlan pede um favor em troca:
informação sobre um mapeamento de vida e uma mudança de realidade no século 482;
isso é irregular. A MMN que Harlan vai fazer é para diminuir a quantidade de
viciados; alterando a realidade para que isso aconteça, resulta também que não
existirá um determinado tipo de naves espaciais no século 2481. Harlan pediu a
Voy o mapeamento da vida de uma certa Noÿs Lambent. Harlan sabe que ele tem o
poder de destruir a Eternidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. Observador.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
recorda sua formação. Foi escolhido aos 15 anos para ir à Eternidade. Os
humanos comuns são chamados de Tempistas porque vivem no Tempo. Na Eternidade,
há três classes de “funcionários”, os Aprendizes, os Observadores e os
Especialistas. Entre os Especialistas há os Técnicos, os Computadores, os
Sociólogos e outros. Depois de passar pela fase de Aprendiz, Harlan foi
designado para ser Observador no século 482. Harlan é aficionado por História
Primitiva, a história antes da entrada em funcionamento da Eternidade. Ele não
gosta do século 482, que é hedonista e matriarcal. Seus relatórios chamam a
atenção de um famoso Computador, Labam Twissell, que faz parte do Conselho
Temporal. Twissell leva Harlan para ser seu Técnico particular.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. Aprendiz.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
“mora” na Eternidade, na “estação” do século 575. Ele recebe a missão de
ensinar o Aprendiz Cooper tudo que for possível sobre História Primitiva. A
primeira tarefa de Harlan como Técnico é fazer uma MMN, emperrar a embreagem
(!) de um veículo no século 223; isso faz com que uma guerra no século 224
deixe de acontecer. Harlan se sente mal porque personalidades foram
modificadas, pessoas morreram antes ou depois do que na realidade anterior,
livros não foram escritos; mas a Eternidade guarda cópias desses livros que
deixaram de existir. Mallansohn foi o inventor do Campo Temporal. Os Séculos
Ocultos são aqueles entre 70 mil e 150 mil. Sem explicação, os Eternos não
conseguem entrar nesses séculos. Depois do 150 mil, há diversas formas de vida,
mas não há mais humanos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Computador.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Há
uma crise no século 482 e Harlan é chamado para observar. Ele conhece Noÿs
Lambent, uma bela mulher Tempista que trabalha com o Computador Finge. A
Eternidade é machista, só homens trabalham lá. Harlan vê a Eternidade como um
mosteiro. Finge diz que há um propósito na presença de Noÿs. Ela deixa Harlan
abalado. Ele nunca teve uma namorada e antipatiza com ela. Os Eternos podem
requisitar uma mulher Tempista “para as finalidades óbvias”. Finge ordena que
Harlan vá morar algum tempo na casa de Noÿs para melhor estudar o século 482.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Tempista.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
século 482 apresenta uma distribuição desigual da riqueza, mas os Eternos não
querem corrigir isso. Harlan tenta evitar Noÿs mesmo morando na casa dela. Noÿs
fica temerosa porque enquanto passou somente um mês na Eternidade, lá no Tempo
se passaram três meses. Harlan também não sabe explicar. Harlan é obrigado a ir
a uma festa com Noÿs. Depois, a sós com Noÿs, conversa, bebida, ela tem 27
anos. Uma mulher saindo Tempo traz dez vezes mais probabilidade de distorcer a
Realidade. Sexo entre os dois. Harlan acha que descobriu um terrível segredo
(?).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. Mapeador de vida.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Um
mês depois daquela noite, que é onde começa o primeiro capítulo, Harlan está no
2451. Ele entra no Tempo e muda um recipiente de lugar. No 2486, deixam de
existir naves espaciais. Harlan: De que servem as viagens espaciais? Neron
Feruque é o Mapeador. Tempistas não sabem sobre as Mudanças de Realidade. Na
casa de Noÿs, um mês antes, Harlan com raiva de ter que fazer uma mudança de
realidade no século 482 porque Noÿs mudaria, esqueceria dele, ou deixaria de
existir. O Mapeador não vê Noÿs na futura Realidade do 482, mas também não a vê
na anterior. Mistério.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. Prelúdio do crime.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
envia seu relato para Finge. Este reclama que Harlan não relatou tudo que
aconteceu, faltam os “interlúdios” amorosos com Noÿs. Harlan avisa que quer se
unir a Noÿs. Finge diz que após a Mudança de Realidade, Noÿs não vai querer
saber de Harlan. Os Tempistas do 482 acreditam que os Eternos são realmente
eternos, e que as mulheres que se unem aos Eternos se tornam, também, imortais.
Por isso, Noÿs teve interesse em se unir a Harlan. Quando houver a Mudança de
Realidade, os Tempistas não acreditarão mais nessa bobagem. Harlan e Noÿs foram
cobaias naquele experimento. Harlan tenta agredir Finge. Decide cometer um
crime para ficar com Noÿs.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
8. Crime.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
volta ao século 482 e tira Noÿs de lá. Ela percebeu que os Eternos não são
eternos, mas fez sexo com ele porque talvez se tornasse imortal, e porque
gostou dele e teve peninha. Harlan deixou Noÿs nas instalações do século oculto
111.394; não há Eternos lá, mas tem de tudo para viver. Harlan explicou sobre
as Mudanças de Realidade e que elas são necessárias para o bem da humanidade,
como por exemplo evitar guerras atômicas. Noÿs não vai mudar porque está fora
da próxima mudança no 482. Ele vai descobrir como seria Noÿs no futuro 482 e
ela voltaria para lá disfarçada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
9. Interlúdio.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
volta ao seu 575. O Computador Twissell diz, misteriosamente, que Harlan
acertou na mosca. Harlan sente que Noÿs está ligada aos Séculos Ocultos. Ele
procurou uma Mudança que tivesse falha e que ele pudesse usar em uma chantagem.
Questionamentos: se alguém é levado para a Eternidade e na Realidade original
da pessoa ocorre uma Mudança, vai existir um análogo daquele que foi levado na
nova Realidade? Harlan questiona se não estaria em um hospício sonhando com
tudo aquilo. Com Noÿs no século oculto; ela diz que ele ficou bom em sexo; ele
diz que o mérito é da professora. Harlan foi mais uma vez à casa de Noÿs no 482
e percebeu a presença de outra pessoa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
10. Encurralado!</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
errou os controles e foi à casa dela duas vezes no mesmo momento; então, ele
viu a ele mesmo na casa. Harlan foi ao século 2451 (capítulo 1) para chantagear
e conseguir a informação de que Noÿs não existe na nova Realidade do 482.
Quando tenta ir para o século oculto onde ela está, a cápsula não passa do cem
mil. Harlan vai até Finge e o ameaça. Finge diz que o Conselho Pan-Temporal
sabe tudo sobre as atividades ilegais de Harlan, ele estava sendo vigiado.
Finge não bloqueou o túnel.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
11. Círculo completo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
volta o 575, procura Twissell e não o encontra. Noite difícil: “outros usos
para uma mulher em cativeiro”. É acordado para comparecer a uma reunião do subcomitê
do Conselho. Perguntas sobre os paradoxos das viagens no tempo. Sennor afirma
que a Realidade não permite os paradoxos, não acontecem paradoxos em viagens no
tempo. Harlan fica só com Twissell. Diz que descobriu que Mallansohn não
poderia ter criado o Campo Temporal no século 24 porque precisaria da
matemática do século 27. Deduziu que o Aprendiz Cooper irá ao 24 para ensinar a
matemática necessária a Vikkor Mallansohn. Twissell diz que ele chegou bem
perto da verdade. O Aprendiz Cooper é Mallansohn.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
12. O início da eternidade.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Mallansohn
deixou memórias, um volume que só poderia ser aberto por Computadores da
Eternidade, três séculos depois. As memórias contavam que Cooper, nascido no
século 78, treinado em matemática por Twissell, em História Primitiva por
Harlan, foi enviado ao 24 para ensinar Mallansohn. Levou dois anos para
encontrar Mallansohn; este evoluía lentamente na matemática e morreu. Cooper
assumiu a identidade de Mallansohn e construiu o Campo Temporal. Somente três
séculos depois foram criadas as equações matemáticas. Um círculo temporal. Nas
memórias, Cooper não falava nada sobre as cápsulas de deslocamento na
Eternidade. Depois que Cooper partir será a liberdade. Harlan pensa que pode
destruir a Eternidade. Vão para uma sala com uma esfera, uma cápsula bem maior
que o normal, para levar Cooper. Viagens espaciais são necessárias? Twissell
mostra a nova cápsula e a sala de controle. Tranca Harlan na sala de controle.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
13. Além do ponto de partida no tempo-abaixo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cooper
irá para o 24, ano 2317. Últimas instruções para Cooper. Harlan se compara a
Sansão; ingenuidade do autor. Envia-se a cápsula com Cooper, Twissell acha que
tudo funcionou. Mas Harlan queimou os circuitos e enviou Cooper para bem antes
do 24. Não haverá mais Eternidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
14. O crime anterior.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Twissell
conversa com Harlan no intuito de convencê-lo a ajudar na localização e resgate
de Cooper. O Conselho não sabe das ilegalidades cometidas por Harlan, somente
Twissell. Este conta seu próprio crime a Harlan: Twissell teve uma mulher no
575, ela ficou grávida, teve um bebê e morreu. Twissell ajudou na criação do
bebê, com dinheiro. Viajou no tempo e conheceu o filho com 34 anos. Depois, fez
uma Mudança de Realidade e o menino nasceu novamente, mas com deficiências.
Culpa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
15. Busca através do Primitivo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
alteração de ter enviado Cooper para o século errado é reversível. Harlan acha
que o enviou para 1938. Ele procura algum anúncio nas revistas do século 20 que
possa ser um recado de Cooper. Harlan encontra o anúncio, mas exige a presença
de Noÿs e fala da barreira nos cem mil. Twissell vai com Harlan e consegue
passar do cem mil, não havia barreira.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
16. Os séculos ocultos.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Twissell
imagina que a humanidade evoluída dos séculos ocultos não queiram a
interferência dos Eternos e conseguem impedir a entrada e a até a passagem
deles. Resgate de Noÿs e voltam para o 575. O anúncio de Cooper contém um
desenho de bomba atômica em 1932, anacronismo. Harlan irá com Noÿs resgatar
Cooper.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
17. Fechando o círculo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Harlan
está com a mente perturbada. Preparação para ir ao século 20. Pretendem
contactar Cooper pela caixa postal do anúncio. Desembarcam no Primitivo, 1932,
junto à caverna de Cooper. Harlan encontra dinheiro deixado por Cooper na
caverna. Noÿs percebe que Harlan está mudado. Ele desconfia dela. A barreira
dos cem mil condicionou o comportamento dele, a intenção dele de destruir a
Eternidade. Foi tudo planejado pelo pessoal dos séculos ocultos. Noÿs pertence
aos séculos ocultos. Harlan ameaça bater nela; é chocante isso hoje. Ameaça
matá-la “para proteger a Eternidade”, ele que antes pensava em destruir a
Eternidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
18. O início da infinidade.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Noÿs
diz que ele quer matá-la porque se sente traído. As pessoas do século de Noÿs
perceberam a existência da Eternidade e as mudanças provocadas. Sem a
Eternidade, haveria o Estado Básico da Realidade. A Eternidade faz mudanças
para ter mais segurança. Eles bloquearam os séculos ocultos para não sofrerem
as alterações. A humanidade tentou se espalhar pela galáxia, mas o atraso causado
pela Eternidade fez com que os planetas já estivessem dominados por outras
civilizações. A humanidade definhou. A Eternidade provocou isso, com usa moderação,
nada em excesso, segurança. Ao eliminar os desastres, eliminam-se as
superações, os triunfos. Sem a Eternidade, a humanidade se desenvolveria e se
espalharia pela galáxia com a energia atômica. Noÿs analisou diversas
realidades e escolheu a única em havia Harlan. Quer viver com ele em 1932.
