terça-feira, 31 de julho de 2012

Pedal noturno de terça-feira


Pedalada na noite da terça-feira com o Pedal Clube de Pernambuco. Saindo da Praça Fleming, fizemos 42 km no total, com velocidade média de 19 km/h e máxima de 41 km/h. Na praia de Boa Viagem encontramos uma chuva breve.

Julho terminou e a quilometragem total do mês foi baixa, por causa das chuvas: 626 km.
E a bicicleta nova, dobrável, completou 556 km.


Pedalando para o trabalho


Indo para o trabalho, como todos os dias, de bicicleta. Em alguma rua perdida, um graffiti.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Cicloviagem de Rui e Martine


Um casal de queridos amigos, Rui e Martine, ele português, ela holandesa, ambos moradores de Utrecht (Holanda), está fazendo uma pequena cicloviagem pelo litoral entre Pernambuco e Alagoas. Uma bela viagem que já fiz algumas vezes e que, lendo os relatos de Rui, já dá vontade de fazer de novo. Acima, Rui em algum lugar no caminho para Maracaípe. Abaixo, Martine no dia em que saíram de Recife.


domingo, 29 de julho de 2012

Pedal de domingo


Pedalada de domingo com o Pedal Clube de Pernambuco. Saindo às sete horas do Parque da Jaqueira, um pedal tranquilo de 50 km com velocidade média de 19 km/h e máxima de 31 km/h. Uma parada rápida na beira-mar de Olinda e o retorno para a Jaqueira. 
Distância pedalada em julho: 564 km.
Distância pedalada com a Dahon: 494 km.

Todas as fotos no Flickr.




terça-feira, 24 de julho de 2012

Pedal de terça à noite


Pedalada noturna de terça-feira do Pedal Clube de Pernambuco. Distância total de 41 km com velocidade média de 19 km/h e máxima de 35 km/h. Parada de reabastecimento na sorveteria em Olinda. Total pedalado em julho: 504 km. E a Dahon está com quilometragem de 434 km.

Eliane e Fabiana em Olinda.

Tiça Prota inaugurando sua nova dobrável Durban Bay 6.

Binário com ciclofaixa


Na imagem acima, o novo binário estabelecido pela Prefeitura do Recife a ser implantado a partir do próximo sábado. Em azul, o fluxo atual, em vermelho a nova circulação e o amarelo tracejado representa a futura ciclofaixa.

Abaixo, a notícia como está no site da Prefeitura:

PCR cria binário na Estrada do Arraial com a Estrada do Encanamento
Mudança no tráfego propiciará criação de ciclofaixas com um total aproximado de 4,3km para o deslocamento de ciclistas

A Prefeitura do Recife implanta, no próximo sábado (28), mais uma ação para melhorar os padrões de mobilidade urbana da cidade. A intervenção, que irá garantir maior fluidez na circulação de veículos que transitam pelos bairros de Casa Forte, Casa Amarela, Tamarineira e Monteiro, consiste na criação de um binário entre a Estrada do Encanamento e a Estrada do Arraial. Ambas as vias irão se tornar sentido único de circulação, e com isso, complementar o binário já existente entre as avenidas Conselheiro Rosa e Silva e Rui Barbosa.

Na intervenção, a Estrada do Arraial terá fluxo de circulação no sentido cidade/subúrbio. Já a Estrada do Encanamento será no sentido subúrbio/cidade, com exceção no trecho após a Rua Engenheiro Oscar Ferreira, que permanece mão dupla para garantir a mobilidade na localidade. O projeto irá contemplar ainda a manutenção da sinalização horizontal e vertical das vias transversais. Com a mudança, haverá a otimização dos fluxos de veículos das duas vias, ganhando maior capacidade para comportar veículos e diminuindo os conflitos com a retirada da mão dupla, além de uma melhor sincronização da rede semafórica.

Após a implantação do binário a expectativa é que os condutores utilizem mais essas duas vias, distribuindo assim o tráfego e melhorando também a circulação na Avenida 17 de Agosto. Outra mudança importante com o projeto será a eliminação do giro à esquerda na área. Deixará de existir o giro da Estrada das Ubaias para a Estrada do Encanamento. Haverá ainda mudanças de sentido de vias transversais como a Rua Sebastião Alves, que será sentido único da Rua Padre Roma para Estrada do Arraial; a Rua Gomes Coutinho, que ficará mão única da Avenida Norte para Estrada do Arraial; e a Rua Engenheiro Oscar Ferreira, que será sentido única da Avenida 17 de Agosto para a Estrada do Arraial.

