segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Passeio de domingo do Pedal Clube

Passeio de domingo do Pedal Clube, 60 km no total, saindo da Jaqueira, seguindo para a Estrada da Batalha, depois Candeias e chegando à Ponte do Paiva. De lá, retornando por Boa Viagem e Brasília Teimosa, Cais Zé Estelita, centro e Jaqueira.

Parada na Ponte do Paiva, início do retorno.

Ponte do Paiva

Passeio de domingo do Pedal Clube

Passeio de domingo do Pedal Clube, 60 km no total, saindo da Jaqueira, seguindo para a Estrada da Batalha, depois Candeias e chegando à Ponte do Paiva. De lá, retornando por Boa Viagem e Brasília Teimosa, Cais Zé Estelita, centro e Jaqueira.


E abaixo, o trecho dentro de Brasília Teimosa.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Detalhes

Eu gostei da foto. Detalhes da trilha: pneus, calçados, folhas mortas.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Saindo da mata fechada

Saindo da matinha em Aldeia. Single track.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Cotoco de ponte

Olha o cotoco de pontezinha que existe no meio do single track na mata fechada, em Aldeia. 

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Mata fechada

Passando pela Matinha, em Aldeia. Um single track difícil que nós fizemos em subida (pode ser feito descendo, claro).

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.



Na mata fechada

Adentrando (!) a Matinha, que é quase uma mata fechada. 

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.



Trilha de sábado do EPedal

Túnel de vegetação nas trilhas de Aldeia.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


É proibido fumar

No Bar da Sardinha é assim: rigor. É proibido fumar. Placa recente. Mas onde será este tal de AMBIETE? Se quebrar a cadeira, vodeu, vai ter que pagar. Administração: Biu Mariano.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.





Foi ficando mais bonita

A trilha em Aldeia tem belos trechos, inclusive alguns de mata fechada.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Trilha e jaqueiras

Durante a trilha, muitas jaqueiras carregadas de jaca.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Desviando das poças

Essa foto também ficou les-gal: Pedrinho, arrojadamente, desviando de uma perigosa poça dágua.

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Auto-retrato nos óculos de Pedro

Moléstia à parte, essa foto ficou legal.

Trilha de sábado do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Trilha de sábado do EPedal

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


Trilha de sábado do EPedal

Passeio do EPedal, misto de trilha e asfalto, saindo da Jaqueira, passando pelo Sítio dos Pintos, Sítios dos Macacos, Aldeia, Bar da Sardinha, seguindo por dentro da Matinha, voltando por estradão, asfalto, Sítio dos Macacos e dos Pintos, Poço da Panela e Jaqueira. 65 km.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Parece arte


PF prende dois tentando postar cocaína dentro de santa

DE SÃO PAULO

Dois estrangeiros foram presos na tarde desta sexta-feira em Suzano (Grande São Paulo) tentando enviar pelo correio uma santa recheada de cocaína. De acordo com a Polícia Federal, um um nigeriano e um surinamês foram a uma agência dos Correios e pediram para enviar para a Irlanda uma imagem de Nossa Senhora do Carmo. Um deles foi reconhecido pelos funcionários da agência devido a investigações anteriores da PF, que apuravam tráfico de drogas pelo correio. Os funcionários acionaram a Polícia Militar, que deteve os suspeitos e os encaminhou para a sede da PF em São Paulo, na Lapa. Dentro da estátua, os policiais encontraram a droga, que ainda não foi pesada. Os presos responderão pelo crime de tráfico internacional de entorpecentes, cuja pena varia de 5 a 15 anos de prisão. A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos estrangeiros.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hélio Schwartsman - Olhando de perto

HÉLIO SCHWARTSMAN

Olhando de perto...

SÃO PAULO - Entre os vários problemas que Mitt Romney enfrenta está o fato de ser mórmon. Os americanos nutrem profunda desconfiança em relação a essa fé, fundada por Joseph Smith nos anos 1820.

