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domingo, 13 de janeiro de 2013

Salão dos passos perdidos


Aeroporto de Confins próximo a Belo Horizonte, Minas Gerais. Aeroportos e estações de trem, entre outros lugares, sempre têm esses amplos espaços de espera. Em arquitetura, essas enormes salas de espera têm um nome poético: sala ou salão dos passos perdidos. São um tipo de não-lugar, um espaço indistinto que pode estar em qualquer parte do mundo. Ou "lugares intermediários" onde batemos perna, perdendo nossos passos e nosso tempo. 

Em um de seus textos, Contardo Calligaris fala sobre esses espaços:

" (...) Seja como for, muitos de nós passarão um bom tempo naqueles espaços intermediários que são os saguões, as salas de espera, as salas de embarque, em suma, os cenários (menos fugazes do que gostaríamos) de nosso trânsito.

Uma bonita expressão francesa designa esses espaços como "salles des pas perdus", com ou sem hífen, que significa "salas dos passos perdidos". Não sei se existe uma etimologia definitiva dessa expressão, mas parece que, originalmente, salas dos passos perdidos são os átrios dos tribunais de Justiça, onde as partes, depois de ter exposto seus argumentos, esperam a decisão da corte em intermináveis idas e voltas de passos "perdidos", ou seja, movidos só pela ansiedade e pela incerteza quanto ao futuro.

Hoje, a expressão se refere também às salas de espera e aos vestíbulos centrais dos aeroportos e das estações ferroviárias, em suma, a aqueles lugares onde fazemos a hora batendo pernas, lugares que, simplesmente, não são nem nossa origem nem nosso destino, mas sempre apenas transições.

(...) no começo do romance de W. G. Sebald, "Austerlitz" (Companhia das Letras), o narrador encontra o professor Austerlitz na sala dos passos perdidos da estação de Antuérpia. Detalhe: se o professor Austerlitz tem um interesse muito especial pelas estações de trem, seus átrios e suas salas de espera, é porque o mundo é uma gigantesca sala dos passos perdidos, em que estamos todos, sempre, em trânsito ou talvez (numa veia mais kafkiana) caminhando em círculos, angustiados, na espera de algum oficial público que nos diga, enfim, qual foi a decisão da corte. (...)"

sábado, 29 de setembro de 2012

Viagens: Paris e Londres 2011

Nesta postagem, coloquei reunidos todas os posts que escrevi durante nossa viagem a Paris e Londres entre dezembro e janeiro de 2011.

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/paris-mais-uma-vez.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/paris-longas-caminhadas.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/saint-german-en-laye.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/amiens-e-sua-catedral.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/fra-angelico.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/cezanne-e-paris-2020.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/caminhadas-e-arte.html

http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/natal-festa-caminhadas-arte.html

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http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/depois-de-uma-segunda-feira-primaveril.html

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http://agoralascou.blogspot.com.br/2011/12/104.html

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Revendo fotos ainda

Afastado da bicicleta apenas até domingo de manhã, breve, então revejo fotos. Aqui um passeio de três dias com Jorge Waquim, no qual fomos até Bonito na sexta, 11 de março de 2011, 140km, dormimos lá e no dia seguinte fizemos a trilha das cachoeiras, cerca de 40km e voltamos no domingo, 13 de março, para o Recife, mais 140km de pedal. Essa foto é da ida, estávamos em Pombos, a 60km de Recife.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Bicicletando

