quarta-feira, 30 de setembro de 2009

pedal de terça

ontem pedalada com pedal clube, o normal, normal. saída do bugaloo, imbiribeira, boa viagem, voltando, bairro do recife, parada no maltado, rua da guia, o barzinho na frente da praça com música, violão, saída de novo, olinda, praça do jacaré, retorno, complexo, girador, estrada de belém, água fria sem chuveiro elétrico, parnamirim, bugaloo.
distância = 45,80 km
média = 21,70 km/h
máxima = 42,40 km/h
tempo de pedal = 2h e 6minutos
meu odo está totalizando 9.039,60 km.
e nada mais.

domingo, 27 de setembro de 2009

yike bike, não gostei


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bem, esse negocinho aí nem devia ter nome relacionado a bike, penso, pois não é veículo de propulsão humana, nem veículo de propulsão a pedal.
é um bichinho elétrico, estará à venda em 2010, a bateria dura 20 minutos, a velocidade é limitada a 20 km/h.
é dobrável como as bicicletas brompton e dahon.
não gostei do design também, parece que a pessoa fica insegura, prestes a cair, observe-se que quando se cai, as reações de proteção fazem com que a gente coloque as mãos na frente do corpo, e se as mãos já estão para trás do corpo - como nesse brinquedinho - a demora em se proteger vai ser maior, em décimos de segundo, sei lá, e esses décimos vão ser importantes na queda.
vai ser apenas um brinquedinho como aqueles segway, e não a liberdade urbana do slogan adotado por eles.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

bicicletando de tarde no Recife


(aeroporto do Recife, bike)
então, minha bici estava com o aro empenado, deve ter sido uma pancada forte nos buracos da última trilha, nas descidas, portanto o freio estava prendendo a roda quando girava, essas coisas. levei a bici para a oficina de kel, na torre, recife, que lá é bom e barato. quando fui buscar, já fui preparado para sair, dar uma pedalada, de tarde. uma tarde dessas do recife, que têm sido azuis azuis e só dá vontade ar livre.

levei logo capacete, bomba, câmara reserva. peguei a bici na oficina e saí por ali, torre, e fui descendo, cruzando caxangá e abdias, seguindo pela avendia do eros hotel, ponte e imbiribeira. procurei seguir o máximo possível por aquelas ruas de dentro e quando não dava, pela mascarenhas de morais mesmo.

cheguei ao aeroporto, subi a rampa para a parte de cima, embarque. adoro aeroportos, essa ligação com o mundo, essa vontade de ir, ou de fugir, quem sabe. fiquei ali, ao sol, na curva da rampa, observando o movimento. assisti um avião da tam taxiar, acelerar e descolar.

saí do aeroporto e atravessei a mascarenhas pela alça, não resisti e parei em cima da alça, é larga e sem perigo de tráfego, e fiquei urubuservando o movimento dos carros apressados nos dois sentidos, e os aviões da vasp, mortos, que vivem lá no aeroporto.

desci a alça e segui para boa viagem, sem planos, apenas a bicicleta me levando, cheguei na prai de boa viagem, aquele marzão azul ali sempre, pena que tem tubarão.

tomei uma água de coco, olhando o mar, a areia amarela do sol mais amarelo da tarde, depois segui pela ciclovia no sentido piedade. essa ciclovia é extremamente mal desenhada, bicicletas não andam em ângulos bruscos, andam em curvas suaves, quem desenhou aquela bosta nunca andou de bicicleta.

quase perto de piedade a ciclovia acaba de repente, como todos os arremedos de ciclovia e ciclofaixas do recife, começam de repente e acabam de repente, como se bicicletas se materializassem do nada e para o nada voltassem. esses prefeitinhos... esse anão da costa e os outros também, só pensam em eleição e mais nada.

atenção pseudo-urbanistas do recife, bicicletas não surgem do nada e depois se desmaterializam, as ciclovias tem que se ligar umas às outras, tapados!

pois bem, voltei do final da ciclovia, entrei novamente para a imbiribeira, viaduto, desci na mascarenhas, ponte motocolombó, madalena, torre, casa forte, apipucos e voltei para casa e pronto, foi isso, passeiozinho.