Eles têm seus motivos, como mostra Christopher Hitchens em "God is Not Great". Uma vez que o mormonismo surgiu em tempos relativamente recentes, quando já havia jornais e uma massa crítica de gente alfabetizada, registraram-se detalhes sugestivos de manipulação e fraude na gênese da nova religião.

Ao contrário do que se dá com outros profetas, a picaretagem de Smith está documentada. Em 1826, ele foi condenado como desordeiro e impostor por um tribunal de Nova York. Admitiu em juízo ter ludibriado seus concidadãos com falsas expedições de mineração e proclamando ter poderes de necromancia.

Quatro anos depois, inspirado no sucesso de pregadores religiosos que abundavam na região, Smith reaparecia nos jornais dizendo ter descoberto "o livro de Mórmon", que restaurava a verdadeira fé cristã e é a base da religião mórmon.

Segundo Smith, um anjo chamado Moroni o visitara três vezes para informá-lo de um livro -escrito em tábuas de ouro- que explicava a existência dos índios nas Américas e reinterpretava os evangelhos.

Alegando ter encontrado as relíquias, Smith arrebanhou ajuda para passar a mensagem para o papel, já que ele próprio era semianalfabeto. Quando lhe pediam para ver as tábuas, dizia que não poderia mostrá-las, pois qualquer outro que olhasse para elas morreria na hora.

A história do mormonismo está cheia de passagens desse quilate, além de providenciais revelações, que ajudaram a tirar a igreja de certas encrencas legais. Mas é só o mormonismo? Se tivéssemos a chance de observar o surgimento das outras religiões com a mesma riqueza de detalhes, será que elas não se tornariam todas igualmente suspeitas?

domingo, 22 de janeiro de 2012

Visibilidade e poder democrático

Visibilidade e poder democrático

Roberto Romano - O Estado de S.Paulo

A luta entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) define uma nova e importante etapa na democratização do Estado brasileiro. Como previsível, os intocáveis do Judiciário aliam-se aos congressistas e políticos do Executivo, ampliando a campanha contra a imprensa. Novamente o erro é atribuído a quem divulga os males institucionais. A publicidade integra a doutrina e a prática do Estado moderno. Como o Brasil só com boa vontade merece o nome de plena democracia (o nome certo do nosso regime é federação oligárquica), até hoje venceram o privilégio e a impunidade. Descobertos os seus erros, os donos dos palácios desejam aplicar viseiras novas no Ministério Público (MP) e na mídia.

"São proveitosos o ato justo e a obediência às leis, quando existem testemunhas da conduta. Mas se não corre o risco de ser descoberto, o indivíduo não precisa ser justo." A frase vem do sofista Antifonte (século 5.º a.C.), mas serve com perfeição às nossas elites. O debate sobre a visibilidade do justo ou injusto marca o Ocidente. Platão narra a fábula de Giges: pastor humilde, o herói descobre um anel que, se girado no dedo, o torna invisível. Ele usa tal privilégio para matar o governante, ganhando a rainha e o trono. O mito de Giges ilustra a razão de Estado: o poderoso busca o sigilo para seus atos, mas tenta ver o que se passa nas casas das pessoas "comuns" (sobretudo nos bolsos) e nos países estrangeiros. Nasce daí a censura unida às polícias secretas, à espionagem, ao desejo de impor aos governados normas éticas jamais seguidas pelos dirigentes.

O ideal do governo que tudo enxerga, tudo ouve, tudo alcança é a base histórica das atuais políticas autoritárias. O governante acumula segredos e deseja que os súditos sejam controlados. Desse modo se estabelece a heterogeneidade entre cidadãos e dirigentes.

Na aurora dos tempos modernos, segundo um fino analista da razão absolutista, "a verdade do Estado é mentira para o súdito. Não existe mais espaço político homogêneo da verdade, o adágio é invertido: não mais fiat veritas et pereat mundus, mas fiat mundus et pereat veritas. As artes de governar acompanham e ampliam um movimento político profundo, o da ruptura radical (...) que separa o soberano dos governados. O lugar do segredo como instituição política só é inteligível no horizonte desenhado por esta ruptura (...) à medida que se constitui o poder moderno. Segredo encontra sua origem no verbo latino secernere, que significa separar, apartar" (Jean-Pierre Chrétien-Goni).

