hoje quinta, fomos ver a exposição de mondrian e de stijl, no centre georges pompidou, no beaubourg. fomos caminhando até lá com a neve caindo sobre paris. na quantidade que estava caindo, deixava a roupa com pontos brancos mas não molhava. pelo menos, não passou pelo meu sobretudo.
na entrada do pompidou, encontramos um casal de brasileiros, estavam com dúvida se pagava para entrar, explicamos que pode entrar de grátis e lá dentro é que tem as bilheterias e você paga se quiser ver as exposições.
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bom, eu não gosto de mondrian e gosto do de stijl.
mondrian é aquela repetição sempre aquela geometria manjada, que todo mundo conhece e que quase não varia de um quadro para o outro. mas havia uns bons desenhos de mondrian. um desenho à carvão, um nu, uma mulher da cintura para cima, muito bom. e uns desenhos à carvão de árvores. foi bem legal ver esses desenhos pois só conhecia as geometrias manjadas de mondrian. o desenho da árvore já mostra que aquela árvore real dividia o espaço geometricamente, na visão dele.
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obviamente, não era permitido fotografar e eu respeitei. ao contrário da expo de basquiat que tinha muita gente desobedecendo, nesta ninguém estava fotografando escondido, fiquei com vergonha e não fotografei.
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dá para ver também que o pessoal ali do de stijl, antes de fazer a revista, estava meio perdido, meio procurando, e que fizeram numerosos quadros que nada mais eram que cópias dos quadros de braque.
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no meio da exposição, recriaram o atelier que mondrian teve em paris, na rue de depart. era um lugar bem pequeno e bastante metodicamente geométrico. mondrian era mesmo um obsessivo. quadradinho quadradinho quadradinho retangulinho retangulinho.
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agora de stijl, que foi uma revista e um movimento, praticamente iniciado por theo van doesburg e piet mondrian, eu gosto bastante, pois criou uma forma de design e de arquitetura. gosto das cadeiras de rietveld e gosto de muitos projetos e casas do de stijl, apesar do rigor em dividir o espaço geometricamente.
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curiosidade bacana: o cartão que a mulher de theo van doesburg fez para comunicar o falecimento dele é um primor de design. simples, mas com uma disposição das palavras que certamente agradaria a doesburg.
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então, não fotografei a expo, mas tem a foto do cartaz enorme que cobre parte do pompidou, visto de dentro do centro.