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Depois de carnavalizar bastante em Olinda... Eu tenho o vício ou o vírus do carnaval. Então, depois do carnaval, eu e meu amigo Jorge seguimos de bicicleta para Bonito, interior de Pernambuco. Da minha casa até o hotel lá em Bonito são cerca de 140km. Levamos cerca de dez horas para fazer o trajeto, nosso ritmo é lento, não é competição, com muitas paradas para fotos e para lanches. No dia seguinte ao da viagem, pedalamos pela região, por estradas de barro e visitamos algumas das muitas cachoeiras de Bonito. Na foto acima, estamos em Pombos, onde fizemos nossa primeira parada na viagem de ida.
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Jorge passando pela ponte da "nova" BR-232.
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Pedalando pelas estradas de barro da região e contornando a imensa e bela Pedra do Rodeadouro.
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Uma das ladeiras mais íngremes que encontramos pelo caminho, com alguns trechos absolutamente im-pedaláveis, pelo menos para minhas pernas.
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Chegamos na cachoeira Véu de Noiva e fizemos a descida pela lateral da cachoeira. Se você olhar bem, verá  uma pessoa na parte de baixo da foto, o que pode dar uma noção da altura da queda dágua.
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Aqui uma foto dos corajosos fazendo rappel na cachoeira Véu de Noiva.
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Uma cachoeira menorzinha, mas onde se toma um excelente banho de água frígida. Cachoeira da Pedra Redonda.
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domingo, 30 de janeiro de 2011

Em Garanhuns

São quatro e pouco da tarde. Cheguei em garanhuns às duas e quarenta e cinco. Saí de recife às 11 e 40 por aí, onze e meia. São três horas de viagem. Vim de motocicleta. Detesto viajar de carro. Ainda mais quando se viaja em equipe e a trabalho. Viajar de motocicleta tem muitas semelhanças com viajar de bicicleta. Estar submetido ao sol e à chuva. Estar em contato constante com o vento ou o calor ou o frio. Ambas essas formas de viajar são maravilhosas. Ambas preenchem o coração.

Saí de recife, sol forte, mas no caminho algum chuvisco. Pouco. Parei em gravatá para esticar as pernas e tomar um refri. Parei depois em jupi para reabastecer. Essa moto faz em torno de 25km por litro. É uma motocicleta simples e sólida. nota-se que a Honda fez um produto quase inquebrável. Um produto para ser maltratado, sem frescuras. Assim como muitas das Calois bicicletas.

Esse trabalho que faço - e que nao tem nada de arte ou de artistico - tem alguma vantagem, e viajar assim é uma delas. Para distâncias até 150km vou de bicicleta; acima disso, vou de motocicleta. Viajar de bicicleta ou de motocicleta, com a liberdade na cara. Amanhã, trabalho ao ar livre, visitar uma obra, fazer fotos, fazer medições. Divertido, apenas. Terça-feira, voltar, livre, moto, vento, caminhos. Terça-feira fazer um caminho diferente na volta, para ver o mundo. O mundo me impressiona simplesmente porque ele existe lá fora.

Infelizmente, nao parei para fotografar. Havia cenas fotografáveis, mas havia muitas nuvens com cara de chuvosas, então decidi não dar chance de a chuva me pegar. Mas é óbvio que moto e bicicleta devem apenas aceitar a chuva. mas se puder evitar, melhor. Houve momentos na estrada em que chovia à esquerda da estrada e chovia à direita da estrada. Nuvens negras, chuva grossa. Mas não chovia na estrada. A rodovia passava no meio da duas chuvas. Houve momentos em que a estrada ia em direção a uma concentração de nuvens gris e chumbo, e então a estrada fazia longa curva para a esquerda e desviava da chuva, e à minha direita longe, eu ficava vendo a chuva cair das nuvens, molhando campos e colinas.

Então pronto, cheguei na cidade de garanhuns e no hotel - eu simplesmente adoro hotéis e poderia morar minha vida toda em um quarto de hotel. Almocei aqui perto em um restaurante onde a moça que atendia me chamou de meu anjo. Comprei brebotes no supermercado e ganhei um dia de licença para usar na próxima viagem de bicicleta.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A próxima


Quem - como eu - tem o vírus de viajar está vez em quando pensando na e preparando a próxima viagem. Então, a próxima viagem - de bicicleta - já está decidida, acertada, marcada, configurada. Será, melhor dizendo, um passeio de bicicleta com duração de quatro dias. No primeiro dia, iremos de Recife para Bonito. No segundo dia, apenas trilhas para as várias cachoeiras da região e para a Usina Serro Azul (fogo morto). No terceiro dia, faremos asfalto e trilhas até a cidade de Belém de Maria. No quarto dia, voltaremos para Recife. Ainda não decidimos se voltaremos por Barra de Guabiraba ou por Catende, seguindo pelas praias.