A democracia, surgida contra o poder absoluto, instaurou a visível responsabilidade política dos governantes. Na "accountability" os operadores de cargos públicos (do rei aos juízes) tornam os seus atos visíveis para a cidadania. Mas o século 19 trouxe a contrarrevolução napoleônica e a Santa Aliança. Some a transparência no exercício do poder. Como fruto tardio do recuo político e jurídico, surgem as ditaduras que impedem as liberdades públicas, em especial a de imprensa. Ocorre, ao mesmo tempo, uma fratura na ética democrática.

A ética correta, na democracia, não se imiscui na vida coletiva com uma tábua de valores externa aos grupos sociais. Os monopólios do Estado (força física, impostos, norma jurídica) permitem-lhe controlar os interesses particulares. Mas não raro o Estado ultrapassa os seus próprios limites. As revoluções modernas ergueram barreiras contra as pretensões oficiais. Mesmo assim, na Alemanha nazista, na União Soviética (URSS), nas diversas ditaduras e até em países democráticos, o Estado arrogou-se o direito de impor valores e doutrinas sobre a ciência, as artes, a vida econômica. Como exemplos temos a eugenia contra os fracos (o caso Buck versus Bell, decidido pelo juiz Oliver Wendell Holmes) e a "genética socialista" (as teses de Trofim Denissovitch Lyssenko que arruinaram a URSS). Os dois casos mostram que o poder sem peias gera frutos malditos. A imprensa domesticada chega ao escárnio: o jornal mais mentiroso da História é o Pravda (que significa "a verdade", em russo).

Como harmonizar o Estado e a vida livre?

A resposta reside na democracia, no Estado de Direito, no qual a sociedade política segue leis interpretadas pelo Judiciário. O Executivo tem uma barreira nos demais Poderes. Os alvos sociais precisam ser examinados no Parlamento ou nas Cortes de Justiça. Para que os interesses sejam discutidos é imperativo que eles sejam visíveis - daí a necessária regulamentação do lobby - e, por sua vez, os legisladores e juízes devem ser vigiados pelo povo soberano. Quem, no poder, se imagina acima do público ("os leigos") atrai, como dizia Immanuel Kant, a desconfiança generalizada. E reabre as vias sangrentas pisadas por todos os Giges ocidentais, poluindo a fé pública, fonte de liberdade e segurança. Na República os poderes são transparentes, o que inclui togas, fardas, batinas, capelos acadêmicos. A visibilidade absoluta só existe no Paraíso, mas o Estado sem ela é tirania. Conforme Norberto Bobbio, "todo cidadão tem o direito de ser posto à altura de formar para si mesmo uma opinião sobre as decisões tomadas em seu nome" ("o poder mascarado").

Vivemos uma inusitada crise estatal. Crise bem-vinda, pois nosso Estado apresenta os estigmas do segredo e do autoritarismo, técnicas ditatoriais que arrancaram dos cidadãos o hábito de controlar os governantes, legisladores, magistrados. Cabe à cidadania assumir a sua dignidade, pondo os que se julgam onipotentes no devido lugar. "Autoridade", na ordem democrática, significa "ser autorizado" pelo povo soberano. Mas os nossos poderosos - no Executivo, no Legislativo, no Judiciário - fingem nada saber sobre o assunto.

O requisito da emancipação política é o livre pensamento, a livre imprensa, da qual fogem os tirânicos Giges brasileiros. Como o diabo da cruz.

sábado, 21 de janeiro de 2012

David Hockney

David Hockney - um artista do qual gosto muito - está com uma grande exposição de trabalhos recentes - grandes pinturas de paisagens - na Royal Academy of Art. A obra a seguir é de 1971, quando ele morava na Califórnia.
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David Hockney - Portrait of an Artist (Pool with Two Figures) - 1971 - Acrylic on canvas, 214 x 304.8 cm - Collection David Geffen.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Inóspito

Paisagem inóspita no Cabo de Santo Agostinho - durante a trilha de sábado passado.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Dragão - Eucanaã Ferraz

Semana que vem, chega-te pelo correio
a lua: puro papelão,
que aos teus dedos transmutará em loiça.