Filhos e netos e alcançar as estrelas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Observações:</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Esse
final traz duas curiosidades.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
final demonstra que a Realidade em que vivemos foi alterada por Noÿs e Harlan. Na
“Realidade verdadeira”, aquilo que Noÿs chama de “Estado Básico”, a energia
nuclear só começou a ser usada no século 30. Noÿs quer fazer uma pequena
alteração para que a energia nuclear comece a ser usada em 1945 e, assim, fazer
a humanidade evoluir mais rápido para as viagens espaciais. Cabe questionar a
falta de ética, ou empatia, do autor, ao sugerir que vale a pena matar centenas
de milhares de pessoas em troca de viagens espaciais.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
outro ponto – que até poderia resultar em uma continuação – é que, além de Harlan
e Noÿs, o Aprendiz Cooper também ficou em 1932. E como ele é, também, Mallansohn,
ele pode tentar desenvolver o tal Campo Temporal que deu início à Eternidade.
Era necessário tapar esse furo na história; imaginar que Harlan e Noÿs tentarão
convencer Cooper a não iniciar o Campo Temporal. E se Cooper for um fã da
Eternidade, talvez resulte uma luta de vida e morte.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-74949235406444518122021-03-19T11:42:00.002-03:002021-03-19T11:42:21.104-03:00Estamos todos completamente transtornados, Karen Joy Fowler, 2013<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Estamos
todos completamente transtornados, Karen Joy Fowler, 2013, 331 páginas, tradução
de Geni Hirata, Rocco. Início: 07/03/2021 – Fim: 18/03/2021. Nota 2 (Regular).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdbp8qFz3PNQMlrMbdgVUlJmPaStcbheqR_9kMVhJFRQhBIyZ6GnFWhoasV4Tk_4BPUMuUC7NTio1WSkwITYaPAKF0IJ0W3AcBSrTa3hPbaBBzXzEwZbQfljSI7tI_h8UCT3vx4g/s1160/WhatsApp+Image+2021-03-19+at+11.26.49.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1160" data-original-width="872" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdbp8qFz3PNQMlrMbdgVUlJmPaStcbheqR_9kMVhJFRQhBIyZ6GnFWhoasV4Tk_4BPUMuUC7NTio1WSkwITYaPAKF0IJ0W3AcBSrTa3hPbaBBzXzEwZbQfljSI7tI_h8UCT3vx4g/s320/WhatsApp+Image+2021-03-19+at+11.26.49.jpeg" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Este
livro é quase bom, mas os defeitos me fazem classificá-lo como regular. Eu
esperava mais do livro. O enredo prometia mais: uma família que criava uma
chimpanzé como filha.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Entretanto,
há muita dispersão e personagens fracos e antipáticos, como, por exemplo,
Harlow. Não é um livro difícil de ler, é agradável e a leitura flui, mas não me
prendeu como eu pensava que faria.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Narrado
em primeira pessoa por Rose. Ela foi criada até os cinco anos com uma irmã de
mesma idade. Acontece que a irmã era uma chimpanzé. Os pais eram professores
universitários e dedicavam-se a estudos com primatas. De repente, sem aviso, a
chimpanzé desaparece. De fato, a chimpanzé estava se tornando agressiva – ou acharam
isso – e ela foi vendida para um laboratório. Isso desestruturou toda a
família, inclusive Lowell, o irmão mais velho de Rose.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
família fica degringolada para sempre. Paralelamente à história, Rose aproveita
para discorrer sobre a maldade com os animais, especialmente em pesquisas e
laboratórios.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vale
a pena a leitura, mas não é indispensável. Não cotejei com o original, mas me
pareceu que a tradução tem muitas falhas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parte
1</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. Harlow faz uma quebradeira na lanchonete da faculdade. Califórnia, 1996.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. Rosemary Cooke vai presa com a doida Harlow. O pai e a moça da lanchonete a
livram das acusações. A irmã e o irmão dela estão desaparecidos há 17 e 10
anos, respectivamente.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. Dia de Ação de Graças em família, em Bloomington, Indiana. A mãe entrega a
Rose os diários que escreveu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. A mala com os diários é extraviada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Com cinco anos, Rose foi mandada para a casa dos avó. Fugiu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. O irmão dela a procurou na Califórnia, mas não a encontrou. Entregaram a ela
a mala errada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parte
2</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. Em 1979, depois da fuga da casa da avó, o pai a leva de volta para a nova
casa. A mãe está doente, trancada no quarto. A irmã desapareceu, o irmão está solto
pela rua.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. O filho favorito.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. A mãe está deprimida, a avó cuida mais ou menos da casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Rose, Lowell e Russell foram até a antiga casa na fazenda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. A irmã de Rose, Fern, era uma chimpanzé fêmea criada com ela e o irmão, como
humana. Russell foi preso por invadir e fazer uma festa na casa da fazenda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. A mãe volta ao normal. Lowell não se conforma com separação de Fern.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. Lembranças de Fern. O jardim da infância.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parte
3</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. O impacto da perda de Fern sobre a família.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. Psicóloga para Lowell. Dificuldades no jardim da infância.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Capítulo
3. Lowell foge de casa para sempre. Acontece um incêndio criminoso em um
laboratório veterinário na Universidade da Califórnia Davis. O FBI procura
Lowell.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Com 15 anos, Rose descobre que Fern foi enviada para um laboratório
veterinário em Dakota e tratada como um animal.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Rose na faculdade em Davis, sem amigos. Passa mal ao ver o filme “O homem da
máscara de ferro”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. Rose pesquisa sobre o incêndio no laboratório veterinário perpetrado por uma
Frente de Libertação Animal. Harlow abre a mala errada que havia sido entregue
a Rose.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. Aula sobre violência aborda o comportamento de chimpanzés e bonobos; Rose
sente-se mal.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parte
4</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. Em 2012, Rose pesquisa sobe chimpanzés criados com humanos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. Rose vai para a farra com Harlow e Reg, muito álcool e pílulas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. Flashes da noite de farra;; é levada para a delegacia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Em casa, ainda “ligada”, Rose recorda a noite em que Lowell a levou para
conhecer o jardim de uma mansão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Rose sai para procurar a bicicleta e o boneco de ventríloquo que perdeu na
farra. Enquanto isso, Lowell vai à casa dela e sai para comer crepe com Harlow.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. Rose encontra Lowell e Harlow na creperia. Em casa, Lowell passa a noite com
Harlow. De madrugada, vai com Rose para um café.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. Quando fugiu de casa, Lowell foi ver Fern no laboratório veterinário em
Dakota. Ela havia sido vendida para outra universidade. Foi um desastre.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parte
5</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. Lowell conta que Rose obrigou os pais decidirem entre Fern e ela. Rose não
se lembrava disso. Lowell vai embora.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. O irmão pareceu um pouco maluco. Instável.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. Lowell contou sobre experiências e tratamentos terríveis com animais. Nota
ruim na prova de Sosa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Rose conta a Harlow que Lowell é um terrorista doméstico em defesa dos
animais. Rose é levada para uma delegacia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Isolada em uma cela, Rose começa a lembrar o que aconteceu entre ela e Fern.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. Rose pegou um gatinho que mamava na mãe e deu a Fern. Fern estraçalhou o
gatinho. Rose correu para chamar Lowell. Não encontraram mais nem a mãe nem os
outros gatinhos. Rose disse a sua mãe que estava com medo de Fern. A macaca foi
levada embora.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. Rose foi solta. Havia sido presa porque Harlow e Ezra arrombaram o
laboratório de primatas da universidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parte
6</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. Natal com os pais. Conta sobre o reencontro com Lowell e a culpa pela
separação de Fern.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. Pais de Harlow. Visita Ezra na prisão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. Namoro breve com Reg. Morte do pai em 1998.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Recupera os diários da mãe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Diários da mãe são publicados, lembranças da infância das duas. Rose em
2012, mora em Dakota do Sul com a mãe e perto de Fern, que está no Centro de Comunicação
de Primatas. Rose é professora de jardim da infância e visita o Centro com
alunos, frequentemente. Fern aparentemente reconheceu Rose e a mãe; ela é a
líder do grupo de seis chimpanzés. O Centro necessita sempre de dinheiro. Os
diários, como livro para crianças, arrecada dinheiro para o Centro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. Incertezas sobre a memória dos chimpanzés.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. Lowell foi preso como terrorista, ele pretendia um ataque ao Sea World; sua
cúmplice fugiu; ele está incomunicável há três meses. O livro termina com a
recordação da primeira visita de Rose a Fern, no Centro, a troca de sinais e de
olhares entre as duas.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-7943692597682233152021-03-18T09:32:00.004-03:002021-03-18T09:32:28.250-03:00Doze contos peregrinos, Gabriel García Márquez, 1992<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Doze
contos peregrinos, Gabriel García Márquez, 1992, 256 páginas, tradução de Eric
Nepomuceno, Record. Lido entre 24/02/2021 e 03/03/2021. Nota 3 (Bom).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Não
é dos melhores GGM, mas vale a pena. O prólogo é muito bom porque conta da
elaboração das histórias, do ofício de escrever, além de narrar um sonho belo e
angustiante de GGM. Quanto aos contos, a maior parte é boa, alguns são excepcionais,
uns poucos são irrelevantes. O resultado é uma obra irregular, de muitos altos
e alguns baixos. Às vezes, dá a impressão de um ajuntamento aleatório de papéis
guardados.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Entretanto,
os contos excelentes fazem valer a pena a leitura.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOv62l5SXuQ4uKP_FCN6CkNgHNBeKf1Kcu4a1bfCRCr5p84I-NFvdnlDBCD8oDI48gfHptFWYSi_GT4o3Nyfr_eDO93qfRER36bNpNAC20-MmNqpVQ7RYSZULyIxq5XjCza1fJtA/s523/ggm.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="523" data-original-width="335" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOv62l5SXuQ4uKP_FCN6CkNgHNBeKf1Kcu4a1bfCRCr5p84I-NFvdnlDBCD8oDI48gfHptFWYSi_GT4o3Nyfr_eDO93qfRER36bNpNAC20-MmNqpVQ7RYSZULyIxq5XjCza1fJtA/s320/ggm.png" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro, continue
por sua conta e risco.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><b>Resumo dos contos.</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Boa
viagem, senhor presidente</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Genebra. É um conto que não se decide entre contar a
história do velho ex-presidente deposto ou do casal de imigrantes Homero Rey e
Lázara. É injusto que o casal dispense o maior cuidado ao ex-presidente, como a
um filho, e não seja, de algum modo, recompensado. A escolha dos nomes, Homero
e Lázara, é de certo modo óbvia, porque o ex-presidente faz uma longa viagem de
ida e volta, Odisséia, e tenta a ressuscitação em seu país natal.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
santa</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Muito bom. Roma. A história do pai que passa a morar em Roma para conseguir a
canonização da filha. A menina morrera aos sete anos e, onze anos depois, o
corpo continuava intacto e, o mais fantástico, sem peso.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
avião da bela adormecida</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. No avião entre Paris e Nova York. É uma espécie de
leve homenagem ao livro de Kawabata, “A casa das belas adormecidas”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Me
alugo para sonhar</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Havana, Viena e Barcelona. História de uma mulher que é contratada para sonhar
e interpretar os próprios sonhos. Pablo Neruda a conhece e sonha com ela; no
sonho dele, ela está sonhando com Neruda. A mulher conta ao narrador que sonhou
com Neruda e que, no sonho, Neruda sonhava com ela. Referências a Borges.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Só
vim telefonar</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Muito bom e tristíssimo. Barcelona. O carro da personagem quebrou e ela vai a
um lugar tentar telefonar. O lugar é um hospício; a mulher é confundida com uma
paciente e é internada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Assombrações
de agosto</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Arezzo. Irrelevante. Faz pensar em Poe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Maria
dos Prazeres</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Muito bom. Barcelona. História de uma velha prostituta que se prepara para a
morte. A mulher é brasileira amazonense e o final é surpreendente.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Dezessete
ingleses envenenados</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Mediano. Nápoles. Uma velha e piedosa senhora vinda da América Latina, meio
perdida em Nápoles, quer ir à Roma ver o papa. O final é angustiante pois a
situação da senhora não se conclui.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Tramontana</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Fraco. Barcelona
e Cadaqués. O vento tramontana deixa as pessoas loucas. Duas mortes acontecem
devido ao vento.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
verão feliz da senhora Forbes</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Mediano. Ilha de Pantelana na Sicília.