Agora, no registro cotidiano, fazendo alguns desenhos pequenos e algumas experimentações com papelão achado na rua e tinta acrílica para piso. Somente. 

sábado, 18 de dezembro de 2010

colagem desenho mãos

um desenho de dezembro, colagem. algum dia de dezembro, o dia todo desenhos. dia desenhos todo. sábado preparativos. domingo antes dez minutos da meia-noite aeroporto aeronave. o frio que nos espera, partiremos. provável possível deve ser. mala sobre a cama aberta roupas livros meias lápis canetas papel para desenhar máquina para fotografar. a máquina. à máquina. a máscara. maquinal. tauromaquia. suas mãos pequenas. bárbarie aracaju recife blumenau au cão cachorro filhote. filho. rede. links todo dia. aeronave acelera coração corre pra trás encosta na cadeira incômoda, filho filha cachorro. luz da barbárie. negro. oceano. está na mão.


sábado, 4 de dezembro de 2010

fábula

ela chegou da rua. trazia uma garrafa de vinho tinto e comida. croissants. queijo. abrimos o vinho, brindamos à próxima viagem. a expectativa dos próximos vinhos. e sabores. santé. salut. saúde. taças, vinho, a conversa se anima com a força do tinto. ao final da garrafa, admiro, adoro as marcas que o vinho deixa no rótulo, quando gotas escorrem. trilhas de vinho.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

férias novamente

alô alô alô. houston, temos um problema... é, estive uns dias ausente do mundo virtual. e é muito bom, sempre. o mundo virtual não é. ele não é. estive de férias.

aquele tipo de férias a trabalho. me mandam viajar para cidades do sertão de pernambuco, vou, é como estar de férias. hotel, café da manhã, não precisar cuidar de nada da casa. trabalhar perto – geralmente – perto do hotel. de tarde, caminhadas pela cidade, praticar aquele esporte: observar pessoas. então é férias.

quando estive na longínqua ouricuri, caminhei no calçadão do centro da cidade. o ar quente preenche a cidade até as oito da noite. muitas bicicletas e muitas motocicletas. no sertão, as pessoas não parecem mais usar os veículos de tração animal, a motocicleta substitui tudo. as concessionárias de motocicletas proliferam em todas as cidades, em geral situadas à margem das rodovias para serem bastante vistas.

os prefeitos não existem. os prefeitos não administram. em ouricuri, seria tão simples melhorar o calçadão para os usos da população, mas nada é feito ali há anos. muita gente usa esse calçadão central, situado no meio da via, largo e com árvores. muita gente caminha ali, outros conversam e namoram nos bancos, outros levam cadeiras e se ocupam em observar os passantes. bares e lanchonetes se distribuem pelo comércio que acompanha essa via. entretanto, o calçadão é interrompido continuamente para que veículos possam fazer o retorno ou atravessar a via.

seria tão simples melhorar o uso do calçadão. é somente eliminar todos esses retornos, semáforos e travessias e unificar o calçadão, fazendo com que os veículos fizessem o retorno apenas nas extremidades do calçadão unificado, através de rotatórias. veículos devem fazer trajetos maiores para que os pedestres e cidadãos possam usufruir melhor da cidade.

