sábado, 28 de junho de 2014

Montpellier - Sommières - Nîmes - 64 km


Passeio de sábado, o último passeio antes de sair em viagem de bicicleta, pois as aulas terminaram.

Fomos de Montpellier para Nîmes. A saída de Montpellier é muito fácil e agradável de fazer pois a região em torno da cidade - que se chama de Montpellier Agglomeration - tem ciclovias ligando quase todas as cidades da Agglo. Passamos pelas cidades de Vendargues, Castries, Sussargues, Saussines e Sommières. Até a cidade de Vendargues, fizemos todo o trajeto por ciclovias. Curiosamente, esse trajeto inicial faz parte do Chemin de Saint-Jacques também. Somente depois da cidade de Castries é que realmente chegamos ao campo. Daí, seguimos por pequenas estradas rurais até Sommières. 

Sommières é uma belíssima cidade que vale muito a pena conhecer. E aos sábados acontece lá uma feira de produtos da região muito movimentada. Sommières fica à margem do rio Vidourle e tem uma ponte romana construída por ordem do imperador Tibério no século I. O centro histórico é medieval. Adoramos a cidade, a feira, a beleza das ruas e aproveitamos para almoçar em um dos restaurantes locais.

Depois de Sommières, seguimos por uma Via Verde (Voie Verte) - uma ciclovia que foi feita em cima do leito e do trajeto de uma antiga linha ferroviária. É uma excelente e bela ciclovia, com muitos pontos para piquenique e alguns pontos de abastecimento de água. Pela Voie Verte fomos até a cidade de Langlade. Daí, entramos na cidade e seguimos por uma estrada não-asfaltada que cruza a pequena Serra de Caveirac.

Chegamos aos subúrbios de Nîmes e fizemos um trajeto  tortuoso por ruas menos movimentadas, por dentro dos bairros, pois Nîmes não tem o mesmo cuidado de Montpellier com os ciclistas.

Decidadamente, Montpellier dá de 10 x 0 em Nîmes, em termos de cuidado com pedestres e ciclistas e em termos de transporte público. Nîmes quase não tem ciclovias e se você não seguir pelas ruas de dentro dos bairros, só há rodovias movimentadas para entrar na cidade. Nîmes não tem tram (que é elétrico) e sim um bicho horroroso chamado de TramBus, à diesel, que nada mais é que um ônibus articulado. Todas as calçadas de Montpellier são rebaixadas nos pontos de cruzamento - o que é essencial para cadeirantes. Em Nîmes, as calçadas não tem o rebaixamento.

Quanto aos monumentos, há uma grande arena romana, onde ocorriam os jogos de gladiadores, que se chama Les Arènnes e que ainda é usada para shows e touradas, e um excepcionalmente bem preservado templo romano, que se chama Maison Carrée. A cidade tem um centro histórico semelhante ao de Montpellier, embora menor. Não gostamos muito da cidade por causa da comparação com a qualidade das vias de pedestres e ciclistas de Montpellier. Depois de pedalar pelas ruas do centro histórico, seguimos para a estação e voltamos de trem para Montpellier, em meia hora.

A maior parte dos estacionamentos públicos de Montpellier tem uma área para estacionar as bicicletas (Vélos Parc). Nós costumamos deixar nossas bicis nesse estacionamento subterrâneo pois nosso apartamento é muito pequeno. Observe que há uma bomba para encher pneus disponível aos ciclistas.

Ciclovia ainda dentro da Montpellier Agglomeration.

Ciclovia que acompanha o trajeto do Tram. É muito simples fazer e ter ciclovias, é uma questão de vontade política e de planejamento.

Ciclovia que acompanha uma rodovia dentro da Agglomeration.

Por dentro da cidade de Vendargues. A cruz marca o Chemin de Saint Jacques.

Um trecho curto do Chemin de Saint-Jacques sem pavimentação.

Chegando ao Chateau da cidade de Castries.

Subindo ladeiras para chegar perto do Chateau de Castries.

Igrejinha românica na cidade de Sussargues.

Estradas rurais francesas são muito boas para se pedalar.

A Mairie (prefeitura) da cidadezinha de Saussines.