Dois irmãos aos cuidados de uma governanta nazista. A governanta inferniza a
vida dos irmãos com disciplina férrea, embora seja uma hedonista.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
luz é como a água</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Muito bom. Madri. Conto absolutamente fantástico. Crianças que navegam na luz.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
rastro do teu sangue na neve</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Muito bom e tristíssimo. Paris A viagem
de núpcias se torna tragédia; o jovem marido, infantil e infantilizado, perdido
frente às circunstâncias que não sabe enfrentar. Desencontros, acasos
terríveis. O fantástico de um ferimento de espinho de rosa que não para de
sangrar.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-39595450956875305492021-03-16T15:31:00.005-03:002021-03-16T15:31:58.456-03:00Antônio e Cleópatra, William Shakespeare, 1607<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Antônio
e Cleópatra, William Shakespeare, 1607, 174 páginas, tradução de Beatriz
Viégas-Faria, L&PM. Início: 09/03/2021 – Fim: 12/03/2021. Nota 3 (Bom).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTqX3Z61MSvV4MoqUaDcvz7lR2_faHZm81xsWuVHHJLHMslmIEMGWxn37mUc_SDWIlqdpR6qoSF1r5oBlS_DtcKYO2-cIBG7BwyAXETACWh7IXoI7uWzcMqU96sJJu1juRVQRVw/s1160/WhatsApp+Image+2021-03-16+at+11.53.13.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1160" data-original-width="872" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTqX3Z61MSvV4MoqUaDcvz7lR2_faHZm81xsWuVHHJLHMslmIEMGWxn37mUc_SDWIlqdpR6qoSF1r5oBlS_DtcKYO2-cIBG7BwyAXETACWh7IXoI7uWzcMqU96sJJu1juRVQRVw/s320/WhatsApp+Image+2021-03-16+at+11.53.13.jpeg" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A história de Otávio, Antônio e Cleópatra, na visão romantizada de
Shakespeare.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
peça retrata a época em que o império romano era governado pelo triunvirato
composto por Antônio, Otávio e Lépido.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Antônio
dominava a parte oriental do império romano e vivia com Cleópatra no Egito. A
mulher de Antônio, Fúlvia, iniciou uma guerra contra Otávio, em Roma, querendo
atrair Antônio de volta. Fúlvia perdeu a guerra e morreu doente pouco depois.
Antônio volta a Roma para negociar com Otávio (o futuro Augusto César). Como
sinal de reconciliação entre ambos, Antônio aceita se casar com a irmã de
Otávio, Otávia. O casamento dura oito anos. Mas Otávio e Antônio se desentendem
novamente, e Antônio vai de vez para os braços de Cleópatra, abandonando
Otávia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Otávio
inicia uma campanha militar contra Antônio. Na Grécia, durante a batalha naval
de Áccio, Cleópatra foge do confronto com a frota egípcia e Antônio,
enlouquecido, vai atrás dela em seu navio, abandonando sua frota e seu exército
no fragor da batalha.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Otávio
se dirige ao Egito para combater o casal de amantes. Durante as batalhas,
Antônio se mata. Cleópatra iria ser levada em triunfo por Otávio, mas ela se
mata antes.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglNehmEJE8eG7ZB9Ls6nhSle-kI_J_yP_EGYZzVBe2ATYD2HPO5ArsuVGTdkqFzUI77KrKd36BUL0eDokFp_PryucYozxfm4DkNTWhGHD3YQlYPKKousfqlR9jXuMRj1ui8PNcbg/s932/Death_of_Cleopatra_by_Rixens.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="628" data-original-width="932" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglNehmEJE8eG7ZB9Ls6nhSle-kI_J_yP_EGYZzVBe2ATYD2HPO5ArsuVGTdkqFzUI77KrKd36BUL0eDokFp_PryucYozxfm4DkNTWhGHD3YQlYPKKousfqlR9jXuMRj1ui8PNcbg/w400-h270/Death_of_Cleopatra_by_Rixens.jpg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
peça reconta fatos históricos, embora ainda hoje restem dúvidas sobre alguns
pontos. De todo modo, um defeito da peça é fazer parecer que tudo aquilo
aconteceu em sequência, de forma rápida e encadeada. Não foi assim; por
exemplo, Antônio ficou casado com Otávia durante oito anos, e Otávio só foi ao
Egito um ano depois da batalha de Áccio.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
mim, o que mais se destaca na peça é a ambiguidade de Cleópatra e a
instabilidade emocional e a flutuação de emoções de Antônio. Em dado momento,
Cleópatra é um rouxinol para Antônio; no momento seguinte, é uma rameira. A
Cleópatra da peça é ambígua quando a tragédia se aproxima: parece gostar de
Antônio e, ao mesmo tempo, parece tentar se salvar da catástrofe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Como
sempre acontece em Shakespeare, a peça tem diversos momentos cômicos e
sarcásticos, principalmente ligados ao personagem Enobarbus, auxiliar de
Antônio. Apesar das falas irônicas, Enobarbus tem um final trágico: ele deserta
das tropas de Antônio, passa-se para o lado de Otávio, mas se arrepende e se
mata.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Antônio
revela-se um personagem fraco, um indivíduo que não consegue se desvencilhar da
paixão excessiva por Cleópatra. O ponto mais baixo de sua trajetória é
abandonar seus comandados durante a batalha de Áccio para seguir a egípcia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Um
dos trechos mais curiosos da peça acontece quando o Bardo fala da própria peça.
Ao descobrir que será levada prisioneira para ser exibida em triunfo por Otávio
em Roma, Cleópatra diz a uma de suas servas:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Cleópatra:
Agora, Iras, o que pensas disso? Tu, uma boneca egípcia a ser exibida em Roma
tanto quanto eu. Escravos, trabalhadores quaisquer, de aventais gordurosos,
réguas e martelos irão nos erguer no ar para que todos nos vejam. No mau hálito
deles, vamos sentir o cheiro de comida barata; seremos obrigadas a respirar
naquela nuvem quente do bafo dos plebeus que nos cercam.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Iras:
Que os deuses não permitam uma coisa dessas!</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cleópatra:
Não, Iras, isso é certo. Litores lascivos e insolentes vão pensar que somos
rameiras, e maus poetas vão escrever baladas ruins sobre nós. Os bons
comediantes, de improviso, põem nossa história no palco e apresentam “Orgias de
Alexandria”. Antônio será representado bêbado, e eu vou assistir à Cleópatra
esganiçada de um rapazote, toda a minha majestade em pose de puta.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><b>Resumo</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ato
1<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
1. Egito. Antônio ignora mensagens de Roma, fascinado por Cleópatra. Ela
demonstra raiva por ele e pela esposa dele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
2. Egito. Brincadeiras entre os servos. Antônio recebe a mensagem de que Sexto
Pompeu ameaça o triunvirato e de que Fúlvia morreu, e decide voltar à Roma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
3. Egito. Antônio comunica a Cleópatra a necessidade da viagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
4. Roma. Otávio e Lépidus preocupam-se com Pompeu e com a ausência de Antônio,
enfeitiçado pela cigana. “Antônio não pode de modo algum desculpar-se por seus
estigmas quando somos nós que suportamos todo o peso de sua leveza.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
5. Egito. Cleópatra recebe notícias de Antônio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ato
2<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
1. Sicília. Pompeu e Menas discutem sobre o confronto com Roma. “Ignorantes de
quem somos, muitas vezes nós imploramos pelo que nos será danoso, coisa que as
forças sábias nos negam para nosso próprio bem; então descobre-se que saímos
lucrando ao não serem atendidas as nossas preces.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
2. Roma. Antônio e Otávio esclarecem os conflitos entre eles. Lépidus é mero
acompanhante. Acerta-se o casamento de Antônio com Otávia, irmã de Otávio.
Sobre Cleópatra: “Sabe-se que as coisas mais vis tornam-se atraentes nela, e os
santos sacerdotes abençoam-na quando ela se mostra uma devassa.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
3. Roma. Um adivinho alerta Antônio sobre o perigo de ficar junto a Otávio
César.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
4. Roma. Lépidus se despede de generais que vão para o combate.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
5. Egito. Cleópatra é informada acerca do casamento de Antônio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
6. Sicília. Acordo entre o triunvirato e Pompeu: este fica com a Sicília e a
Sardenha e pagará um tributo a Roma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
7. Sicília. Comemoração no barco de Pompeu. Todos bêbados, cantam e dançam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ato
3<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
1. Ventídio derrota os partos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
2. Roma. Despedida de Antônio e Otávia que partem para Atenas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
3. Egito. Mensageiro descreve Otávia para Cleópatra, caprichando nos defeitos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
4. Atenas. Otávia vai para Roma intermediar as brigas entre Otávio e Antônio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
5. Atenas. Notícias de que Otávio derrotou Pompeu e aprisionou Lépidus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
6. Roma. Otávio recebe a irmã e diz que ela foi rejeitada por Antônio, que se
reuniu à rameira do Egito e prepara-se para combater contra Roma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
7. Áccio. Antônio e Cleópatra combatem Otávio no mar. Antônio foi aconselhado a
lutar em terra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
8 e 9. Áccio. Ordens para os combates.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
10. Áccio. Cleópatra foge com seus navios e Antônio a segue. “Nunca antes se
violou assim a experiência, a virilidade, a honra!”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
11. Egito. Antônio apresenta variações de comportamento. Perdeu o rumo e a
honra, mas pede amor, vinho e comida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
12. Otávio manda dizer a Cleópatra que a privilegiará desde que expulse ou mate
Antônio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
13. Antônio diz a Otávio que quer um combate singular. Um mensageiro de Otávio
explica a proposta dele para Cleópatra; ela parece aceitar. Antônio vê parte da
cena e manda açoitar o mensageiro. Antônio elogia Otávia, “joia rara de mulher”
e arrepende-se de estar com a rameira. Muda de humor e quer festejar com
Cleópatra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ato
4<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
1. Otávio prepara o exército para a batalha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
2. Antônio e suas flutuações de humor. Festa e vinho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
3. Alguns soldados desertam de Antônio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
4. Antônio veste-se para a batalha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
5. Enobarbo desertou e Antônio envia para ele as arcas e tesouro que deixou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
6. Otávio ordena que os desertores sejam colocados na frente do exército.
Enobarbo recebe seu tesouro e envergonha-se. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
7. As tropas de Antônio se saem melhor na batalha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
8. Antônio volta para a cidade e comemora com Cleópatra, seu “rouxinol”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
9. Enobarbo se mata.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
10. A batalha agora se desenrola em terra e no mar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
11. Otávio orienta o exército.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
12. Antônio mostra valentia e depois desanima. Vê a esquadra se entregar a
Otávio, por causa da “egípcia imunda”, “puta, três vezes puta”. Diz que “a
bruxa tem que morrer, ela me vendeu ao jovem romano”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
13. Cleópatra se tranca no mausoléu e manda dizer a Antônio que se matou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
14. Antônio tenta se matar, mas fica agonizando. Recebe o aviso de que
Cleópatra está viva e é levado até ela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
15. Antônio morre e Cleópatra pensa em se matar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ato
5<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
1. Otávio é avisado da morte de Antônio, que lamenta, e manda avisar a
Cleópatra que o destino dela será decidido com honra e cortesia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cena