(bici na praia de boa viagem, foto de celular...)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

handlebar butterfly


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objeto de desejo,
sempre quis ter um guidão desses aí de cima, não tenho ainda.
nunca experimentei, também.
penso que para o cicloturismo é ideal, pois durante pedaladas longas,
de várias horas, se pode variar bastante a posição das mãos.
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o cicloturismo é lento, é passear, é ver, parar conversar com
as pessoas do mundo. nas viagens de bicicleta, os bar-ends
fazem esse papel de dar a possibilidade de variar a posição,
mas esse guidão aí deve ser bem melhor.
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outro assunto: o trânsito do recife cada vez pior, para todas as
pessoas, para todos os veículos, inclusive para as bicicletas.
dá tristeza a perspectiva de ter que sair para enfrentar o recife
rugindo lá fora.
e os motoristas nas suas latas estão cada vez mais irritados e violentos.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

mais projeto


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quando estava fazendo a trilha de Pombos até Gravatá, ficamos conversando sobre uma cicloviagem que passasse por dois belos locais do estado da Paraíba, o Lajedo do Pai Mateus (perto de Cabaceiras) e a Pedra da Boca (perto de Araruna).
a idéia ficou na minha cabeça e pronto, não saiu mais, então fiquei assim planejando um roteiro, fiz uma prévia e estou trabalhando para melhorar.
a idéia primeva é a que está no mapinha aí em cima, recife - caruaru, caruaru - cabaceiras,
cabaceiras - araruna, araruna - baía da traição, e de lá para João Pessoa ou Recife, de volta.
estou estudando os mapas das estradas, para decidir os caminhos, as quilometragens.
de qualquer modo, enquanto não fica pronto o projeto, com datas e tudo o mais, espero no sábado fazer um pequeno cicloturismo saindo de recife até pombos, depois entrar na mesma trilha da semana passada, e quando sair na estrada do hotel highlander, ir para chã grande e voltar por uma estradinha que aparece no mapa rodoviário.

domingo, 20 de setembro de 2009

Serra das Russas


então, segue o resumo da trilha de 50km na serra das russas,média de 14km/h, 3h e 45 de pedal, com paradas....conforme combimnado com macelo e zeca, nos encontramos no posto degasolina em pombos, do lado esquerdo de quem vai pela 232.preparadas as bici, seguimos subindo pela 232, pelo lado esquerdo atéencontrar a entrada da trilha, estradinha de barro, entrando à esquerda portanto..de forma geral, para vc compreender melhor, a subida da serra foi pelo lado esquerdoda pista br232 e a descida foi pelo lado direito. o povo do pedal chama o lado esquerdode espinhaço da gata, e o lado direito de orlandão, não me pergunte porque...eu, em geral, subo pelo lado direito e desço pelo espinhaço, pois o espinhaço é muitopior de fazer subindo..pois então como fizemos o espeinhaço subindo, meu amigo, é uma pedreira, são paredesverticais enormes e demoradas mas todas subí veis, viu. nada impossível, devagar e sempre.subindo subindo subindo, vez em quando uma descidinha, perigosa e inclinadíssima.até que subindo subindo, chegamos no ponto mais alto da trilha(depois te passo o perfil topográfico...).então, pra vc ver, no ponto mais alto, aquele vento frio, e a br 232 lá longe lá embaixo.se subir a serra pela 232 já é uma subida e tanto, imagine quando a gente vê a 232lá embaixo!.....as paisagens são muito bonitas lá, tanto as estradinhas, as casas, os campos de abacaxi,quanto a visào dos inúmeros montes da região..depois do topo, descidas e subidas, mas menores. até que chegamos na estrada de paralelepípedo que conduz ao hotel highlander. daí saímos na 232, atravessamos pelapassarela sobre a rodovia, parada no rei da coxinha para uma coxinha....daí seguimos ainda em direção à gravatá, para entrar à direita na trilha chamada orlandão.mais descidas que subidas, voltando para pombos, porém ainda algumas subidas fortese o sol bem mais quente, perto de meio-dia.pronto, chegamos de volta a pombos, banho no posto de gasolina e fomos almoçarem vitória