Por conta das mudanças de trânsito, algumas linhas de ônibus regulares e duas do transporte complementar municipal sofrerão mudanças nos seus itinerários. As alterações foram debatidas durante reuniões envolvendo técnicos da CTTU e do Grande Recife Consórcio de Transportes.

Ciclofaixas – Além da transformação em binário, a Estrada do Arraial e a Estrada do Encanamento irão ganhar ciclofaixas unilaterais e monodirecionais no mesmo sentido das vias e que irão se interligar, garantindo a integração do modal bicicleta para a população da área. Cada ciclofaixa terá 1,70m de largura e um total aproximado de 4,3km. As ciclofaixas tanto servirão aos trabalhadores quanto para o lazer das pessoas, pois irão ligar espaços importantes de descanso e esporte como o Sítio Trindade e os parques da Jaqueira e Santana.

A ligação entre as duas ciclofaixas será feita por três vias, a Rua Sebastião Alves (Parnamirim), a Rua Padre Roma e a Estrada das Ubaias (Casa Forte). A segregação do percurso do restante das vias será feito por tachões, menos na entrada e saída de veículos e nos cruzamentos.

Campanha educativa – Para habituar melhor motoristas e pedestres sobre as mudanças, nesta segunda-feira (23) a CTTU iniciou uma campanha educativa para alertas os motoristas e pedestres. Equipes de arte-educadores estarão circulando por toda a área envolvida no projeto divulgando as mudanças que irão acontecer. Do dia 21 até o 27, serão 20 arte-educadores. Já do dia 28 até o dia 04 de agosto, haverá um reforço da ação, quando serão 32 profissionais atuando no trabalho educativo. A atividade será dividida em dois turnos, de 7h às 13h e de 13h às 19h.

Transporte Complementar – Por conta da modificação no tráfego da Zona Norte, duas linhas de transporte complementar que fazem circuitos interbairros, terão seus trajetos alterados, são elas: a linha 104 (Cassiterita/ Casa Amarela/ Jaqueira) e a linha 108 (Dois Unidos/ Torre). Cartazes serão afixados nos microônibus para orientar os passageiros.

Pelo novo percurso, no trajeto de ida, ambas as linhas irão circular agora pelas seguintes vias: Rua Ana Xavier; Rua Paula Batista; Estrada das Ubaias; Rua Dr. Germano Guimarães; Rua Irmã Lúcia; Estrada do Encanamento; Rua Ferreira Lopes; Rua Estrela; Rua Des. Goes Calvalcanti e Av. Parnamirim.

No trajeto de volta, apenas a linha 104 terá alteração. Ela deixará de passar pela Estrada do Encanamento, saindo agora da Rua Desembargador Goes Cavalcante e continuando pela Rua da Estrela e em seguida, entrando na Rua Ferreira Lopes para ter acesso a Estrada do Arraial. Com o novo trajeto o microônibus continuará pela Estrada do Arraial, na sequência pela Rua da Harmonia, seguindo pela R. Conselheiro. Nabuco, para chegar a Rua Paula Batista e depois retornando para a Estrada do Arraial.

domingo, 22 de julho de 2012

Pedal de domingo


Pedalada de domingo com o Pedal Clube de Pernambuco. Saímos do Parque da Jaqueira às 7h da manhã e circulamos por vários bairros da cidade. Percorremos uma distância total de 65 km com velocidade média de 20 km/h e máxima de 46 km/h. Total pedalado no mês de julho: 443 km. E a dobrável alcança agora a marca dos 373 km. Todas as fotos clique aqui.





quinta-feira, 19 de julho de 2012

Pedal noturno de quinta-feira


Enfim, depois das chuvas, conseguimos fazer uma boa pedalada noturna nesta quinta-feira. Foram 46 km com velocidade média de 22 km/h e velocidade máxima de 49 km/h. Com esta pedalada, a Dahon Speed D7 completou seus 308 km. O mês de julho está sendo fraquíssimo pois até agora só pedalei 378 km, uma vergonha (!). Na foto acima, minha amiga Patrícia Prota posa com a dobrável, ela que está toda animada para também se tornar dona de uma.



