Bicicletário & Dahon




"Logo de manhã, bom dia, logo de manhã, bom dia..."

É uma música que me vem à memória, às vezes. Então, continuo a minha saga de me tornar um feliz (apaixonado?) usuário de Dahon. Quando a fase da paixão vai passar? Entre humanos, dizem as pesquisas de várias universidades norte-americanas, a paixão dura de 9 meses a um ano e meio, pois a paixão é apenas uma forma química que a natureza desenvolveu para garantir que macho e fêmea humanos permaneçam juntos durante um período que garanta a concepção, o parto e, se possível, os primeiros meses de vida da cria.

Mas entre humanos e objetos, ou entre humanos e bicicletas dobráveis, penso que não há, ainda, pesquisa. O que posso falar/pensar é que - depois de muitos, muitos testes drives em várias dobráveis - estou adorando a Dahon. Era o que eu esperava. Todas as dobráveis que pilotei de outras marcas (Blitz, Durban e Caloi) me passaram insegurança e fragilidade. As Dahon são sólidas. Não há nenhum tipo de folga, nenhum tipo de barulhinho. Além disso, como fã, digo que as Dahon são um excelente produto de design. Entre outros pontos curiosos - a própria dobragem da bicicleta - a minha Dahon Speed traz a furação para o bagageiro, a furação (que vem com tampinhas) para a garrafinha de água, vulgo caramanhola, e a bacaninha furação - na frente - para a cestinha ou alforge (em forma de baú). Penso, sim, em comprar os dois, futuramente, a cestinha e o baú.

A bicicleta é muito legal de pedalar. A buraqueira do Recife já não me preocupa, dá para enfrentar bem com o aro 20. Por fim, é claro que imagino alguns upgrades. Parece-me que os usuários de Dahon tem essa mania dos upgrades. Trocarei, um dia ou em breve, os pedais, o selim e os pneus. Os originais são pneus Dahon Rotolo, aro 20 óbvio, largura 1.75, próprios para asfalto. Já verifiquei que os ciclistas Dahon no Brasil preferem pneus como os Maxxis High Roller, que são 1.95, pois dá pra enfrentar melhor a buraqueira e as estradas sem calçamento.

Outra coisa que percebo na bicicletinha, é que ela me dá vontade de andar menos "ciclista" e mais "normal", menos roupa de lycra coladinha e mais bermuda e camisa. A Dahon parece convidar para um pedal mais descompromissado com o ciclismo quase profissional que fazemos/faço na selva recifense.

As fotos que coloquei aqui são da Dahon no bicicletário do prédio em que trabalho. Ela está somente "quebrada" ao meio para ficar melhor acomodada no cantinho.