2. O enviado de Otávio evita que Cleópatra se mate. Otávio visita Cleópatra.
Ela entrega a Otávio uma lista de seus tesouros, mas descobre-se que ela
escondeu a outra metade. Ela descobre que será levada como uma presa do triunfo
de Otávio. Cleópatra diz que sua história será encenada no palco, com toda a
sua majestade em “pose de puta”. Um camponês traz um cesto com serpentes para a
rainha. Cleópatra se mata, suas ajudantes também. Antônio prepara o funeral dos
dois.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-32257174227688625332021-03-06T17:44:00.004-03:002021-03-06T17:44:39.252-03:00Livro de Josué, Bíblia de Jerusalém<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Livro
de Josué, Bíblia de Jerusalém, 33 páginas, 24 capítulos, Paulinas. Início: 08/02/2021
– Fim: 03/03/2021.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ml0oHJuQ-mxOFr3lDDoaxlicF3Vv0uuzZHSp_04pQfifMny6BZbU029BMnijKLcRLC8LaJnsY3eUYZtXYsxMSbPJbDXI73SIXye-kPSIUJYy0n6SsiUIPDs6Dm5H2w3rddjywg/s799/Crossing_the_Jordan_River_with_the_Ark%252C_painted_board%252C_detail_from_the_cabinets_of_the_Old_Sacristy%252C_Church_of_St_Mary_the_Gracious_Milan._Italy%252C_15th.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="799" data-original-width="515" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ml0oHJuQ-mxOFr3lDDoaxlicF3Vv0uuzZHSp_04pQfifMny6BZbU029BMnijKLcRLC8LaJnsY3eUYZtXYsxMSbPJbDXI73SIXye-kPSIUJYy0n6SsiUIPDs6Dm5H2w3rddjywg/s320/Crossing_the_Jordan_River_with_the_Ark%252C_painted_board%252C_detail_from_the_cabinets_of_the_Old_Sacristy%252C_Church_of_St_Mary_the_Gracious_Milan._Italy%252C_15th.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
livro de Josué encerra o ciclo da história dos hebreus desde o início até a
invasão das terras de Canaã. A narrativa contada nos cinco livros do Pentateuco
somente se encerra aqui, em Josué; de fato, fala-se até em um Hexateuco,
incluindo Josué.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Moisés
morre antes da invasão de Canaã. Josué, sucessor de Moisés é quem lidera o povo
nômade durante a invasão e a fixação naquelas terras.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">De
forma geral, o que se apreende dos seis livros é a origem do mundo e dos
israelitas, o pacto de Iahweh com aquele povo, e a fixação no Egito (Gênesis);
a saída do Egito e a vida nômade em terras difíceis, desérticas (Êxodo);
recenseamentos, agruras, pestes e deslocamentos do povo nômade, e a enxurrada
de novas e antigas normas (Levítico e Números); uma condensação das novas leis
e rememoração da trajetória nômade, e a preparação para a invasão de Canaã, com
a morte do líder (Deuteronômio); e por fim, a invasão, as carnificinas, a
divisão das terras e a fixação do povo nômade na terra invadida (Josué).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
mitologia dos hebreus tenta justificar os massacres, a carnificina, a invasão,
as guerras, por meio da lenda de que um deus (o deus dos deuses) concedeu
terras mais férteis ao povo nômade. De fato, aquele povo nômade cresceu o olho
nas terras férteis de outros povos e, depois de muito penar como pastores,
invadiram com fúria sanguinária a terra de Canaã. Eles tentaram antes, pelo sul
(Êxodo) e não conseguiram, então conseguiram pelo oeste, cruzando o rio Jordão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
pestes e doenças também são explicadas por meio da mitologia: há uma peste, é
porque o povo errou feio com o deus; daí, seguem-se rituais e incensos. Quando
a peste acaba por motivos naturais, é claro que foi intercessão do deus. Da
mesma forma, normas básicas de higiene são justificadas como mandamentos
divinos. Também as derrotas nas batalhas são castigo por erros cometidos. Tudo
simplório, comum em povos semicivilizados.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Em
Josué, os tópicos mais curiosos são os seguintes:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
ao final da campanha militar, Iahweh não cumpriu a promessa de dar todas as
terras. Iahweh havia definido bem definidozinho, em Êxodo, as terras que pertenceriam
aos hebreus. Todavia, as terras que eles ocuparam foram muito menos que o
prometido.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
o povo desobedeceu em tudo as ordens mosaicas e de Iahweh: fez pactos com povos
de Canaã e não destruiu-exterminou toda a gentalhada – na visão de Iahweh – que
ocupava aquelas terras.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
as estratégias militares de Israel são bem descritas: o cerco, o falso ataque e
uma armadilha, os ataques aos cavalos para enfraquecer os inimigos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
eu desconhecia a lenda de que Iahweh também abriu as águas do Jordão para que
os israelitas passassem. A lenda deve ter surgido para reforçar o papel de
Josué como sucessor de Moisés.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
algumas tribos israelitas denominam Iahweh de “deus dos deuses’, o que indica a
aceitação de um politeísmo ao modo grego, Iahweh como um tipo de Zeus.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">-
a reunião das tribos que Josué promove antes de morrer: as tribos deveriam
decidir se ficavam com Josué e adoravam a Iahweh, ou se iam para outros deuses.
É tão “moderna” e inusitada essa liberdade de culto.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois
da morte de Moisés, o povo de Israel acampa na margem do rio Jordão antes de
iniciar a travessia e invadir Canaã. É uma invasão, é guerra e violência. As
tribos israelitas de aquém Jordão têm a obrigação de ajudar na invasão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Josué
enviou dois espiões a Jericó. Ele foram acolhidos pela prostituta Raab que os
escondeu dos guardas do rei de Jericó. Ela combinou de salvá-los desde que
Israel a poupasse, com sua família, quando da invasão. A fama violenta de
Israel precedia a invasão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Na
margem do Jordão. A Arca segue na frente, entra no rio e o rio para de correr:
uma massa de água se acumula rio acima. O povo atravessa o rio sem água. Iahweh
ordenou recolher doze pedras do leito seco do Jordão. Enquanto a Arca ficou no
rio, a água ficou retida acima. Israel possuía quarenta mil guerreiros armados.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Israel
acampou a leste de Jericó. As doze pedras foram erigidas: um lugar de culto e
de memória. O lugar se chamava Guilgal, “círculo de pedras”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
povos de Canaã temem os israelitas. Em Guilgal, faz-se a circuncisão do povo e
uma Páscoa; eles comem os frutos da terra e finda o maná. Teofania: Josué vê o
“chefe do exército de Iahweh” com a espada desembainhada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cerco
a Jericó. Descrição simbólica do sítio à cidade. Sete sacerdotes com a Arca e
sete trombetas e todo o povo contornam a cidade fortificada durante seis dias.
No sétimo dia, contornam a cidade sete vezes, emitem um grito de guerra e “as
muralhas caem”. De fato, um cerco desses leva muito tempo, meses até. Não há
registro arqueológico de que as muralhas de Jericó tenham caído nessa época.
Invasão de Jericó.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Tudo
foi destruído, assassinato de todos os habitantes, exceto Raab e sua família. É
uma evidente desobediência à ordem que Iahweh deu a Moisés: quando entrassem em
Canaã, matassem todos. Os espiões não teriam autorização para fazer
combinações. Ouro, prata e bronze e objetos anexados ao tesouro de Iahweh (na
verdade, tesouro dos sacerdotes porque Iahweh não precisa de ouro e prata).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Um
certo Acã ficou com objetos valiosos para si. O povo foi castigado quando Josué
mandou uma tropa de três mil guerreiros para lutar contra o povo da localidade
de Hai e a tropa perdeu a batalha. Josué fez um escarcéu enorme com Iahweh (ai,
por que fomos derrotados, ai, ai, ai). Iahweh ordenou descobrir quem ficou com
objetos do tesouro e queimá-lo. O povo pegou Acã e sua família, apedrejou e
matou a todos. Seria Acã realmente culpado? E matar toda a família é justo para
Iahweh? Foi erigido um monte de pedras sobre os restos mortais de Acã e sua
família.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Há
diversas incoerências de quantidade. Relata-se que Josué enviou trinta mil
guerreiros contra Hai, depois fala-se em cinco mil. Inicialmente, dizia-se que
Hai era pequena e fácil de derrotar; no fim, mataram doze mil em Hai.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
estratégia de Josué contra Hai foi atacar com um pequeno grupo, fugir para ser
perseguido, outra parte maior de guerreiros invadem e queimam Hai e os dois
grupos apertam os guerreiros de Hai no meio. Mataram todos, destruíram tudo,
enforcaram o rei de Hai.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois
da carnificina, como sempre: orações, um altar para Iahweh, leitura do
Deuteronômio, blá-blá-blá. Iahweh gosta de carnificina e os israelitas são um
povo sanguinário e violento.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Assustados,
os povos de Canaã iniciam uma coalizão contra Israel. Israel faz um pacto com
Gabaon, contra as recomendações da lei de Moisés de não fazer pacto com nenhuma
tribo de Canaã. Para disfarçar, os líderes de Israel dizem que foram
ludibriados por Gabaon. Um grupo se fez passar por mensageiros de um povo
distante e fez o pacto; depois se descobriu que eles eram dali, vizinhos, o
povo de Gabaon. Boa desculpa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cinco
reis se unem contra Gabaon Jerusalém, Hebron, Jarmut, Laquis, Eglon. Parece
Senhor dos Anéis. Os reis sitiaram Gabaon. Israel acorreu em socorro de Gabaon,
marchou à noite e atacou de surpresa, e derrotou os cinco reis. Para ter mais
tempo de batalha, Josué ordenou que o sol parasse de se mover. Iahweh
“obedeceu” a Josué, está escrito.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Descreve-se
então as cidades conquistadas pelo sanguinário povo de Israel: Maceda, Lebna,
Laquis, Gazer, Eglon, Hebron, Dabir, que são cidades do sul.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Formou-se
uma coalizão das cidades do norte, com um exército numeroso como areia na
praia, com cavalos e carros de combate, comandados pelo de rei de Hasor. Israel
venceu mesmo sem dispor de cavalos e carros porque conseguiu cortar os jarretes
dos cavalos e queimar os carros. (Escavações arqueológicas mostram que a cidade
de Hasor foi incendiada e destruída). Conquista de Hasor, extermínio,
morticínio, guerra sem paz.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Terminou
a conquista e “a terra descansou da guerra”. Várias terras não foram
conquistadas, ao contrário do que disse Iahweh. Os filisteus, por exemplo, não
foram derrotados. O filisteus eram povo marítimo, velejadores, ocupavam o
litoral e eram inimigos permanentes de Israel.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hebron
foi designada para Caleb, ele a conquistou. Os enacim, povo de alta estatura
foram derrotados. Hebron se chamava Cariat-Arbe e era dividida em quatro
bairros de acordo com os clãs. Caleb tinha 85 anos quando conquistou
Cariat-Arbe e Cariat-Séfer (ou Dabir). Otoniel comandou o ataque a Dabir e casou
com Acsa, filha de Caleb.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
ordens de Moisés não foram seguidas e várias tribos não foram expulsas de
Canaã. Josué ordenou que a tribo de José desmatasse a encosta de uma montanha,
para ocupá-la e conquistar as terras dos cananeus, povo mais forte e que
dispunha de carros de ferro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Divisão
das terras entre as tribos. Terras para Josué: a cidade de Tamnat-Saará na
montanha de Efraim. Novamente, as especificações sobre as cidades de refúgio.