Sol forte céu azul


O dia amanhece de sol forte no Recife, céu azul, céu azul, sol, sol, sol. Será que a chuva vai embora de vez? Neste mês de julho, a produtividade quilométrica ciclística vai ser absolutamente vergonhosa. Hoje, sol, bicicleta na rua para vir ao trabalho, eis a dobrável no bicicletário. E fotos do céu azul. Vamo ver se dá para pedalar à noite.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pedala, candidato! - por Vera Magalhães

17/07/2012 - 03h30
Pedala, candidato!

VERA MAGALHÃES

SÃO PAULO - A julgar pelas atléticas imagens dos candidatos no fim de semana, a partir de 2013 São Paulo será uma cidade sobre duas rodas. Uns mostrando mais familiaridade, outros botando fé no ditado segundo o qual nunca se esquece como andar de bicicleta, José Serra (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB) puseram capacetes, deram suas pedaladas e se comprometeram com propostas para a chamada ciclomobilidade.

Prova de que o tema entrou definitivamente na agenda do paulistano. Resta saber se as promessas de se multiplicar as vias para bicicletas na cidade são factíveis e merecerão do eleito o mesmo gás que os postulantes tiveram para sair bem nas fotos.

Serra largou na frente e propôs, no sábado, a meta de 400 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Além disso, pôde elencar as obras que já fez quando ocupou a prefeitura.
No dia seguinte, o petista Haddad repetiu exatamente o mesmo número de extensão de faixas, mas avançou na pauta dos cicloativistas ao propor a integração das bikes ao Bilhete Único do transporte público.

Tudo isso, somado à ênfase na educação de motoristas, ciclistas e pedestres, compõe o arsenal básico da agenda de ONGs e usuários.

Numa cidade em que se gasta boa parte do dia no trânsito, o incentivo ao transporte em duas rodas é uma política pública necessária e urgente.

Ainda assim, é impossível não ver com ceticismo tanto entusiasmo em período eleitoral quando a prática dos governos municipal, estadual e federal é incentivar o uso de carro -seja com benefícios fiscais, seja pela precariedade do transporte público.

Também são comuns declarações de autoridades associando bicicleta a risco de morte, como fez edição recente do "Diário Oficial" do Estado.

Com tal descompasso entre prática e fotos, é de esperar que os "bikecandidatos" aprimorem as propostas e, eleitos, tirem-nas do armário, como fizeram com os capacetes reluzentes e suas magrelas envenenadas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Feriado no Recife


Ontem, domingo de chuva, não pedalei. Hoje, uma segunda-feira feriado, beleza. Um passeio de bicicleta pela cidade, leve, sem pressa, sem lugar específico para ir. Fui por aí, cheguei ao centro da cidade, estava bem tranquilo. No Marco Zero, alguns turistas, vez em quando, e alguns ciclistas - desses que estão bem no comecinho da carreira. Ainda percorri várias ruas do centro. Encontrei um casal, ela usava uma Caloi Konstanz, a primeira que vi aqui na cidade. Quanto mais bicicletas urbanas nas ruas, melhor. Fotos:






quinta-feira, 12 de julho de 2012

A grande questão sobre aro 20

As pessoas sempre perguntam aos felizes proprietários de bicicletas de aro 20 se eles não giram demais quando pedalam, por conta das rodinhas, e se as bicicletinhas conseguem acompanhar as grandalhonas. O texto abaixo, que adaptei deste aqui, responde a essa questão. Entretanto, penso que não basta aos incréus a resposta escrita, haveria que pedalar uns trinta ou quarenta quilômetros com as bicicletas aro 20 para poder compreender como elas se comportam. Segue o texto adaptado.

A maior dúvida que se ouve sobre bicicletas dobráveis é: “Se as rodas são menores que em uma bicicleta normal, isso significa que a dobrável vai ser mais lenta ou que o ciclista tem que pedalar mais rapidamente para conseguir acompanhar uma bicicleta normal?”.

A resposta é que as bicicletas dobráveis são capazes de se mover tão rápido quanto qualquer outra bicicleta dita “normal”.