sábado, 12 de setembro de 2009

Bonito - Pernambuco


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domingo de sol.
passeio de motocicleta para Bonito, Pernambuco.
estradas de barro no caminho das cachoeiras.
almoço em um hotel da cidade.
mais estradas de barro para visitar uma pousada rural,
conhecer o lugar.
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terça-feira, 8 de setembro de 2009

revolutionary road - rua revolucionária


Revolutionary Road
Richard Yates
Tradução de José Roberto O'Shea
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Os sons finais e agonizantes do ensaio geral deixaram os atores do Grupo de Teatro Laurel sem mais o que fazer senão ficar ali, calados e imóveis, piscando os olhos diante das luzes do palco e do auditório vazio. Mal ousavam respirar, enquanto a figura diminuta e solene do diretor emergia dentre os assentos desocupados para se juntar à trupe no palco, arrastando uma escada dos bastidores e subindo alguns degraus para dizer-lhes que eram um grupo supertalentoso, um grupo maravilhoso com o qual se trabalhar.
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- O trabalho não tem sido fácil - ele disse, os óculos cintilando sobriamente pelo palco. - Tivemos muitos problemas e, francamente, eu já tinha até me conformado em não esperar demais. Mas ouçam bem; talvez seja piegas dizer isso, mas algo aconteceu aqui esta noite. Hoje, sentado ali, de repente eu percebi que vocês todos estavam se entregando ao trabalho com todo o coração pela primeira vez.
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Espalmou os dedos de uma das mãos sobre o bolso da camisa, para mostrar como o coração era algo simples, físico; em seguida, transformou a mão num punho, sacudido lentamente, em silêncio, em meio a uma pausa longa e dramática, fechando um dos olhos e deixando o lábio inferior, umedecido, enrugar-se e formar uma careta de triunfo e orgulho.
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- Repitam isso amanhã à noite - ele disse - e teremos uma baita apresentação.
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Quase choraram de alívio. Em vez disso, trêmulos, aplaudiram, riram e trocaram apertos de mão e beijos, alguém saiu para comprar uma caixa de cerveja e cantaram em volta do piano que havia no auditório até que chegou a hora, segundo o consenso geral, de parar e ter uma boa noite de sono.

rua revolucionária - revolutionary road


um trecho do livro "revolutionary road" de richard yates - tradução de josé roberto o'shea - quando o personagem frank wheeler está recordando o tempo que passou em paris, durante a segunda guerra, nas folgas do exército.
depois que a esposa, april, diz que ele conhece a cidade...
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Ele disse para si mesmo que, afinal, aquilo era em grande parte verdadeiro. Sabia onde se situava a maioria dos "cartões-postais" da cidade, por força das diversas licenças de três dias gozadas em Paris anos atrás; também sabia como ir de qualquer um daqueles locais turísticos até o Post Exchange norte-americano e o Clube da Cruz Vermelha, e como chegar à praça Pigalle, como escolher uma prostituta e que cheiro teria o quarto dela. Sabia dessas coisas, e sabia também que a melhor região de Paris, a região onde as pessoas sabiam viver, começava em torno de Saint-Germain-des-Prés e se estendia para o sudeste (ou seria sudoeste?) até o Café Dome. Mas essa última informação baseava-se mais na leitura de "O sol também se levanta", quando ele estava no ensino médio, do que em suas incursões pelo bairro, na maioria das vezes desacompanhado e com dores nos pés. Ele admirara a delicadeza antiga dos edifícios e o modo como a iluminação pública provocava leves explosões de verde-claro nas árvores à noite, e o modo como as varandas compridas dos cafés sempre revelavam um mar de rostos inteligentes e falantes enquanto ele passava; mas vinho branco lhe causava dor de cabeça, e os rostos falantes, vistos de perto, pareciam de homens barbudos e arrogantes ou de mulheres cujos olhos o avaliavam e descartavam em menos de um segundo. A cidade lhe propiciara a sensação de que a sabedoria ficava além de seu alcance, de que um charme indescritível ficava logo adiante de cada esquina, mas ele apenas caminhava até quase perder as forças pelas infindáveis ruas azuladas, e aquelas pessoas que sabiam viver guardavam para si o segredo, e muitas vezes ele acabava bêbado e vomitando da boléia do caminhão que o transportava sacolejando de volta para o alojamento do Exército.