Estabelecem-se cidades para os levitas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
versículo 21, 43 é mentira porque diz que Iahweh entregou todas as terras que
prometeu. Ora, diversos povos, por exemplo os filisteus, jamais foram
conquistados. Os israelitas não obtiveram todas as terras que Iahweh e Moisés
prometeram.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
guerreiros das tribos de além Jordão (Rubens, Gad e Manassés) foram autorizados
a voltar para suas terras. No retorno, eles construíram um altar na margem do
Jordão. Israel se preparou para uma guerra contra eles porque era proibido
fazer esse altar. Só poderia haver um altar. Rubens, Gad e Manassés dizem que
Iahweh é o “deus dos deuses”, um evidente politeísmo, e explicam que não era um
altar para holocaustos, era somente um altar “memorial”, um altar testemunho, E
acalmam-se os ânimos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Josué
velho faz um discurso com aquele teretetei de sempre, o Egito, Moisés, o
deserto. Discurso contraditório porque diz que ainda restam tribos inimigas a
expulsar mas também afirma que Iahweh entregou tudo o que prometeu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois,
Josué promove uma esquisita reunião das tribos em Siquém: é para escolher se as
tribos vão acompanhar o povo de Josué e ficar com Iahweh ou se vão escolher
outros deuses. Que bom que havia essa opção. Cuidado, diz Josué, Iahweh é um
deus ciumento. As tribos não têm medo e confirmam que vão ficar com Iahweh.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Josué,
sucessor de Moisés, morre aos 110 anos, enterrado em Tamnat-Saará. Morre o
sacerdote Eleazar, filho de Aarão. Enterram-se os ossos de José. Encerra-se o
ciclo do Êxodo.</span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-84710513337727908542021-03-05T10:33:00.002-03:002021-03-05T10:33:23.443-03:00O tempo desconjuntado, Philip K. Dick, 1959<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
tempo desconjuntado, Philip K. Dick, 1959, 267 páginas, tradução de Braulio
Tavares, Suma. Início: 28/02/2021 – Fim: 04/03/2021. Nota 2 (Regular).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1vA7akJOewtvgeq3AnY6Ejn_sc8ch8O4JRivn_QQ7ExhuTJQDvKegB7r3fe5-15KDQwu92z2SlZzmqRkQrHvJXH2PfSFY27ifgbFm29YI4nAp-EAVTC2rHFVK628im7ug-hSfjA/s951/pkd.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="951" data-original-width="799" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1vA7akJOewtvgeq3AnY6Ejn_sc8ch8O4JRivn_QQ7ExhuTJQDvKegB7r3fe5-15KDQwu92z2SlZzmqRkQrHvJXH2PfSFY27ifgbFm29YI4nAp-EAVTC2rHFVK628im7ug-hSfjA/s320/pkd.png" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“O
tempo desconjuntado”, título original “Time out of joint”. Para mim, os enredos
de PKD possuem um tema interessante – um achado, uma iluminação – mas são mal
desenvolvidos. É uma escrita preguiçosa a dele.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Exemplo:
“O homem do castelo alto”, como seriam os Estados Unidos se a Alemanha e Japão
tivessem ganho a Segunda Guerra. Boa ideia para um livro, mas o desenvolvimento
é fraco e mal alinhavado.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aqui,
no “Tempo desconjuntado” é até melhor.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
personagem Ragle Gumm começa a perceber que o seu mundo é falso. Estamos em
1959. A família de Ragle também percebe situações estranhas. Memórias de outra
vida, objetos virtuais, transmissões de rádio esquisitas, revistas que mostram
situações e fatos desconhecidos para eles. Ragle, sua irmã Margo, seu cunhado
Victor e o filho deles, Sammy, vão aprofundando as investigações. Mas é Ragle
quem quer mais intensamente descobrir a verdade, o mundo real.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vê-se
que o filme “O show de Truman” derivou diretamente da história de PKD.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ragle
Gumm ganha a vida resolvendo enigmas de um jornal, e ganha algum dinheiro com
isso. Apesar da boa vida, ele se sente incomodado e percebe as incoerências,
cada vez mais evidentes. Então, decide fugir da cidade e ver como é o mundo lá
fora.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ragle
descobre que o ano verdadeiro é 1998 e que a Terra e a Lua estão em guerra. A
Lua ataca a Terra com mísseis e Ragle, por meio de uma capacidade estética e
intuitiva, consegue indicar com grande margem de acerto onde os mísseis irão cair,
diariamente. O concurso do jornal é um simulacro que diminui a tensão de Ragle
naquele trabalho de vida e morte. Ele descobre também que, antes de ser confinado
naquela falsa cidade e falsa vida, preparava-se para abandonar a Terra e
aliar-se à Lua. A Terra (leia-se, os Estados Unidos) queria o isolacionismo e
os colonos da Lua queriam as viagens espaciais e a colonização da galáxia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Então,
temos um livro fácil de ler, instigante, mas com aquela preguiça característica
de PKD. Nada é aprofundado, os personagens são rasos, a história é mal
explicada. Deste modo, o capítulo final concentra, mal-amanhadamente, quase todas
as “explicações”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
parte curiosa é o adultério consentido: não apenas a cidade é falsa, como
também foi criada uma família falsa para Ragle. A “irmã” dele, Margo, descobre
que não é a esposa verdadeira de Victor, e sim de Bill Black, o vizinho, que na
verdade é um oficial encarregado de manter as coisas sobre controle. Bill é “casado”
com June. Portanto, o oficial Black colocou a própria mulher para ser a esposa
de Victor. Está implícito que tanto Margo quanto Bill devem ter exercido as
competências sexuais de um casamento normal.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
pessoas que vivem na cidade falsa, inclusive a falsa família de Ragle, sofreram
algum tipo de procedimento cerebral para acreditar que aquilo é verdade. Será
que Margo submeteu-se a isso por sua própria vontade? Ou Bill Black a meteu
nisto sem anuência? Como as mulheres não valem nada para PKD, vai ver que foi
sem sequer consultá-la.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Isto,
essa falta de importância das mulheres, é assustadora e intrigante nesse “luminares”
da FC, como PKD e Bradbury: eles conseguem imaginar viagens espaciais,
conseguem imaginar a vida em Marte e na Lua, conseguem questionar se o real é real,
mas as mulheres continuam lavando pratos e fazendo o jantar. Não importa se é
em Marte, na Lua, daqui a mil anos, a vida imaginada por eles é homens
trabalhando e desejando mulheres, e mulheres cuidando da casa e dos filhos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1. O leitor é apresentado à uma família: Victor e sua mulher Margo, o filho
Sammy, e o irmão de Margo, Ragle Gumm. Ragle tem como ocupação decifrar um
enigma diário de um jornal. Como acerta na maior parte das vezes, ganha prêmios
em dinheiro e vive disso. Estamos em 1959.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2. A família de Ragle recebe a visita dos vizinhos, June e Bill Black. Victor
sente que há algo estranho no mundo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3. Ragle recebe a visita de Lowery, representante do jornal, que veio tirar
dúvidas sobre as respostas ao enigma. Ragle vai à piscina com June Black e
tenta beijá-la. Quando vai comprar uma cerveja, a barraca some e fica em seu
lugar apenas um papel escrito “barraca de refrigerantes”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4. Esse sumiço de coisas já aconteceu seis vezes com Ragle. Sammy achou papéis
semelhantes aos de Ragle nas ruínas. Ragle vai até lá e encontra uma lista
telefônica e revistas estranhas. Ele pensa em deixar de participar do concurso
do jornal. Ragle telefona para alguns números da lista esquisita, que não
existem.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5. Bill Black é avisado de Ragle tentou telefonar para os números da lista. Ele
vai até a casa de Ragle. A família pergunta a Black sobre uma atriz
desconhecida que viram nas revistas, Marilyn Monroe. Black fica com a lista e
conversa com Lowery sobre tudo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6. Sammy tenta sintonizar transmissões de rádio. Ragle vai até a casa da
senhora Keitelbein para reuniões da defesa civil. Victor desconfia ainda mais
da realidade; consegue ver o ônibus oco, como se fosse apenas uma estrutura
transparente.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7. No clube de Sammy, eles captam estranhas transmissões de rádio que parecem
falar de naves. Alguém fala de Ragle Gumm no rádio e ele decide fugir da
cidade. Parece que alguém não quer que ele saia da cidade mas ele consegue
alcançar a rodovia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
8. Ragle é perseguido por um falso policial em motocicleta. Depois de despistar
o policial e dirigir por trinta quilômetros, Ragle entra por uma estrada de
terra, atola o carro, caminha e encontra uma casa. A mulher e o rapaz parecem
com a família Keitelbein, mas são a família Kesselman. Eles abrigam Ragle.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
9. Ragle desconfia dos Kesselman e os tranca no armário. Descobre revistas de
1997. Os Kesselman fogem. Uma equipe chega para capturar Ragle.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
10. Ragle acorda em casa e não se recorda do que aconteceu. Margo diz que ele
chegou bêbado.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
11. Ragle vai à reunião da Defesa Civil na casa dos Keitelbein. Estes mostram a
ele uma maquete de uma fábrica. Ragle tenta entender o que está acontecendo.
Vai ao supermercado e convida Victor para fugir com ele em um caminhão de
abastecimento.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
12. Ragle e Victor pegam um caminhão e saem da cidade. Conseguem passar por
barreiras e chegam a outra cidade. Abrigam-se com alguns jovens estranhamente
vestidos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
13. Ragle e Victor entram em uma farmácia e encontram a senhora Keitelbein. Há
uma guerra entre a Terra e a Lua. Os Keitelbein são colonos na Lua. Ragle Gumm
ia abandonar o lado da Terra e aliar-se à Lua.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
14. A Terra é isolacionista e a Lua quer investir em viagens espaciais e
colonização. Os ataques da Lua são combatidos com a “intuição” de Ragle. Ele e
Victor começam a recordar de tudo. Margo recebe Bill Black em sua casa. Ele
explica a ela que aquilo tudo é cenário para a vida de Ragle. Na verdade, Margo
é a esposa de Black, com quem tem dois filhos. Victor é pai Sammy com outra
mulher. June não é esposa de Black. Victor vai voltar a cidade falsa. Ragle vai
para a Lua, aliar-se aos colonos e a guerra vai acabar.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-71464168526839152192021-03-04T11:44:00.001-03:002021-03-04T11:44:23.959-03:00Livro de Judite, Bíblia de Jerusalém<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Livro
de Judite, Bíblia de Jerusalém, 18 páginas, 16 capítulos. Releitura em 02/03/2021.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4IMxwJ-0k3obYYCotSg1INBhtlH_vsRU3RWAVL-KSsPVyPIuvU5sC3ralqRdPyygM1dGK9VMlR86yMnyAr8LwsLsgQ57nj3WpyYS7v70YID8iH2jRgH08Mgu3Erb973xMXqgXUQ/s2048/Judith_Beheading_Holofernes_-_Caravaggio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1512" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4IMxwJ-0k3obYYCotSg1INBhtlH_vsRU3RWAVL-KSsPVyPIuvU5sC3ralqRdPyygM1dGK9VMlR86yMnyAr8LwsLsgQ57nj3WpyYS7v70YID8iH2jRgH08Mgu3Erb973xMXqgXUQ/s320/Judith_Beheading_Holofernes_-_Caravaggio.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p>O
Livro de Judite é uma fábula que conta a vitória dos hebreus sobre o poderio
imensamente maior de um rei inimigo. Os personagens provavelmente não existiram
na forma como aparecem neste conto, mas funcionam como símbolos. Os nomes, os
lugares, nada bate com fatos históricos. O Livro de Judite é, pois, uma ficção
disfarçada de verdade, com a intenção de vangloriar o povo israelita e o deus deste
povo. Nem por isso deixa de ser uma história muito interessante de acompanhar e
conhecer.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo
resumido: Israel é atacado pelo exército do general Holofernes, Judite seduz e
degola o general, e os judeus vencem a batalha.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Telas
famosas resultaram desse conto: o tema da decapitação de Holofernes seduziu
muitos artistas, entre os quais, Michelangelo da Caravaggio, Artemisia
Gentileschi e Goya. As telas de Caravaggio (1599) e de Gentileschi (1620) são
as mais impressionantes. O nosso Pedro Américo também pintou sua versão em 1880.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><b>Resumo</b>.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
livrinho de 18 páginas, em letra miúda, pode ser dividido em cinco partes: a)
as guerras de Nabucodonosor, b) o cerco à cidade de Betúlia, c) a intervenção
de Judite, d) Judite e Holofernes, e) a vitória dos israelitas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
conto, o rei Nabucodonosor inicia uma guerra contra o rei Arfaxad e o derrota.