O segredo está na transmissão. Uma única pedalada em uma bici de aro 20 cobrirá a mesma quantidade de terreno que uma pedalada em uma bici aro 26, 700 ou 29. Apenas as rodas pequenas vão girar mais que as rodas grandes. Portanto, uma bicicleta aro 26 girando com coroa de 52 dentes e catraca de 11 dentes vai percorrer a mesma quantidade de terreno que uma bicicletas aro 20 girando com a mesma coroa e catraca. As rodas da aro 20 é irão efetuar mais giros e não os pés do ciclista.

Daí, temos algumas das vantagens das bici aro 20:

- bicicletas com rodas pequenas sobem melhor devido ao menor diâmetro que precisa ser rotacionado;
- bicicletas com rodas pequenas aceleram mais rápido pela mesma razão;
- bicicletas com rodas pequenas respondem mais rapidamente aos comandos de direção (isso faz com que, inicialmente, o ciclista desacostumado a perceba como uma bicicleta “nervosa” ou “arisca”);
- bicicletas com rodas pequenas apresentam uma área menor e, portanto, têm menor resistência ao vento de frente;

Testes têm mostrado que para uma velocidade de até 26 km/h, as bici de roda pequena são mais eficientes que as de tamanho normal. Entre 26 e 53 km/h, há pouca diferença entre elas. Somente com mais de 53 km/h é que as bicicletas normais são mais eficientes que as de roda pequena.

Na minha experiência recente com bicicletas de aro 20, percebi que elas mantêm uma velocidade “de cruzeiro” em grupo (de 30 a 40 km/h) com facilidade e que há sobra, ou seja, eu ainda poderia pedalar mais rápido. Percebi também que mesmo com vento contrário, a postura elevada não prejudica o desempenho, provavelmente devido à área total menor de bicicleta e ciclista juntos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Bicicleta atrapalha


Diário Oficial de SP recomenda que ciclistas não devem pedalar na capital

Órgão de imprensa editado pelo governo estadual destacou na primeira página reportagem intitulada 'Mais ciclistas, mais acidentes'

Nataly Costa e Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo

O Diário Oficial do Estado (DOE), órgão de imprensa editado pelo governo estadual de São Paulo, recomendou que ciclistas não usem a bicicleta para se locomover no trânsito da capital paulista. A recomendação faz parte de reportagem que saiu hoje com destaque na primeira página da publicação, intitulada "Mais ciclistas, mais acidentes". Segundo o texto, 3,4 mil ciclistas foram internados nos hospitais estaduais no ano passado, o que gerou custo de R$ 3,2 milhões ao governo.

A reportagem ouviu apenas um especialista, o chefe do grupo de trauma ortopédico do Hospital das Clínicas (HC), Jorge dos Santos Silva. O médico afirmou que não é recomendado que ciclistas pedalem no trânsito de São Paulo. Pedalar, segundo ele, "é uma opção segura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias (sic) instaladas na capital, aos domingos." A recomendação também aparece com destaque na legenda da foto, que mostra um ciclista pedalando em uma rua paulistana.

De acordo com o médico, nesses seis primeiros meses de 2012, houve quase tantas internações de ciclistas acidentados no HC do que em todo o ano passado inteiro, o que seria um reflexo do aumento no número de bicicletas no trânsito da cidade. Outra parte da matéria traz recomendações atribuídas à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para que o leitor "não seja a próxima vítima". Uma delas diz que "o tráfego em avenidas, apesar de permitido, é prática pouco segura para o ciclista."

A bicicleta é um dos veículos autorizados a circular sobre as vias urbanas e rurais pelo Código de Trânsito Brasileiro. A legislação federal diz que os ciclistas têm preferência sobre os veículos automotores e estipula dois tipos de multas diferentes para os motoristas que não respeitam a bicicleta: deixar de guardar a distância lateral de 1,5 m ao passar ou ultrapassar bicicleta (infração média) e deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista (infração grave).

Essa mesma lei diz que é dever dos órgãos do poder Executivo, incluindo os estaduais, planejar e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas.

O governo estadual enviou uma nota no início da noite e informou que é "absolutamente favorável à ampliação do uso de bicicletas na capital e em todo o Estado, não só para lazer como também para trabalho" e que a opinião do ortopedista não reflete o que pensa a administração. Segundo a nota, prova disso são os esforços "já realizados ou em curso para aprimorar a oferta deste tipo de transporte à população" de São Paulo.