Não fosse a gripe que me assolou esses dias,
não fosse a preguiça, os livros e o sono,
eu te mataria um dragão.

Na entrada da tua vila, deixaria o bicho,
pesado como uma hecatombe
(um hematoma na boca do estômago,

as asas imensas de bomba
imersas numa poça de sangue verde).
Ora, não te assustes,

sei que te acostumei com presentes mais delicados.
Mas não seria preciso guardá-lo: telefonarias
para o Departamento de Limpeza Urbana

avisando que um louco que te ama
deixou um sonho morto
na porta da tua casa.

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Eucanaã Ferraz nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de maio de 1961. É professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publicou os livros de poemas: Cinemateca em 2008, Rua do mundo 2004, este publicado em Portugal em 2006, Desassombro em 2002, livro que ganhou o prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional e também publicado em Portugal em 2001, também publicou Martelo em 1997. Esteve na antologia Esses poetas de Heloisa Buarque de Hollanda. 

Encontrei essa poesia no Blog do Noblat.

Roberta Sá

Em um trecho de entrevista de Roberta Sá para a Folha de São Paulo, encontrei a seguinte frase: "A gente não pode querer ser gênio. Tudo já foi feito e inventado no mundo das artes. Nosso papel não é mais o de mudar. É o de voltar, redescobrir. Quantos livros você tem que ainda não leu?".

Será mesmo que é esse o papel do artista hoje, não mais descobrir, apenas redescobrir? Penso que não. Tento me conformar com a minha própria mediocridade, mas o "grande artista" é, imho, aquele que descobre, inventa novos caminhos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Macelo no Cabo

Macelo Venceslau no Cabo de Santo Agostinho, na parte pesadíssima da trilha de sábado passado.

Macelo na trilha

Macelo Venceslau na parte pesada da trilha, com toda a tranquilidade e experiência.

Flávio no Cabo

Flávio Guerra na parte pesadíssima da trilha de sábado passado no Cabo de Santo Agostinho.

Flávio em Suape

Flávio Guerra na trilha de sábado passado, antes da parte difícil, só alegria.

e. e. cummings

somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near

your slightest look will easily unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;
nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even the rain,has such small hands

Luís de Camões

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia o pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se não a tivera merecida,

Começa de servir outros sete anos,
dizendo: Mais servira, se não fora
pera tão longo amor tão curta a vida!

Hélio Schwartsman - Ingredientes para o desastre

É cedo para tirar conclusões sobre o que causou o acidente com o Costa Concordia. Neste momento, interessa a muita gente lançar o máximo de culpa sobre o comandante. De todo modo, se apenas um quinto das histórias que agora circulam forem, de fato, verdadeiras, o excesso de autoconfiança será um dos ingredientes da tragédia.

Não chega a ser uma surpresa. Acreditar em demasia em si mesmo é uma forma de autoengano, e uma definição possível de desastre é: intrusão violenta e dolorosa da realidade sobre nossas ilusões. Alimentados por doses maciças de autoconfiança, os responsáveis pelo cruzeiro julgavam navegar por águas seguras, até serem desmentidos por uma pedra.

Em seu novo livro sobre o autoengano, o biólogo Robert Trivers mostra como acidentes aéreos (e marítimos, podemos acrescentar), em geral, resultam de múltiplas causas, uma das quais costuma ser as ficções que os principais atores impõem a si mesmos. O melhor remédio para prevenir essas tragédias é aperfeiçoar rotinas que promovam a paranoia e o ceticismo, solapando o faz de conta em que amiúde nos exilamos.