Depois da vitória, Nabucodonosor decide formar um grande exército de cento e
vinte mil homens e enviá-lo para derrotar ou subjugar os povos que não haviam
se aliado a Nabucodonosor contra Arfaxad. O comando do exército é entregue ao
general Holofernes. O exército então descreve uma trajetória de vitórias e
massacres e pilhagens. A seguir, Holofernes se aproxima das fronteiras de
Israel, próximo da cidade fictícia de Betúlia, e oferece a paz aos israelitas
em troca de aceitarem Nabucodonosor como rei e deus. Os israelitas decidem
enfrentar o grande exército inimigo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
invadir o país pela região de Betúlia é necessário passar em um estreito entre
montanhas, e os israelitas contam com essa dificuldade para derrotar o exército
de Holofernes. Este decide não travar uma batalha direta e sim sitiar a cidade
e cortar o acesso às fontes de água. Depois de mais de um mês de cerco, o povo
da cidade está fraco e morrendo. A população pede ao juiz e aos anciãos que
aceitem a rendição, e estes pedem mais cinco dias de prazo: se Deus não
interceder por Israel, eles se renderão.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Judite,
uma viúva bela e rica, vê nessa proposta do conselho de anciãos um desafio a
Deus. Ela vai até o conselho e diz que não se deve impor prazos e condições a
Deus, deve-se, sim, orar e confiar nele. Por outro lado, ela tem um plano e
decide agir. Ela se propõe a descer até o acampamento de Holofernes e tentar
resolver a situação. Judite então se prepara, intensificando sua beleza, com
joias e ricas vestes, e com uma serva desce ao acampamento. Ela diz aos
soldados que quer falar com o general para indicar a melhor forma de invadir a
cidade, sem a perda de qualquer soldado. Holofernes aceita recebê-la em sua
tenda e gosta da proposta dela, além de ficar encantado com a moça.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Judite
permanece alguns dias no acampamento até que Holofernes a convida para um
banquete. Ele está seduzido pela beleza da moça e diz a seus oficiais que não
deixará de se unir a uma mulher tão bela. Judite participa do banquete e
Holofernes, animado, fica a sós com a moça no final da festa. Todavia, ele
bebeu em demasia e adormece. Judite segura a cabeça do general pelos cabelos e,
com dois golpes de um alfange, degola-o. Ela coloca a cabeça do general na
bolsa de sua serva e sai da tenda: diz aos guardas que vai até a fonte de água
fazer suas orações.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Judite
volta para Betúlia e mostra aos anciãos e ao povo a cabeça de Holofernes. A
população se sente encorajada e prepara um ataque imediato ao acampamento.
Quando os guardas anunciam o ataque dos israelitas e entram na tenda para
acordar o general, encontram apenas o corpo decapitado de Holofernes. Isto
desestrutura os oficiais e o exército, e eles debandam e são derrotados. O povo
faz a pilhagem no acampamento e Judite recebe todas as riquezas da tenda de
Holofernes. Em Betúlia, em Jerusalém e por todo o país há festas e danças.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Judite
vive até os cento e cinco anos e, acentua-se, nunca foi tocada por homem a não
ser seu marido Manassés, quando era vivo. Antes de morrer, ela distribui suas
riquezas entre os parentes. Ao morrer, é enterrada junto ao túmulo do marido.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><b>Alguns
aspectos instigantes</b>:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Metade
do conto narra as guerras de Nabucodonosor, a formação do exército, a campanha
guiada por Holofernes e o cerco aos israelitas, e é de muito interesse, parece
um livro ou filme épico, Senhor dos Anéis.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">É
certo que as mitologias (grega, romana, judaica, cristã, budista, hindu) contêm
elementos simbólicos misturados com algo de realidade (!) e de alguma tentativa
de ensino (moral, ético). As quantidades, nas mitologias, são simbólicas, mas a
fortaleza de Arfaxad impressiona.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Era
o décimo-segundo ano do reinado de Nabucodonosor, que reinou sobre os assírios
em Nínive, a grande cidade. Arfaxad reinava, então, sobre os medos, em
Ecbátana. Em torno de Ecbátana, ele edificou muralhas com pedras talhadas de
três côvados (um metro e meio) de largura e seis (três metros) de comprimento.
A altura da muralha era de setenta côvados (35 metros), e a largura de
cinquenta (25 metros). Sobre as portas dela, levantou torres de cem côvados de
altura (50 metros) com bases de sessenta côvados (30 metros) de largura. Fez as
portas dela com setenta côvados (35 metros) de altura e quarenta (20 metros) de
largura, para a saída de seu potente exército e o desfile da cavalaria.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
exército chefiado pelo general Holofernes é imenso, 120 mil homens, fora
cavalaria e as vivandeiras. Para comparação, o exército brasileiro tem cerca de
200 mil soldados. Imaginar a fortaleza de Arfaxad, o exército de Nabucodonosor
em movimento, alimentando-se, arrasando, enchendo de cadáveres os rios,
Nabucodonosor como o puro mal, isso, para mim, é muito mais instigante que
Sauron, sociedade do anel...</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Disse
Nabucodonosor a Holofernes: “Cobrirei toda a face da terra com os pés do meu
exército e entregarei meus inimigos à pilhagem. Seus feridos encherão as
ravinas, e toda torrente e todo rio, inundados, com seus cadáveres, transbordarão.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Judite,
além da beleza natural, se fez sedutora:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Tirou
o pano de saco que vestira, despojou-se do manto de sua viuvez, lavou-se,
ungiu-se com ótimo perfume, penteou os cabelos, colocou na cabeça o turbante e
vestiu a roupa de festa que usava enquanto vivia seu marido Manassés. Calçou
sandálias nos pés, colocou colares, braceletes, anéis, brincos, todas as suas
joias, embelezando-se a fim de seduzir os homens que a vissem.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Deste
modo, Judite foi um cavalo de Troia às avessas: a cidade-fortaleza sitiada
enviou aos sitiantes o “cavalo”. Judite encantou os soldados e uma tropa de cem
deles a conduziu ao centro do acampamento. Se fosse um filme, ver-se-ia Judite
em um carro com cavalos acompanhada por cem cavaleiros fazendo sua entrada
bombástica no acampamento inimigo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois
da vitória e da pilhagem ao acampamento, Judite é recebida em Betúlia de forma
dionisíaca, como em um cortejo de bacantes:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Todas
as mulheres de Israel correram para vê-la e organizaram um grupo de dança para
festejá-la. Judite tomou em suas mãos tirsos e deu-os às mulheres que a
acompanhavam. Judite e suas companheiras coroaram-se de oliveira. Depois, ela
foi na frente de todo o povo e conduziu as mulheres na dança. Todos os homens
de Israel, armados e coroados, acompanhavam-nas cantando hinos.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Tirso:</span>
“<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">bastão
enfeitado com hera e pâmpanos, e rematado em forma de pinha, atributo de Baco e
das bacantes, personagens da mitologia greco-romana.”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nota
da Bíblia de Jerusalém: “Tais cortejos são bem conhecidos, mas os adornos com
coroas de folhagem verde são um costume propriamente grego. Da mesma forma os
tirsos, ramos ou bastões decorados com folhagem, só aparecem, na Bíblia, em 2Mc
10,7. Entretanto, havia o costume de agitar ramos para exprimir alegria (Lv
23,40).”</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Enfim,
este é um conto delicioso que merece ser lido por suas qualidades literárias e
simbólicas.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-21205817082579014552021-03-01T14:59:00.001-03:002021-03-01T14:59:16.046-03:00Livros lidos em fevereiro 2021<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikyEUCwG_iuuB0Mowf3rONm4a-EVCZRHfeHj_dpO8DlesG6fiPfVkYeKNrwPrj5yBoNX-dR7t66YT_TSzJ-hR-sxP07vpHboOEXzCI-3nafYfjE1MhdAPHJQPBcem-oIOhw2yoPg/s544/whatsapp-image-2021-02-26-at-12.09.50.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="544" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikyEUCwG_iuuB0Mowf3rONm4a-EVCZRHfeHj_dpO8DlesG6fiPfVkYeKNrwPrj5yBoNX-dR7t66YT_TSzJ-hR-sxP07vpHboOEXzCI-3nafYfjE1MhdAPHJQPBcem-oIOhw2yoPg/s320/whatsapp-image-2021-02-26-at-12.09.50.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1 – Medeia, Eurípides, 98 páginas, tradução Mário da Gama Kury.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2 – O conto da aia, Margaret Atwood, 368 páginas, tradução Ana Deiró.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3 – A tempestade, William Shakespeare, 116 páginas, tradução Beatriz Viégas-Faria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">4 – O Senhor das Moscas, William Golding, 217 páginas, tradução Geraldo Galvão Ferraz.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">5 – A outra volta do parafuso, Henry James, 199páginas, tradução Paulo Henriques Britto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">6 – A fazenda dos animais, George Orwell, 133 páginas, tradução de Paulo Henriques Britto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">7 – Vida querida, Alice Munro, 316 páginas, tradução de Caetano Galindo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">8 – Pequeno-burgueses, Maksim Górki, 190 páginas, tradução de Lucas Simone.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">9 – Kindred, Octavia E. Butler, 424 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">10 – Noite na taverna, Álvares de Azevedo, 73 páginas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">11 – Piquenique na estrada, Arkádi Strugátski e Boris Strugátski, 320 páginas, tradução de Tatiana Larkina.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Total de livros lidos no ano: 23</div>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-51065934905669165902021-02-26T11:48:00.004-03:002021-02-26T11:48:45.378-03:00Kindred, Octavia E. Butler, 1979<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Kindred,
Octavia E. Butler, 1979, 424 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho, Morro
Branco. Início: 17/02/2021 – Fim: 25/02/2021. Nota 3 (Bom).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLrYO4gTPOlMPZwzajv-tOATHEEmN7XTy8eyMkcz7WJYEZLJrncg-kXKYSOwvYtvGE9r5z3VxssyRY7WSL5-ld0uSM6mEs1c-vCRx_eLE9Z2TC0Q5o9t7E_sRjwvJm4yjR5pMqgg/s1280/WhatsApp+Image+2021-02-26+at+11.42.59.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1112" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLrYO4gTPOlMPZwzajv-tOATHEEmN7XTy8eyMkcz7WJYEZLJrncg-kXKYSOwvYtvGE9r5z3VxssyRY7WSL5-ld0uSM6mEs1c-vCRx_eLE9Z2TC0Q5o9t7E_sRjwvJm4yjR5pMqgg/s320/WhatsApp+Image+2021-02-26+at+11.42.59.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Kindred
é um famoso romance de viagem no tempo; foi isso que despertou meu interesse. Diz-se
que é um livro de ficção científica porque tem a viagem no tempo. Não é bem
assim, porque não tem nada de ciência: não tem uma máquina, um equipamento, um
portal quântico, uma droga, nada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
viagem no tempo é causada pela relação de parentesco entre Dana e Rufus. Rufus,
senhor de escravos e Alice, uma escrava, terão uma filha, Hagar, que será a
matriarca da família de Dana. Portanto, esta é uma viagem no tempo fantástica e
não científica. É evidente que classificações não são importantes, o que
importa é o prazer do leitor, e do escritor quando escreveu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Em
compensação, esta viagem no tempo traz aquele elemento tradicional da ficção
científica, o paradoxo: Dana é transportada para a época de Rufus sempre que
ele está em risco de vida; se Dana deixar Rufus morrer antes que ele gere
Hagar, a própria Dana poderia deixar de existir.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Isso
me deixou um pouco incomodado com o enredo. Prefiro pensar, dentro da ficção,
que quando se altera o passado, cria-se uma nova linha do tempo. Para mim, se
Dana deixa Rufus morrer – e ele não merece mesmo viver – haverá duas linhas do
tempo: uma na qual Rufus não morreu e Dana existe, outra na qual Rufus morreu e
Dana não existe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
própria situação é determinante: Dana existe, portanto é impossível que Rufus
morra antes de gerar Hagar.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Todavia,
sabe-se que a FC adota frequentemente a linha do paradoxo: se eu matar meu avô,
vou desaparecer; se eu impedir meu pai e minha mãe de se conhecerem, vou deixar
de existir.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
medo permanente que Dana tem de apagar a existência de sua família e a sua
própria faz com que ela se submeta, muitas vezes, aos caprichos de Rufus. Este
rapaz é um personagem completamente antipático, não dá para gostar minimamente
dele.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Por
outro lado, a gente torce por Dana, Kevin, Alice, Carrie, Nigel e Sarah.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">É
um romance muito bom, instigante, o leitor quer acompanhar o enredo sem
desgrudar do livro. As aventuras de Dana são perigosas, quase fatais. É um tema
sumamente interessante: observar como uma mulher negra do século vinte vai
conseguir sobreviver no século dezenove sob um sistema escravocrata.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Cabe
observar que, apesar da crueldade dos senhores de escravos retratada no
romance, Dana “caiu” em uma propriedade menos sanguinária do que, como exemplo
literário, aquela da “escrava Isaura”, na qual Leôncio, “desalmado, corrupto e
libertino”, mandava matar por qualquer desagrado.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vale
muito a pena ler este romance e dá vontade de conhecer outras obras da autora.