Entre os exemplos citados pelo governo, estão a ampliação da ciclovia do Rio Pinheiros, inaugurada em fevereiro, e a operação de ciclovias e bicicletários ao longo das linhas de metrô e de trem. Além disso, o governo afirmou que vai construir uma ciclovia de 13 quilômetros até 2014 que vai ligar oito municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

O que resta


Que dia chatinho foi o de ontem. Logo de manhã, chuva e chuvisco. Não usei a bici para ir ao trabalho, fui a pé, molha menos. Final da tarde, sol, voltei para casa a pé, animado, achando que de noite daria para pedalar. Começo da noite e caiu uma chuva forte. Chuva parou mas as nuvens ficaram, céu muito nublado, desisti, desistimos de pedalar. E eu estava com o maior tesão de pedalar com a Dahon. Mal humor quando não pedalo. O que resta? Olhar as fotos do pedal anterior, domingo. Hoje, dia com sol e nuvens, vim de bicicleta para o trabalho. Bom.

terça-feira, 10 de julho de 2012

De cima


É o lugar

A cidade é o lugar do encontro mas a cultura do medo transforma as pessoas em prisioneiros dos seus medos e em consumidores de segurança. Há interesse financeiro na cultura do medo: quanto mais medo, mais vendas de automóveis, de acessórios de segurança, de condomínios fechados.

Se joga


Brincadeira (ou competição?) com bicicletas em Wuhan - China. Foto do China Daily / Reuters.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Avaliação de 200 km ou uma semana de vida

Avaliação de 200 km ou uma semana de vida - Dahon Speed D7

Outro dia, vi no blog de Robson Combat a indicação de uma reportagem da revista Época em que havia uma comparação entre a Caloi Urbe e Dahon Eco. Eu mesmo, antes de comprar a minha Dahon Speed D7, fiz muitas pesquisas na internet buscando avaliações da bicicleta. Claro, fiz alguns test-drive também, tanto em Dahons quanto em Caloi, Blitz e Durban.

Minha Dahon Speed D7 chegou há somente uma semana e já pegou muita dureza pelo caminho. E já completou também mais de 200 km rodados. Então, posso fazer uma avaliação desses primeiros 200 km e dessa primeira semana de convivência. Como pedalo cerca de 800 km por mês, em breve poderei avaliá-la com mil ou dois mil quilômetros. A bicicleta veio dobrada na caixa, só precisei tirar os papelões protetores, desdobrar, encher pneus e usar.

Vou utilizar a classificação de 1 a 5 que a moça da Época usou também. Coloco logo a pontuação para aqueles que têm pressa e não quiserem ler tudo.

Dahon Speed D7 (7 velocidades)

Simplicidade para dobrar: 4 (simples, fácil)
Qualidade das travas: 4 (ótimo)
Peso para carregar: 3 (médio)

Selim original Dahon: 2 (muito duro, troquei)
Pneus originais Dahon Rotolo 1.75: 3 (muito finos para nossos buracos)
Pára-lamas reguláveis: 4
Pedais dobráveis: 2 (plástico escorrega quando molha, troquei)

Altura do canote do selim: 5 (sobe bastante)
Altura do canote de guidão: 2 (não sobe o bastante)

Freios e manetes: 3 (bons)
Passador do câmbio Sram: 3 (não sou fã de grip shift)
Câmbio Dahon Neos: 4 (até agora, muito bom)

Velocidade final: 4 (35 km/h sem problemas)
Aceleração: 5 (arrancada excepcional)

No asfalto: 4 (muito boa)
No engarrafamento: 5 (excelente)
Na terra: 4 (muito boa com os pneus que coloquei)
Na lama: 3 (boa com os pneus que coloquei)
Na subida: 3 (boa, mas falta catraca)
Na descida 3 (boa, mas cuidado com buracos)

Postura: 5 (excelente para longas e curtas distâncias)

Furação de bagageiro: 5 (pegou até um bagageiro genérico)

Barulhos: 4 (silenciosa)
Acabamento: 5

... ... ...

Agora, para quem quiser mais informações, comento minha classificação.

Simplicidade para dobrar: 4

A bici é fácil de dobrar, basta seguir os passos corretamente. Com o treino, fica bem rápido. Dobrada, ela fica firme pois tem imãs que prendem as duas partes. Observo que meu objetivo principal não é comutar, então não dobro a bici com frequência. O prédio onde moro e o prédio em que trabalho dispõem de bicicletário, então não preciso dobrar para guardar. O objetivo da dobrável, além de usar todos os dias, é levar em viagens e às vezes comutar se for necessário, por exemplo na chuva.