Um caso notável é o da Korean Air. Entre 1988 e 1998, o índice de acidentes da empresa era 17 vezes maior que a média dos EUA, o que levou o Exército norte-americano a proibir seus soldados de viajar pela Korean. O Canadá considerava até banir a aerolinha de seus céus.

Consultores externos foram chamados e uma de suas principais conclusões foi a de que o profundo respeito à hierarquia cultivado pelos coreanos impedia os copilotos de questionar as ações dos comandantes, os quais chegavam a esbofetear seus auxiliares por erros menores. Os consultores recomendaram que a Korean reforçasse a independência dos copilotos e os incentivasse a ser assertivos com seus chefes. Desde a intervenção, não houve acidentes.

Um pouco de insubordinação faz bem às instituições.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Janela

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O mundo é mais bonito visto através dessa janela. Trilha no Cabo de Santo Agostinho.

Sufocados em São Paulo, ciclistas têm mais espaço em Santos e Sorocaba

Sufocados em São Paulo, ciclistas têm mais espaço em Santos e Sorocaba

LEANDRO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA E SANTOS

São 7h. Uma balsa que minutos antes havia partido do Guarujá atraca em Santos. Dela, em vez de carros, desembarcam multidões de ciclistas, em um movimento que se repete várias vezes ao longo da manhã. Um dia antes, no fim de tarde, em Sorocaba, trabalhadores voltam para casa de bicicleta em vias exclusivas e bem sinalizadas que cortam a cidade ligando regiões sem distinção, de bairros ricos a periferias com casas pobres. As cenas fazem parte da rotina dos dois municípios, que passaram a ver nas bicicletas um meio de transporte de fato. Isso colocou Sorocaba (99 km de SP) e Santos (72 km de SP) entre os principais modelos cicloviários do Estado.

Com um plano que prevê cem quilômetros de ciclovias até 2012, dos quais 75 quilômetros em operação, Sorocaba é apontada hoje como uma das cidades que mais bem investiram no transporte por bikes. Padronizadas com piso em vermelho e sinalização, as ciclovias são quase todas interligadas. Há bicicletários em terminais de ônibus, o que permite a integração, além de paraciclos pela cidade. O projeto de criar uma malha cicloviária ampla começou em meados de 2006, segundo o secretário dos Transportes, Renato Gianolla. Novas avenidas passaram a ser projetadas com canteiros largos, com espaço reservado para ciclovias, e vias já existentes foram adaptadas.
Em paralelo, a prefeitura implantou ações para tentar atrair a população, como passeios e conscientização. Grupos independentes também entraram na tarefa, como o Sorocaba Bikers, que tem cerca de 300 membros. Na prática, o uso das ciclovias ainda é maior por quem procura os espaços por lazer, reconhece o secretário dos Transportes. "Agora o desafio é incentivar [o uso] para o trabalho", afirmou Gianolla. A Folha esteve na cidade em uma quarta-feira. À tarde, no bicicletário existente no terminal rodoviário Santo Antônio, no centro, com capacidade para 60 bicicletas, havia seis estacionadas. Ao lado, em uma área reservada para motos, cerca de 40 ocupavam o espaço --fazer o trabalhador trocar o veículo motorizado pelo pedal, mesmo oferecendo a infraestrutura, ainda é difícil.

Santos é uma prova de que a consolidação do projeto cicloviário ao longo dos anos, aliada a uma boa infraestrutura, dá resultado. As primeiras ciclovias da cidade começaram nos anos 1990 e a expansão foi contínua --hoje são quase 30 km e ainda há obras em alguns trechos. A travessia da balsa entre a cidade e Guarujá, descrita no início do texto, é a maior prova de que a bicicleta faz parte da vida de muita gente na Baixada Santista. Segundo a Dersa, que administra a balsa, de dez a 12 mil ciclistas usam a travessia diariamente. A imagem dos desembarques nas primeiras horas do dia impressiona e faz lembrar o que se vê em grandes cidades chinesas, onde multidões se locomovem de bicicletas. O aspecto econômico é o que parece fazer mais diferença. "Se eu não usasse a bicicleta, teria de pagar dois ônibus, além da balsa, todos os dias", disse a secretária Maria José Soledade Silva, 37, que vai do Guarujá a Santos. Quem cruza a balsa de bicicleta não paga nada --se estiver a pé, gasta R$ 2,20. Segundo a Prefeitura de Santos, o uso da bicicleta já corresponde a 8% de todas as locomoções feitas na cidade, incluindo as de pedestres. A administração atribui boa parte disso às ciclovias. A topografia da área urbana, quase toda plana, favorece. A estrutura da rede cicloviária também é boa: há até semáforos exclusivos para bicicletas, embora muitos não respeitem o sinal vermelho. Também há problemas, como no trecho de ciclovia próximo ao cais, que acumula água quando chove e que aparenta não estar tão bem cuidado como o que fica na parte turística à beira-mar.

