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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Coisas de ler

Terminei de ler, recentemente, “Caçando Eichmann”, de Neal Bascomb que conta a história da captura pelo Mossad, o serviço secreto de Israel, do nazista Adolf Eichmann, em 1960, na Argentina onde ele se escondia. Não gostei. A forma de contar a história não me agradou. Penso também que faltou detalhar mais o julgamento e o tempo em que Eichmann ficou na prisão (uns dois anos). O que ele fazia?, com quem falava?, recebia visitas?, lia?. Sobre a caçada em si, foi uma ação quase amadora, praticamente umas das primeiras grandes ações do Mossad.
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Estou lendo “The lovely bones”, de Alice Sebold. Muito dolorosa, a história de Susie Salmon (like the fish), em que ela mesma conta como foi assassinada e suas impressões a partir do “seu céu” (my heaven, ela diz).
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Estou relendo trechos do livro “Lendo imagens”, de Alberto Manguel. Um bom livro, embora algumas das imagens escolhidas por ele para analisar não tenham – imho – qualidade e importância bastante. Entretanto, a análise dele enriquece o meu conhecimento sobre arte. Peguei esse livro para dar uma olhada de novo pois em uma das minhas visitas à National Gallery, Londres, encontrei sem querer um dos quadros analisados por Manguel. É a “Virgem e o menino à frente de um guarda-fogo”, feito em torno de 1440 por um discípulo de Robert Campin. Eu gostava do quadro na reprodução do livro e gostava da análise de Manguel – vale a pena lê-la – e fui surpreendido quando me virava para sair de uma sala da NG e me deparei frente a frente com esse quadro. Momento único. A análise que Manguel faz do quadro é um primor. Segue uma imagem do quadro.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

canaletto ganha



(peguei as imagens deste post na internet)

quando estive em london london recentemente, a national gallery estava (e ainda está) apresentando uma exposição de pinturas de canaletto (1697 - 1768).
canaletto foi um pintor que se notabilizou por suas pinturas da paisagem urbana de veneza. as imagens que coloquei acima não se aproximam do que é ver um canaletto de pertinho. é incrível o detalhamento da arquitetura e das pessoas nos quadros dele.
eu já gostava de canaletto antes, de ver nos livros de arte. e já havia visto uns poucos canalettos no louvre. então, não poderia faltar nessa exposição em londres.

só que a national gallery fez a exposição chamando-a de canaletto e seus rivais. entao, cada uma das seis salas mostrava quadros de canaletto e quadros semelhantes de algum dos seus rivais. explique-se canaletto teve tanto sucesso com sua pintura que foi muito imitado - inclusive seus rivais vendiam alguns quadros como se fossem de canaletto.

o que acontece é que em qualquer das salas da exposiçao, a gente vê claramente qual quadro é um canaletto e qual não é. canaletto tem um brilho na sua pintura que a torna inconfundível. e a gente que estava lá só se interessava mais pelos canalettos, claro.

os rivais de canaletto perdem feio dele.

daí que a national gallery convidou o ben johnson que também faz - atualmente - pinturas de paisagens urbanas. cidades como liverpool e zurich já foram retratadas por ben johnson. e ele está trabalhando na national gallery para que a gente comum possa ver o desenvolvimento de um trabalho dele. e há alguns quadros dele expostos lá também.

e o que acontece é que ben johnson perde feio para canaletto. em ben johnson vemos uma pintura técnica, perfeita, sem marca de pincel, sem curiosidade, sem anedotas, sem pessoas. uma pintura absolutamente fria, certamente muito inferior ao trabalho de canaletto.

é isso, canaletto surpreende sempre, em cada janela, em cada barco, em cada gôndola que faz, na representação das multidões, onde cada cabeça tem seus traços executados na pintura. um canaletto tem que se ver de longe e depois de muito perto, para conseguir pegar um pouquinho da magistral execução da pintura.

a seguir, uma imagem de quadro de ben johnson que representa liverpool.