E deu vontade de reler “A escrava Isaura”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Prólogo</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">. Dana volta (de
algum lugar) e ocorreu algum “acidente” no qual ela perdeu o braço esquerdo. Kevin,
o marido, foi preso como suspeito e solto logo depois.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
rio</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.
Dana e Kevin organizam a casa nova. Dana é transportada para a margem de um rio.
Salva o menino Rufus, quatro anos, de se afogar. É transportada de volta para
casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
incêndio</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.
Dana temerosa. Acontece de novo.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.
Ela foi transportada para o quarto de Rufus, ele está mais velho, oito anos.
Ele inicia um incêndio que ela consegue debelar. Dana descobre que está em
Maryland no ano de 1815. Rufus diz que Dana pode se abrigar com a mãe de Alice,
uma negra livre. Dana acha que Rufus e Alice são seus ancestrais.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.
Dana chega à casa de Alice. Capatazes brancos chicoteiam o pai dela e batem na
mãe.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4.
Dana entra na casa da mãe de Alice. Ao sair, é pega por um capataz, apanha e
vai ser estuprada quando começa a desaparecer.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5.
Em casa. Dana conta a Kevin o que aconteceu. Tentam entender. Ela acha que
quando Rufus está em perigo a convoca. Estudam livros e mapas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
queda.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.
Conta como Dana e Kevin se conheceram: subempregos e escritores iniciantes.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.
Kevin amarra uma bolsa na cintura de Dana. Começa a acontecer de novo. Kevin se
abraça com Dana e é transportado com ela. Rufus, doze anos, caiu de uma árvore,
quebrou a perna. Eles tentam convencê-lo de que são do futuro.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.
O pai de Rufus vai buscá-lo. Kevin e Dana se hospedam na fazenda dos Weylin,
ela com os escravos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4.
Dana aprende os serviços da cozinha. Médico conserta perna de Rufus. Kevin vai
ser o preceptor do garoto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5.
Vida na fazenda, Rufus de cama.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6.
Vida na fazenda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7.
Vida na fazenda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8.
Dana só pode ler para Rufus. É pega lendo e Weylin a chicoteia, ela desmaia.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
luta.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.
Casamento de Dana e Kevin.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.
Dana machucada em casa. Ajuda de uma prima que pensa que Kevin a atacou.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.
Rufus, dezenove anos, estuprou Alice (ou tentou) e está apanhando de Isaac.
Kevin foi embora para o norte.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4.
Rufus com costelas quebradas. Dana vai chamar Weylin.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5.
Dana, Nigel e Weylin levam Rufus para casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6.
Dana cuida de Rufus, costelas quebradas. É evidente que Rufus é mal e não
merece qualquer ajuda.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7.
Alice e Isaac foram capturados e torturados. Rufus comprou Alice ferida, meio
morta.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8.
Dana escreve carta para Kevin. Dúvidas se Rufus colocou a carta no correio.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9.
Alice começa a se recuperar com os cuidados de Dana.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">10.
Alice descobre sua nova situação de escrava. Dana escreve outra carta.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">11.
Rufus quer Alice. Dana mostra a Alice que ela está em situação difícil.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">12.
Alice cede a Rufus. Dana descobre que suas cartas não foram enviadas. Foge, é
recapturada, chutada, perde dois dentes.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">13.
Dana é levada de volta para a fazenda e é chicoteada até desmaiar. Grande
amiguinho Rufus!</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">14.
Foi Liza quem denunciou a fuga. Carrie, Alice e Sarah aplicaram uma surra em
Liza.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">15.
Weylin escreveu para Kevin avisando da volta de Dana.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">16.
Kevin chega para buscar Dana. Estão indo embora, Rufus não quer deixar e vai
atirar.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
tempestade.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.
Em casa. Kevin se sente estranho na casa depois de cinco anos no passado. No
dia seguinte, Dana é novamente transportada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.
Durante uma tempestade, Rufus está se afogando em uma poça, bêbado.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.
Rufus doente, Dana cuida dele.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4.
Weylin sofre uma parada cardíaca, Dana tenta a ressuscitação, não consegue.
Rufus culpa Dana pela morte do pai.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5.
Dana é levada para trabalho pesado e chicotadas nos campos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6.
Rufus se arrepende e leva Dana de volta para a casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7.
Dana faz companhia a Margaret Weylin. Rufus vende Tess e outros negros.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8.
Dana percebe que se Rufus morresse, todos seriam vendidos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9.
Rufus vendeu escravos porque o pai deixou dívidas. Dana passa a cuidar da
correspondência dele.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">10.
Alice grávida, Rufus vê Dana e Alice como uma única mulher.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">11.
Festas de colheita e Natal. Um escravo, Sam, demonstra interesse por Dana. Rufus
tem ciúme de Dana e interesse sexual. Alice planeja fugir depois do parto. Dana
ensina as crianças a ler.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">12.
Alice tem uma menina, Hagar, que vai ser a ancestral da família de Dana.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">13.
Sam procura Dana para que ensine os irmãos dele também. Rufus vende Sam, com
ciúme. Dana corta os pulsos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
corda.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.
Dana em casa. Kevin conseguiu um médico para cuidar de Dana sem ir a hospital.
Kevin diz que Dana tem que matar Rufus.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.
Dana passa quinze dias em casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.
Dana volta ao passado. Alice se enforcou. Ela havia tentado fugir e foi
recapturada. Rufus disse a ela que vendeu os filhos, mas apenas os tinha
mandado para a casa da tia em Baltimore.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4.
Rufus assina a alforria dos filhos e os traz de volta para casa. Ele quer viver
com Dana. Ele a assedia e ela o mata com facadas. É transportada de volta para
casa, mas Rufus segura o braço dela e ela perde o braço.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Epílogo.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Dana
e Kevin viajam para Maryland, depois que ela melhorou. Conseguem descobrir que
houve um incêndio no qual Rufus morreu. Dana acredita que Nigel provocou o
incêndio para que não se descobrisse o assassinato. Os escravos foram todos
vendidos.</span></p><p></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-26228654150479096562021-02-21T12:01:00.000-03:002021-02-21T12:01:02.073-03:00Noite na taverna, Álvares de Azevedo, 1855<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Noite
na taverna, Álvares de Azevedo, 1855, 73 páginas, Ediouro. Início: 17/02/2021 –
Fim: 20/02/2021. Nota 1 (escala de 1 a 5).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB8IYj7UchNLy3XkgW9rfaRGrNuDbpipf5dpZn4UXpoFWJUdUH-jcVpNfeZ2IWhcbW_C2cpIVcb7KKc2Di-8zZTIqlQ0utrzUhTEv-Uqi53ZNXZoDsa-yhkhE0Z5YjGLuNhgeCIA/s360/nt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="240" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB8IYj7UchNLy3XkgW9rfaRGrNuDbpipf5dpZn4UXpoFWJUdUH-jcVpNfeZ2IWhcbW_C2cpIVcb7KKc2Di-8zZTIqlQ0utrzUhTEv-Uqi53ZNXZoDsa-yhkhE0Z5YjGLuNhgeCIA/s320/nt.jpg" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Já
que estava lendo livros de horror da era vitoriana, peguei esse, por
curiosidade. Péssimo. Histórias repletas de absurdos, feitas para escandalizar,
mas sem qualidade. Os temas são necrofilia, adultérios, defloramento de
virgens, rapto, antropofagia, fratricídio, incesto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Um
grupo reunido em uma taverna, conta histórias infames, regadas a vinho. A
primeira história é sobre necrofilia: homem encontra um caixão com o cadáver de
uma bela mulher dentro de uma igreja vazia e faz sexo com o cadáver. Depois do
sexo, percebe que a mulher voltou a respirar. Leva-a para casa e ela morre dois
dias depois.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
segunda história é absurda demais, mistura adultérios, defloramento de virgens,
venda de mulheres, piratas e antropofagia; cena curiosa acontece quando uma
adúltera chama o amante para sua casa e mostra que degolou o marido (faz
lembrar Judite e Holofernes) e também matou o próprio filho (ecos de Medeia).</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
terceira história: um aluno de pintura seduz a filha do mestre, de 15 anos, e a
segunda esposa do pintor, de 20 anos. A adolescente fica grávida, faz um aborto
e morre. O pintor tenta matar o aluno, e depois se mata com a esposa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
quarta história: um homem consegue entrar no quarto de uma duquesa, casada,
drogá-la e fazer sexo com ela diversas noites, sem ninguém perceber. Um dia, sequestra
a duquesa que, desonrada, é obrigada a viver com ele, pois “o marido não a
aceitaria de volta” (!). Tempos depois, o marido a encontra e a mata.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Quinta
história: um homem enfrenta um jovem em duelo. Mata-o e vai a um encontro que o
morto havia marcado. Chegando lá, no escuro, faz sexo com uma deliciosa virgem.