Tablet de US$ 40 é o sucesso de 2012 na Índia

Tablet de US$ 40 é o sucesso de 2012 na Índia

Ronaldo Lemos - Folha de São Paulo

O aparelho mais bombástico de 2012 não vem da Apple. Vem da Índia. Trata-se do Akash, um tablet com o milagroso preço de US$ 40 (R$72 reais), que já é um sucesso. Do lançamento em outubro de 2011 até agora, 2 milhões de unidades foram vendidas.

O sucesso não veio só do preço: o design foi um dos fatores cruciais. O Akash foi projetado com base na realidade da Índia. Levou em conta desejos de consumidores da base da pirâmide social, que não têm dinheiro nem vêm utilidade em ter um iPad. Por exemplo, na Índia usar 3G é caríssimo.

O jeito foi fazer a conexão com um padrão 2,5G, disponível em celulares do país e bem mais barato. Para não perder a qualidade, o Akash uso uma ideia genial: um padrão de compressão que faz com que, mesmo a baixa velocidade, dê para ver filmes e ouvir músicas sem engasgar.

Outro detalhe: o Akash vem com porta USB comum, rara em outros tablets. A maioria dos indianos não tem computador, mas muitos têm pendrives que são carregados nas lan-houses com músicas e filmes.

O projeto surgiu de um concurso do governo para criar um tablet barato e foi vencido por uma "start-up" canadense (fundada por dois imigrantes indianos). A empresa trabalhou com o Instituto de Tecnologia da Índia, um centro de inovação criado para pensar produtos para a realidade tecnológica local.

O próximo passo do Akash é a exportação: a Tailândia já está na fila. Como a Índia, o Brasil poderia fazer também. É só pensar grande.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Trilha no Cabo de Santo Agostinho

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A ponte sobre o mangue.

Trilha no Cabo de Santo Agostinho

Trilha em Suape

Sábado, 14 de janeiro, trilha do EPedal na região de Suape. Estava programado um passeio light mas findou sendo uma trilha pesada pois fomos adentrando mais e mais pelos descaminhos. Primeiramente, fomos ao Bar do Doido, depois passamos em Suape e no Paraíso, descemos para a ponta do Cabo de Santo Agostinho. Daí, em lugar de voltar subindo, tentamos contornar o cabo e encontramos somente pedra-pedra-pedra e mato com espinhos. Depois de muito tentar e penar carregando as bicicletas, conseguimos voltar para a estrada e continuar o passeio. Difícil e divertido.
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Rafael 1 x 0 Antonio (2012)

Primeira partida de 2012 do interminável campeonato entre Paulo Rafael e Antonio Mendes. Passamos o ano de 2011 jogando o gambito da dama e parece que vamos continuar neste 2012. Antonio passou a fazer o gambito da dama aceito e tem se dado bem com isso. Mas não desta vez. Uma partida difícil para mim, onde estive o tempo todo apenas me defendendo. Tive que me conter e pensei algumas vezes: calma, apenas se defenda desse ataque forte e espere chegar - se chegar - algum momento para atacar. Penso que no lance 26 ele poderia ter trocado duas torres pela minha dama e acho que com a dama dele contra minhas duas torres eu perderia a partida. O lance 46... Kf8 facilitou a minha vitória.
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Elio Gaspari

ELIO GASPARI

O aparelho dos Coelho antecedeu o do PT

Acusar o ministro da Integração de nepotismo é ofensa a inteligência, poder e fortuna de sua família

Não se deve cometer a injustiça de atribuir uma obsessão nepotista ao doutor Fernando Bezerra Coelho. Isso é coisa de pobre que precisa arrumar uma boquinha para familiares. É verdade que seu irmão Clementino ocupou a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e o tio Osvaldo teve uma cadeira no conselho consultivo da economia irrigada.