Entrando na bela cidade de Sommières pela ponte romana.

Na ponte romana de Sommières. A entrada na parte medieval se faz pela torre do relógio.

Nas ruas medievais de Sommières. Essas bicicletas são de outros cicloturistas, nós prendemos as nossas em uma grade qualquer fora da parte medieval.

Na hora do almoço em Sommières. O vinho do verão, o vinho rosé, é um problema: fresquinho, a gente toma de gut-gut e acaba logo.

Ruas medievais de Sommières.

Ruas medievais de Sommières.

A excelente Voie Verte que sai de Sommières até perto de Nîmes. A via foi construída sobre o leito de uma antiga estrada de ferro.

Em Langlade, deixamos a ciclovia para atravessar a pequena serra de Caveirac. A estradinha é difícil, cheia de pedrinhas.

Na chegada ao centro histórico de Nîmes, a foto no "coliseu" da cidade, Les Arènnes.

Fui logo procurar uma cerveja junto de Les Arènnes para comemorar a chegada.

Uma fonte de Nîmes.

Templo romano em Nîmes, excepcionalmente bem preservado (Maison Carrée).

Templo romano em Nîmes, excepcionalmente bem preservado (Maison Carrée).

Templo romano em Nîmes, excepcionalmente bem preservado (Maison Carrée).

Por fim, pegar o trem e voltar para "casa".

domingo, 22 de junho de 2014

Praia e Fête de la Musique - um longo dia de solstício de verão


Sábado. De manhã, um pedal leve até a praia em Palavas - ida e volta, 30 km - e à noite passeamos por Montpellier, vendo as inúmeras apresentações de música pelas ruas. O centro histórico de Montpellier tinha música em quase todas as ruas. Por fim, tivemos a sorte de encontrar La Batucanfare, um grupo de músicos brasileiros e franceses que mistura batucada e fanfarra, e toca frevo, marchinhas de carnaval e canções francesas.

Depois da praia, na hora do almoço, um séquito de casamento árabe passou pelas ruas de Palavas.

A paella de Elianezinha.

É até redundante apontar a qualidade das vias e pontes dedicadas a pedestres e ciclistas, como essa em Palavas.

 Voltando para Montpellier pela ciclovia que cruza as lagoas da região.

Voltando para Montpellier pela ciclovia que cruza as lagoas da região.

Entre as lagoas, há muitas trilhas que servem para bicicletas e outros esportes.

Muitos ciclistas entre Palavas e Montpellier.

No trajeto, um descansinho em um brinquedo de crianças.

À noite - já são mais de sete horas da "noite" - saímos para acompanhar a Fête de la Musique. Encontramos essa batucada meio desafinada. Estavam de verde e amarelo, mas não havia brasileiros.

Um casal de cicloturistas chegando à Montpellier.

Um casal de cicloturistas chegando à Montpellier.

Na Place de la Comédie, onde estava o maior palco da festa, o povo transformou a fonte das Três Graças em fonte das Dez Graças de Montpellier.

O palco principal da festa. Aqui estava chatinho, saímos para ver as pequenas apresentações, o que foi muito melhor.

Havia apresentações em diversas ruas, na frente de bares, em praças e na frente das igrejas.

As ruas medievais cheias de gente.

Essa banda estava muito boa, na Place Petrarque.

Enfim, encontramos o melhor da noite, a banda La Batucanfare, que estava tocando na porta da Igreja de Nossa Senhora das Mesas (tem até essa!). A gente já estava lá há algum tempo, quando eles começaram a tocar Vassourinhas. Depois, ainda tocaram diversas músicas do carnaval brasileiro. E, ainda por cima, eles se acocoram em partes da música como faz a troça Segurucu de Olinda.

La Batucanfare, que estava tocando na porta da Igreja de Nossa Senhora das Mesas.

La Batucanfare, que estava tocando na porta da Igreja de Nossa Senhora das Mesas.

Depois de La Batucanfare, outra banda de metais ocupou a porta da Nossa Senhora das Mesas.

Nossa Senhora das Mesas virou das Garrafas.

E quando chegamos "em casa", a festa ainda rolava lá no térreo.