Na saída, mata um homem que tentava detê-lo. Descobre que o homem era seu irmão
e a virgem, sua irmã.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
epílogo, a irmã desonrada, agora uma prostituta, entra na taberna e mata o
irmão que a desonrou. O jovem que fora morto em duelo não morrera e está também
na taverna. O casal morre junto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
prefácio é tão absurdo e terrível quanto a novela: diz que o autor era um
gênio, que o livro é excepcional. A novela mostra que o homem é agredido e
perturbado pelo demônio por meio do amor da mulher. Diz que o homem é o ser
fraco.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Coleção
de absurdos: a mulher, neste livro é drogada, estuprada, desvirginada,
assassinada, vendida, prostituída, raptada, mas o homem é “o ser fraco”.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-83399166358656863372021-02-17T13:55:00.001-03:002021-02-17T13:55:12.295-03:00Pequeno-burgueses, Maksim Górki, 1902<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Pequeno-burgueses,
Maksim Górki, 1902, 190 páginas, tradução de Lucas Simone, Hedra. Início: 14/02/2021
– Fim: 17/02/2021. Nota 2.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1mfc-JpP9CgPju5sMYlrRXt_sXYqDxTP9ToDRz7tJOL7q2dVVm8jA3gHzS1DAHgIATo2YUPU41pYCheLIQKRxkLcw1kYw2UavkNEFPfSKD6-fa5HYDxd1nnYFfAopIhx63Rf7Aw/s585/mgpb.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="585" data-original-width="371" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1mfc-JpP9CgPju5sMYlrRXt_sXYqDxTP9ToDRz7tJOL7q2dVVm8jA3gHzS1DAHgIATo2YUPU41pYCheLIQKRxkLcw1kYw2UavkNEFPfSKD6-fa5HYDxd1nnYFfAopIhx63Rf7Aw/s320/mgpb.png" /></a></div><br /> <p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Esta
peça de Górki ficou famosa em sua época, todavia hoje penso que perdeu impacto
e relevância.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Em
quatro atos, a peça conta alguns dias na vida de uma família comum em uma
cidade de província. O pai e a mãe não compreendem as atitudes dos filhos. Os
filhos se consideram mais inteligentes e atualizados que os pais. A casa é
cheia de gente, filhos, agregados, pensionistas, conhecidos. As brigas e
discussões são constantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parece
“A grande família” ou “Sai de baixo” ou “Vai que cola”, sem o humor, somente
com as brigas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Além
da incompreensão mútua entre quase todos os personagens, o fio de enredo é o
seguinte: Tatiana, 28 anos, professora, insatisfeita, passou da idade de casar,
gosta de Nil, 27 anos, maquinista de trem, agregado e “filho adotivo” da
família. Nil gosta de Pôlia, 21 anos, costureira, e a pede em casamento. Piôtr,
irmão de Tatiana, 26 anos, ainda estudante que foi expulso da universidade, insatisfeito,
sem rumo, gosta da viúva e festeira Eliêna, 24 anos. Ele receia se comprometer
com uma viúva alegre e os pais seriam contra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resultado:
Tatiana, ao saber do compromisso entre Nil e Pôlia tenta um ineficaz suicídio:
engole amoníaco e nada resulta disso. Tatiana fica pelos cantos. Piôtr enfim
rebela-se e diz que vai morar com Eliêna.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Isso
acontece no meio de brigas e gritos e discussões.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Górki
pretendia a crítica da pequena burguesia, ou seja da classe média. Ou seja, nas
palavras dele, “destruir os pontos de vista já estabelecidos sobre a vida e as
pessoas”. Todavia, o enredo, hoje, é atual e defasado ao mesmo tempo. Atual
porque pais e filhos sempre irão ter atritos e certo nível de incompreensão
mútua. Defasada porque dificilmente haveria problemas em um filho casar com uma
viúva; Tatiana poderia ficar amuada pelos cantos ao ser rejeitada, mas ter 28
anos, ser professora e não ser casada é até motivo de orgulho, hoje.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ah,
a gente poderia dizer: Shakespeare, por exemplo, é totalmente anacrônico, nem existem
mais reis e príncipes, batalhas e castelos e bruxas. Mas Shakespeare e
Eurípides conseguem ser ainda atuais porque as questões inseridas nas peças
deles são universais: amor intenso, traição, fúria, loucura, suicídios, assassinatos
por ambição e por vingança, e assim por diante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ao
retratar brigas comezinhas no interior de uma família, Górki não alcança profundidade
e perenidade.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38619136.post-81777178916093871732021-02-16T14:11:00.004-03:002021-02-16T14:11:44.596-03:00A outra volta do parafuso, Henry James, 1898<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
outra volta do parafuso, Henry James, 1898, 199 páginas, tradução de Paulo
Henriques Britto, Penguin Companhia. Início: 08/02/2021 – Fim: 13/02/2021. Nota
2.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqs8TyJUbQslMkZr-2ZJn3IilrwCPh_jZtIdSCpB9eLyUG31jOVH35tyhiMsjHo04DC_VuaXG_V-V0JtIhR-qkliGhIzY6ID5U1GZPYFosWVeOXJ6WW4uQu8P-kHjRcgtVeKEUcg/s2048/hjvp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1331" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqs8TyJUbQslMkZr-2ZJn3IilrwCPh_jZtIdSCpB9eLyUG31jOVH35tyhiMsjHo04DC_VuaXG_V-V0JtIhR-qkliGhIzY6ID5U1GZPYFosWVeOXJ6WW4uQu8P-kHjRcgtVeKEUcg/s320/hjvp.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aviso de spoiler: vou escrever sobre todo o enredo do livro,
continue por sua conta e risco.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Lendo
por curiosidade mais este conto vitoriano da época de Drácula, Dorian Gray, Jekyll
e Hyde.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Enredo.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Um
grupo está reunido para contar histórias de terror na época do Natal. Douglas
diz que tem a melhor história. Ele lê o manuscrito que lhe foi deixado por uma
conhecida.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Na
juventude, ela foi contratada para ser governanta e professora de duas crianças
na propriedade Bly, interior da Inglaterra.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
crianças são maravilhosas e extraordinárias: Miles, dez anos, e Flora, oito
anos. Porém, a professora começa a ver aparições, um homem e uma mulher.
Descobre que os fantasmas são semelhantes a ex-professora e a um criado, ambos
mortos recentemente. Enquanto vivos, o casal manteve relações “infames” entre
si e relações “perturbadoras” com as crianças.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
governanta acha que os fantasmas querem as crianças mortas, para si. Tenta
salvar as crianças dos fantasmas. Manda a menina embora da propriedade. Fica na
casa com o menino, mas o menino morre, de terror ou de susto.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Parece
simples, mas não é.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Anotações.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1
– Henry James, no prólogo no qual Douglas introduz a história do manuscrito,
faz com que o leitor adquira confiança na narradora, a jovem professora e
governanta. Douglas a conheceu muito tempo depois dos fatos narrados, uma
mulher extraordinária e digna. Essa confiança que James instila no leitor é um
truque. A narradora é realmente confiável? Há realmente fantasmas na propriedade?</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2
– Bem, fantasmas não existem. Mas estamos lendo uma história de fantasmas. A
narradora diz que vê os fantasmas. Acreditando nela ou não, a história é
repleta de estranheza e perversidade.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3
– O criado Peter Quint e a professora anterior, senhorita Jessel, eram “infames”.
Observe-se que a literatura da era vitoriana, sugere, mas não usa as palavras “sujas”.
Quint e Jessel mantinham um relacionamento sexual, amoroso, apesar de serem de
classes diferentes. Uma dupla infâmia, não respeitar a casa e unirem as
classes. A terceira infâmia, e monstruosidade: Quint passava longos períodos
com o menino e Jessel com a menina. É evidente que Quint abusava sexualmente do
menino, com a complacência de Jessel. Talvez a menina também fosse abusada, pela
professora, por Quint, ou ambos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">4
– A senhorita Jessel sai de férias e morre, não se sabe de quê. Quint, bêbado,
sofre um acidente e morre.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">5
– A narradora diz que vê os fantasmas e deduz que eles querem as crianças. Os
fantasmas querem as crianças para que elas os acompanhem na pós-vida de
tormentos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">6
– O menino foi expulso da escola e, era vitoriana, o diretor não disse o
motivo. A narradora descobre, a muito custo, o motivo: o menino “disse coisas”
aos colegas, não a todos, apenas àqueles de quem ele gostava. É evidente que
essas “coisas” são de ordem sexual, e derivadas dos abusos que sofria.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">7
– Somente a narradora afirma ver os fantasmas. Durante uma aparição de Jessel,
a senhora Grose, a criada mais antiga, diz que não vê, bem como a menina Flora.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">8
– Flora adquire aversão à narradora, depois desse episódio da aparição em que a
narradora a pressionou para dizer o que via. No entanto, para a senhora Grose,
a menina usou de um linguajar pavoroso. Esse “linguajar” pode derivar também
dos abusos que a menina sofria, ou do que o irmão contava a ela.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">9
– A narradora mente para a senhora Grose: houve mais uma aparição da senhorita
Jessel e a narradora disse que a fantasma falou com ela, o que não ocorreu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">10
– Fantasmas não existem na vida real. Portanto, a narradora é louca. Ou é uma
mulher ansiosa por atenção, que foi ignorada pelo homem extraordinário que a
contratou. Essa narradora percebeu a estranheza da situação, os possíveis
abusos sofridos pelas crianças, a monstruosidade e inventou os fantasmas,
conscientemente, para se dar importância, para chamar atenção do “patrão”, tio
e tutor das pobres crianças. Ou sua imaginação fértil, ou sua leve insanidade,
a fizeram ver as aparições.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">11
– Neste sentido, a professora louca pressionou tanto o menino para saber o que
realmente acontecera, assustou tão imensamente o menino que ele não resistiu e
morreu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">12
– O menino não fala de fantasmas. Mesmo sutil, as falas do menino remetem a sexo:
“a senhora sabe o que um garoto quer”. A narradora, completamente insana,
compara o fato de ficar a sós com o menino com uma noite de núpcias.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">13
– Considerar que fantasmas existem, naquela história, não muda muito. A
narradora nutre uma paixão imensa e não correspondida pelo “patrão”. Enfrentar
os fantasmas é uma forma de corresponder ao que o patrão espera dela e se
engrandecer aos olhos dele, um dia. Fantasmas existem e as crianças foram abusadas
por pessoas vivas e pelos fantasmas dessas mesmas pessoas. Os fantasmas
venceram, o menino morreu. A menina foi levada embora, mas há limites geográficos
para fantasmas?</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">14
– O livro termina de forma abrupta, com a morte do garoto. Ora, a morte de um
menino nas mãos de uma professora não é algo que fosse de fácil resolução. O
tio deveria ser comunicado e participar profundamente da investigação. O livro
sequer volta para a reação daquele grupo que escuta a história.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">15
– Henry James recheou o estilo da professora de frases rebuscadas, ninhos de
frases, umas dentro das outras, sem acrescentar nada ao sentido. O texto da
narradora é tedioso e difícil, muitas vezes. As crianças são magníficas, extraordinárias,
as mais belas, as mais perfeitas. Indício da insanidade da narradora? Não
existem crianças assim.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">16
– Enfim, uma novela que dá o que pensar, mas que não é bem resolvida e, em grande
medida, desagradável de ler pelo rebuscamento e por tudo que se esconde atrás
de “infâmias” e “monstruosidades”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Resumo
dos capítulos.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Começa
com um prólogo. Um grupo de amigos se reúne para contar e ouvir histórias
fantásticas. Douglas diz que tem uma das melhores. É um manuscrito que lhe foi
entregue por uma governanta, dez anos mais velha do que ele. Na juventude, ela
foi contratada para cuidar de duas crianças no interior da Inglaterra.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
1.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Começa
a leitura do manuscrito. A narradora é uma jovem professora. Ela chega à
propriedade Bly para ser a governanta e preceptora das crianças.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
2.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As
crianças são Flora e Miles. Ele foi expulso da escola, não se sabe o motivo. A
governanta anterior saiu de férias e morreu.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
3.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora vê um homem no topo de uma das torres da casa. Primeira aparição do
homem.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
4.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora vê em uma janela o mesmo homem olhando para dentro da casa. Ela sai
para falar com o homem, não há ninguém. Segunda aparição.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
5.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Pela
descrição que a narradora faz do homem, a senhora Grose diz que deve ser Peter
Quint, que foi criado do patrão e já morreu. O fantasma estava procurando por
Miles.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
6.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Quint
mandava em tudo na casa, inclusive nas crianças. Comportamento suspeito com as
crianças. A narradora e a menina no lago: o fantasma de uma mulher. Primeira
aparição da mulher.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
7.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Era
o fantasma da senhorita Jessel, a governanta anterior, mulher infame, mantinha
relações com o criado Quint. As crianças também veem os fantasmas, mas
disfarçam, de acordo com a narradora.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
8.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
menino ficava com Quint, a menina com Jessel.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
9.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Terceira
aparição de Quint, no patamar da escada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
10.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Segunda
aparição da senhorita Jessel, no primeiro degrau da escada. O menino fora de
casa durante a madrugada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
11.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
menino diz que saiu de madrugada porque é mau.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
12.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora acha que os fantasmas querem as crianças; querem que as crianças
morram para ficar com os fantasmas.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
13.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora acredita que as crianças veem constantemente os fantasmas e até
obedecem a eles.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
14.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Conversa
estranha com o menino; subentendidos. O menino quer saber se o tio sabe a “vida
que ele está levando”.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
15.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Terceira
aparição da mulher, sala de estudos.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
16.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora mente e diz à senhora Grose que a aparição falou.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
17.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nova
conversa estranha com o menino.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
18.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
menino distraiu a narradora com música e a menina saiu da casa.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
19.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora e a senhora Grose encontram a menina do outro lado do lago.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
20.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora vê o fantasma da senhorita Jessel. A menina e a senhora Grose afirmam
não estar vendo nada.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
21.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
menina não quer ver a narradora nunca mais e usa de linguajar pavoroso. Após
combinar com a narradora, a senhora Grose vai embora da propriedade com a
menina.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
22.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
menino percebe que ficou apenas com a narradora, na casa (e os criados, que não
contam). Como um casal em núpcias, enfim sós. Muito estranho.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
23.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
narradora insiste com o menino para saber o motivo da expulsão da escola.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Capítulo
24.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
menino conta que “disse umas coisas” para outros meninos, apenas de quem ele
gostava. A tensão cresce; narradora diz que está vendo Quint na janela e quer
obrigar o menino a olhar. O coração do menino para, ele morre.<o:p></o:p></span></p>Paulo Rafaelhttp://www.blogger.com/profile/00831723561918780820noreply@blogger.com