Qualidade das travas: 4

As travas são boas e não apresentam folgas, até agora. Achei que a pressão de travamento diminuiu com o uso na primeira semana, mas o manual mostra exatamente como apertar/desapertar a pressão das travas e fiz isso. É simples e confiável.

Peso para carregar: 3

Não é levíssima para carregar, 12,5 kg quando original, mas é uma aro 20 de cromoly. Só carreguei em trechos curtos.

Selim original Dahon: 2

Pedalo todo dia e minha bunda é acostumada a selins, mas o selim original é muito duro, pedalei 40 km com ele, e depois mais 40 km, para testar, e preferi trocar pelo selim Calypso Sentus Point que estava em uma das minhas aro 26. Ficou muito melhor, bastante confortável.

Pneus originais Dahon Rotolo 1.75: 3
Pára-lamas reguláveis: 4

Os pneus originais são bons, mas não são adequados à buraqueira do Recife (do Brasil) nem aos meus caminhos e meu jeito de pedalar. É um bom pneu se você estiver em cidade de asfalto de qualidade. Como também pego estradas de terra, preferi trocar por pneus Maxxis Holy Roller de espessura 1.95. Ficou muito bom, me deu uma grande sensação de segurança. Os pára-lamas são reguláveis e permitem colocar um pneu mais espesso como esses de 1.95.

Pedais dobráveis: 2

Detesto pedais de plástico pois quando chove o pé escorrega. Pedal tem que ser de metal e com cravinhos para o pé ficar mais fixo. Troquei logo. Não uso sapatilha e clips. Pedais que não dobram não mudam o tamanho geral da bici quando dobrada.

Altura do canote do selim: 5

Tenho 1,80m, uso o canote bem alto (na altura adequada para minhas pernas), e ainda tem bastante espaço para subir antes da inserção mínima. Gostei.

Altura do canote de guidão: 2

Uso o guidão no ponto vermelho da inserção mínima mas ainda fica baixo para minha altura. O canote do guidão deveria ser mais longo. Penso em trocar o guidão para obter uma postura mais elevada.

Freios e manetes: 3

A bici freia bem, como qualquer bici aro 26 com freios v-brake. Os manetes são metálicos e confortáveis. A posição dos manetes é regulada com facilidade através do quick release do guidão.

Passador do câmbio Sram: 3

Não sou fã de passador grip shift, prefiro passadores rapid fire, mas esse passador Sram grip shift é muito bom, preciso e silencioso. Poderia dar nota 4, mas sou imnplicante com esse tipo de passador. Talvez ainda troque por outro.

Câmbio Dahon Neos: 4

Até agora, muito bom. Preciso, silencioso, até agora não precisei regular, está como veio na caixa.

Velocidade final: 4

O cassete vai de 11 dentes a 30 dentes. Usando a catraca de 11, a bicicleta desenvolve bastante velocidade. Nosso grupo de pedalar aqui em Recife costuma fazer uma pedalada mais rápida na quinta-feira à noite. Pude acompanhar o grupo sem qualquer dificuldade, até sobrando na performance, e no primeiro pelotão. Em alguns trechos longos, o grupo manteve velocidade constante de 35 km/h e percebi que ainda poderia ir mais rápido. Isto, sem girar em falso, girando no ritmo certo, e no ritmo das aros 26 e 29.

Aceleração: 5

Nas catracas maiores e para sair do zero, a bici tem excelente desempenho, uma forte aceleração. Não entro nessa de competir, mas penso que nenhuma aro 26 tem tal capacidade de aceleração.

No asfalto: 4
No engarrafamento: 5
Na terra: 4
Na lama: 3
Na subida: 3
Na descida: 3

Muito boa para andar no asfalto, tenha cuidado com os buracos brasileiros. Com a troca de pneus (de 1.75 para 1.95) os buracos preocupam menos.
No engarrafamento é excelente, bem melhor que as grandonas. Passa fácil em apertos em que a aro 26 não passaria.
Na terra, com pneus 1.95, muito boa, mesmo desempenho das aro 26.
Na lama, o pneu Maxxis que escolhi não é muito cravejado, é mais híbrido, então o desempenho foi inferior às minhas bici mtb.
Na subida, é surpreendente, pois pensava que teria dificuldades mas subi com tranquilidade praticamente todas as subidas que encontrei. Certamente, nos meus futuros trajetos longos, haverá subidas insubíveis. O cassete vai de 11 a 30 dentes. Penso em trocar, no futuro, por um cassete que vá de 11 a 34 dentes.
Na descida é bastante rápida, mas cuidado com os buracos. Tenho descido menos kamikazemente do que costumo fazer com as aro 26.

