Carmenère


Quando Duílio Ferronato mostrou uma receita e sobre o
vinho que acompanhou a comida, falou que
"aqui em casa estamos na onda da uva carmenère chilena",
eu que sei nada ou quase nada de vinho, fiquei logo
querendo experimentar pois dessa uva eu não havia
comprado nenhum vinho ainda,
.
desculpe a minha inguinorança.
.
Também gostei desse negócio de "na onda" pois aqui
em casa também ficamos algum tempo na onda
de um determinado vinho ou tipo de.
.
Então, na padaria-delicatessen-loja de conveniência
perto daqui de casa
(essa coisa mista em que a padaria se transformou),
.
então vi um vinho dessa uva e como, me parece,
Santa Carolina é quase sempre um vinho bacana,
e porque não comprar, porque comprar, comprei-o-o,
e o preço estava adequado, coisa de 7 euros.
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Comprei esse Santa Carolina Reservado Carmenère
2005 e gostei bastante, tomamos no mesmo dia em
que comprei, realmente, uma uva de sabor diferente,
mais suave e pouca acidez,
.
pena que não havia nenhuma receita especial para
acompanhar, ninguém aqui faz nada na cozinha,
apenas acompanhamos o vinho com queijo minas, pão
(como em Portugal, vinho com pão e mais nada)
e ainda, peito de peru defumado,
gostei mais com o queijo e com o pão, do que com
o peito de peru...
.
Mais tarde, um café com chocolate.
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Pena que o efeito do vinho nao dure a vida toda,
pois eu sinto que vim (para o planeta Terra) com
um pequeno erro de ajuste, o botão um pouco virado
fora do lugar, ciclotímico,
.
e uma garrafa de vinho compartilhada é suficiente
para rodar o botão para a posição certa e eu me torno
uma pessoa muito melhor, afável, simpática,
e o mundo todo se torna mais agradável...
.
Por fim, é bom dizer que depois fui consultar o blog
Vinho para Todos e descobri que a tal uva carmenère
foi "varrida" da Europa por uma praga, século XIX,
e que o Chile é referência nos vinhos feitos com essa uva,
.
e o blog Vinho Para Todos classifica com 4 tacinhas em um
máximo de 5, o Carmenère da Santa Carolina,
o que significa "muito bom".