O tio da mulher de seu filho-deputado e tesoureiro de sua campanha representava o ministério em Pernambuco. Já o pai da senhora dirigiu o escritório do Departamento Nacional de Obras contra a Seca em Recife. Seu tio, Nilo Coelho, foi governador de Pernambuco e senador. Fez fama em Brasília pela qualidade dos jantares que oferecia. Outro Nilo Coelho governou a Bahia. O sucesso da família está no poder, não nos empregos.

O primeiro Coelho a governar Petrolina assumiu a prefeitura em 1895. Pela medida do coronelismo político, a parentela (com suas dissidências) produziu oito prefeitos e mais de 20 mandatos parlamentares.

Pela medida do coronelismo fundiário, em 1996 tinha 120 mil hectares irrigados produzindo frutas no vale. Pela medida do coronelismo eletrônico, tem nove emissoras de rádio e uma de televisão. Isso tudo e mais 30 empresas industriais e comerciais.

O atual ministro da Integração Nacional foi duas vezes deputado e prefeito, dirigiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidiu a estatal do porto de Suape.

Nada a ver com nepotismo. Tudo a ver com o controle do aparelho do Estado, de verbas, terras e águas. Petrolina tem diversos títulos, e o mais vistoso é "Califórnia Brasileira". Olhada só pela produção de frutas no semiárido, o paralelo procede.

No início do século passado, quando os Coelho prosperavam em Petrolina, o sul da Califórnia estava nas mãos de grandes famílias. Fizeram-se fortunas controlando os programas de irrigação e obras contra a seca, quase sempre com dinheiro federal.

A partir da segunda metade do século, quando os Coelho tomaram conta do vale do São Francisco, as oligarquias endinheiradas da Califórnia viraram nome de museus (Getty) ou de personagens da história (Patton). A última delas foi a dos Chandler, dona do Los Angeles Times. A sociedade mudou e durante 20 anos, de 1973 a 1993, Los Angeles foi governada por um negro.

Em 1891, um magnata fundou em Pasadena uma escola técnica com uma doação de US$ 2,5 milhões em dinheiro de hoje.

Com mais apoios e muita ajuda oficial, tornou-se o Instituto de

Tecnologia da Califórnia. Produziu 31 prêmios Nobel e, no ano passado, foi considerado a melhor universidade do mundo, desbancando Harvard.

Até hoje o MEC não conseguiu saber o que a Prefeitura de Petrolina fez com uma verba de de R$ 2,5 milhões, destinada à educação de jovens que abandonaram as escolas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Museu da Inocência

"Era o momento mais feliz da minha vida, mas eu não sabia. Se soubesse, se tivesse dado o devido valor a essa dádiva, tudo teria acontecido de outra maneira? Sim, se eu tivesse reconhecido aquele momento de felicidade perfeita, teria agarrado com força e nunca deixaria que me escapasse. Levou alguns segundos, talvez, para aquele estado luminoso tomar conta de mim, mergulhando-me na paz mais profunda, mas ele me pareceu ter durado horas, até mesmo anos. Naquele momento, na tarde de segunda-feira, 26 de maio de 1975, em torno de quinze para as três, assim como nos sentíamos além do pecado e da culpa, o mundo todo parecia ter sido liberado da gravidade e do tempo. Beijando o ombro de Füsun, já úmido com o aquecimento do nosso amor, eu a penetrei delicadamente por trás, e enquanto mordia de leve sua orelha, seu brinco deve ter se soltado e, pelo que nos pareceu, pairado em pleno ar antes de cair por vontade própria. Nosso prazer era tão profundo que continuamos a nos beijar, ignorando a queda do brinco, cuja forma eu nem sequer tinha percebido."