Postura: 5

Excelente postura para pedalar, bem elevado, boa visão, não senti nenhum incômodo de braços ou coluna. Mas, como já falei, o canote do guidão deveria subir mais.

Furação de bagageiro: 5

Não precisei comprar o bagageiro oficial da Dahon que custa algo em torno dos 250 reais. Peguei um bagageiro genérico muito mais barato que se adaptou perfeitamente.

Barulhos: 4

A bici é bastante silenciosa, nenhuma das travas faz barulho. Houve um barulho inicial no guidão, mas apertei a trava de acordo com o manual e passou. Vamos ver no futuro.

Acabamento: 5

O acabamento é muito bom e o design da bici foi muito bem pensado. As furações da garrafinha e do bagageiro vem fechadas com uma tampinha de plástico. Os parafusos das rodas vem cobertos com uma tampinha também. A furação dianteira para cesto ou alforge é muito legal, pretendo comprar o cesto no futuro.

Pode melhorar:

Não tive problemas com os aros, mas tenho um certo receio deles pois não são de parede dupla. Além disso, essa configuração sui generis de 20 raios na frente e 28 raios atrás, enquanto que o padrão é de 36 raios para o aro 20, pode trazer problemas futuros se você precisar trocar o aro por empeno ou amasso.

Estou muito satisfeito com minha dobrável Dahon. Sua nota geral seria algo entre 3 e 4, pois não testei a Dahon Jetstream, por exemplo. Espero ter ajudado a quem tem intenção de comprar uma dobrável um dia.

SP cede cada vez mais espaço para o automóvel particular

Análise: SP cede cada vez mais espaço para o automóvel particular

ALVARO PUNTONI
ESPECIAL PARA A FOLHA

São Paulo possui 7 milhões de veículos registrados. Se cada um necessita de 25 m² para estacionar, são precisos 175 km² para acomodá-los. Ou seja, quase 20% da área urbanizada de São Paulo, que não ultrapassa 1.000 km².

Não estamos falando de parques, espaços públicos de convivência ou equipamentos, mas de um mero espaço pavimentado para armazenar uma máquina em repouso.

Claro que uma parte dos estacionamentos é construída e sobreposta (em subsolo ou aérea). Mas temos as faixas da rua ao longo das calçadas para os carros estacionarem, ilhando os pedestres entre os automóveis e os muros. Estas vagas absurdas, particulares sobre espaço público, tiram de todos nós espaços caros e necessários à vida urbana de qualidade.

Assistimos agora os estacionamentos dos edifícios em construção serem ocupados antes mesmo da obra onde se situam terminarem. E com o aval da prefeitura, embora as questões de segurança (ou falta dela) que suscitam serem óbvias. Não que esses estacionamentos prejudiquem o espaço de convívio humano da cidade, mas sua existência expressa a atual lógica de disponibilizar cada vez mais espaço para os veículos.

O que vemos, portanto, é o contínuo estimulo à opção do veículo particular, sob a forma de inclusão obrigatória de um número mínimo de vagas nas novas edificações e a ampliação sistemática das vias. Medidas como essas, ao estimular o uso do carro, solução majoritariamente individual, acaba gerando mais trânsito.

Não há solução possível a partir deste raciocínio. Deveríamos discutir o estímulo ao transporte coletivo, aos meios alternativos, ao pedestre.

Especular como seria uma cidade desprovida de estacionamentos sobre a rua, o que possibilitaria a imediata duplicação dos passeios e a implantação de ciclovias, parece ser desejável. Buscar alternativas e redesenhar os espaços de todos colocaria São Paulo no século vigente.

ALVARO PUNTONI é professor da FAU/USP e da Escola da Cidade

As cidades que se danem - Mary Zaidan

As cidades que se danem, por Mary Zaidan

A eleição é municipal. Mas nem parece. Quem manda nelas são caciques que pouco se interessam pelas demandas locais, mas pelo quanto vencer em 2012 pode valer para 2014.