Orhan Pamuk - O Museu da Inocência.

Memory

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Recifengarrafamentos

Como sempre, como em todos os dias, como é costume, como os governantes querem, como a manada silenciosa admite, a burrice impera no Recife.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Orhan Pamuk

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Não acompanho listas de melhores livros nem listas de premiados, Nobel, ou qualquer coisa. Vou lendo o que me aparece. E como aparece? Na livraria, leio as primeiras páginas de alguns livros. O autor, necessariamente, tem que me prender nas primeiras páginas, no primeiro parágrafo, se possível. Assim aconteceu quando li o primeiro parágrafo de "O museu da Inocência" de Orhan Pamuk. Somente depois, vi que o autor havia recebido um Nobel de Literatura. Isso, Nobel, prêmios, não me impressionam, não condicionam a minha leitura. Mas este livro é daqueles que tira o sono. O livro prende o leitor do início ao fim. É a história do amor, ou obsessão, de Kemal por Fusun, desde o início ao final da vida de cada um. Um livro que deve ser lido, uma história fascinante, cheia de detalhes. Ao final, dá vontade de começar a ler de novo.
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Mais sobre este livro, pode ser encontrado aqui no blog Meia Palavra.

É simples

Ora, é simples: o Brasil nunca vai sair da bosta que é. Olhe qualquer cidade civilizada. Não há fios elétricos estragando a paisagem urbana, não há outdoors, há calçadas e transporte público digno. Este país sempre estará mergulhado na miséria, cultural e educacional.
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domingo, 8 de janeiro de 2012

Soho, Chinatown - London

Nunca

Leio em alguma manchete de jornal que o Rio de Janeiro nunca teve tantos turistas e nunca teve tanta fila. E congestionamentos. Ora, isto é apenas uma amostra grátis e pequena do que vai ser esta selva-Brasil quando a tal copa do mundo acontecer. As cidades brasileiras não tem calçadas, faixas de pedestres, semáforos em quantidade adequada, respeito ao pedestre, transporte público, paradas de ônibus sinalizadas e com mapas, mapas em esquinas, metrô, ônibus novos e passando de cinco em cinco minutos, linhas de metrô passando de dois em dois minutos, placas de identificação das ruas, policiais nas ruas, câmeras filmando as ruas, ruas iluminadas, pavimento de qualidade, escoamento adequado das águas das chuvas, água potável nas torneiras, vendedores e taxistas que falam inglês, policiais que falam inglês, aeroportos adequados, trens ligando cidades. Fora isso, tá tudo certinho para receber turistas. E ainda temos a falta de educação permanente, assaltantes armados, chusmas de mendigos e crianças de rua, falta de cultura, falta de conservação de todo e qualquer monumento. O Brasil é uma vergonha e nunca vai deixar de ser uma vergonha.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ruas

Flanando pelas ruas de London London, praticando a despedida da cidade. Passeando pelo Soho, Chinatown, Piccadilly, St James Park, revendo o Big e o Ben e depois, para finalizar, fomos ver a exposição de Gerhard Richter na Tate Modern. Excelente exposição, trabalhos importantíssimos de Richter.
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Flanando pelas ruas de London London, vendo o xou caipira da troca da guarda, a bandinha tocou Abba, Chiquitita e Fernando entre as músicas, não é mentira. E turistas fotografavam de pertinho o cocô dos cavalos que ficava na esteira da passagem dos soldados, não é mentira também. Visitamos o Victoria & Albert e o Science Museum. Voltamos para o hotel de ônibus duplo deck, bacaninha.
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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Royal Opera House

Dia emocionante ao assistir o Royal Ballet na Royal Opera House, London, apresentando o Quebra-Nozes, música de Tchaikovsky, executada pela BBC Concert Orchestra. Impossível.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012