Mais do que a deplorável opção pela política de resultados, com objetivos imediatos e importância zero para ideias, muito menos para princípios, o que para eles importa é o futuro próximo, os palácios estaduais e o paraíso do Planalto.

A começar por São Paulo, onde o ex Lula se deu ao luxo de descartar a favorita Marta Suplicy e inventar o ainda inexpressivo Fernando Haddad.

O PT de Lula interveio também em Fortaleza e no Recife, nessa última pagando preço altíssimo. Ao anular as prévias e impor Humberto Costa, perdeu o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), que preferiu lançar candidato solo, e viu um de seus mais expressivos líderes, Maurício Rands, abandonar a legenda.

Rands, que fora vencido na prévia petista pelo atual prefeito João da Costa, engoliu a derrota pessoal, mas não suportou a agressão do PT nacional.

Eduardo Campos não brinca em serviço. Com o PT, tem feito algo do tipo amigos, amigos, eleições à parte. Saiu sem o PT em várias capitais e, em algumas delas, pronto para o confronto. Em Porto Alegre, por exemplo, preferiu aliar-se a Manuela D'Ávila (PCdoB), que tem o PSD na vice, do que ao PT de Adão Villaverde. Em Cuiabá, Mauro Mendes vai bater de frente com o petista Lúdio Cabral.

Mas o pior dos imbróglios se instalou em Belo Horizonte. Lá, depois da ruptura da aliança que elegeu Marcio Lacerda (PSB), com PT e PSDB, o PT usou a mão forte e impôs o ex-ministro Patrus Ananias, cassando o registro do candidato Roberto Carvalho, atual vice de Lacerda.

Na outra ponta, o PSD, por ordem do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, anunciou adesão a Patrus, talvez para purgar o mal-estar criado junto a Lula ao apoiar o candidato tucano José Serra poucos dias depois de iniciar negociações em favor de Haddad.

Só que em BH, o PSD prefere Lacerda. Resultado: o partido de Kassab consta no registro das candidaturas de Patrus e de Lacerda. Nem os folclóricos políticos mineiros José Maria Alkmin e Benedito Valladares produziriam tal piada.

Enquanto isso, as cidades, o mundo real onde as pessoas vivem, ficam relegadas a plano secundário.

Afinal, que glamour têm engarrafamentos, transporte público, postos de saúde, creches, corte de grama, podas de árvore, varrição, lixo? São temas que passam longe dos palácios mais cobiçados. E quando despertam algum interesse – as Delta da vida que o digam – costumam ser por motivos inconfessáveis.

Resta-nos o voto, algo que eles ainda não tomaram de assalto.

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Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

domingo, 8 de julho de 2012

Tapacurá - 80 km


Grande pedalada de domingo do Pedal Clube de Pernambuco. Saímos de Recife até a Barragem de Tapacurá a 40 km, fazendo ida e volta um total de 80 km.

Um excelente teste para a Dahon Speed D7 e, também um teste para verificar se irei com ela para a viagem de cicloturismo em Santa Catarina. Desses 80 km, cerca de 20 km foram em estradas de barro e todo o percurso contou com inúmeras subidas medianas. 

A Dahon se portou muito bem em todo tipo de terreno, asfalto, buracos, terra, barro e lama. Havia alguns trechos enlameados e um único trecho em que passamos por dentro da água rasa. Sem problemas. Com mais este passeio, a bicicletinha completou mais de 200 km rodados e, em breve, escreverei um post de avaliação sobre ela. É uma excelente bicicleta, mas isso não pode ser apreendido apenas dando uma voltinha. Tem que rodar muitos quilômetros para compreender o comportamento das dobráveis.

Todas as fotos da pedalada estão no Flickr. Clique aqui.

Abaixo, algumas fotos da Dahon no passeio.

No asfalto.

Estrada de terra com trechos de lama.

Pequena bagagem e estrada com lama.

Chegando na Barragem de Tapacurá.

Na estrada cercada de cana de açúcar.

Uma parte do pessoal na Barragem de Tapacurá.

Parada de reabastecimento no Bar do Bode.

Na volta, atravessando o Rio Capibaribe em Tiúma.

Por onde a dobrável passa, o pessoal fica tentando entender.