acessoriamente, o piso atualmente irregular do calçadão deveria ser refeito, a separação entre espaço de caminhar e as árvores deveria ser eliminado, a quantidade de bancos deveria ser aumentada e as faixas de pedestres deveriam ser sinalizadas e elevadas em relação ao asfalto da via. simples, factível. porém, como em quase todas as cidades brasileiras, não temos gestores, administradores da coisa pública.

por fim, quero falar da delícia e da dor de viajar de bicicleta e de motocicleta. parte dessas férias de quatro dias no interior do sertão do fim do mundo de pernambuco fiz de motocicleta. viajar de motocicleta e de bicicleta é impressionantemente superior a viajar dentro de um automóvel. claro que viajar de moto é diferente e semelhante a viajar de bici. muito diferente e alguma coisa pouca semelhante. mas ambas essa formas são muito mais deliciosas que o automóvel.

a autonomia, a facilidade de mudar o trajeto para ver algo, a facilidade de parar em qualquer local mais belo de ver e admirar, o contato direto com o clima, vento, chuva talvez, respingos, poeira, impacto do deslocamento de ar dos caminhões. o asfalto passando em alta velocidade a poucos centímetros das minhas botas. a dor da posição e o cansaço das pernas (isso é bastante parecido com a bicicleta). a dor e a delícia. há momentos surpreendentes, quando o motor da motocicleta parece estar em perfeita sintonia com o asfalto, com o clima, com o piloto. as respostas rápidas aos comandos. é isso, mais ou menos.


sábado, 24 de outubro de 2009

Imagens Belém de Maria - PE (2)



Vista quase aérea de Belém de Maria. Subimos ao morro do cruzeiro para ter a visão geral da cidade. Pode-se ver que era sexta-feira e as ruas em volta da igreja estavam ocupadas pelas barraquinhas da feira.


Outro panorama da cidade, mostrando como ela fica encravada no vale do rio Panelas e entre montes.


Essa é a capela do cruzeiro, um dos pontos mais altos da cidade. A capela está em mau estado de conservação, mas as pessoas da cidade me contam que é ainda utilizada.


Aqui se pode ver uma marcação do nível do rio Panelas. Conta-se que na enchente de primeiro de agosto de 2000, o nível das águas chegou aos 7 metros aí da foto. Essa ponte, inclusive, foi refeita, pois a original foi levada pelas águas. A ponte original, que vi em fotos, era muito mais bonita e trabalhada.


Outra visão do marcador de nível das águas, vejam a aguinha de nada do Panelas lá embaixo.


Nessa vista mais distante, se podem ver os montes em volta da cidade e a ponte que foi levada pelas águas. Nesse ponto em que a foto foi tirada, existiam diversas casas e uma pousada com primeiro andar, que foram arrastadas pelas águas.
Segundo relatos das pessoas com quem conversei, depois dos três dias de chuvas, no primeiro de agosto de 2000, a barragem que se situava em cima de um dos montes em volta da cidade se rompeu e a água desceu pelo riachinho de nada, que é quase paralelo ao Panelas. Quase ao mesmo tempo, o volume do Panelas que já estava alto, subiu com o rompimento de uma barragem na cidade de Cupira, à jusante do rio.
Junto com as águas que desciam do riachinho dos montes, desciam geladeiras, fogões, pedaços de casas.
Era por volta de uma da tarde.
Como já contei, as pessoas que não conseguiram ir para as partes altas da cidade - pois a água subiu muito depressa - ficaram abrigadas na igreja e na prefeitura, e quem estava nas partes mais altas não conseguia chegar aos que estavam ilhados.
Além das casas que foram arrastadas, uma grande escola municipal, a Escola Adauto Carício foi totalmente levada pelas águas.
Hoje ela está reconstruída.
O Educandário Nordestino Adventista - ENA - uma referência da cidade, teve alguns blocos de edificações afetados, entre eles os blocos de hospedagem de alunos. A piscina partiu-se ao meio e metade foi levada pela água. Todos os bancos da igreja que há na escola foram arrastados.
O ENA serviu de abrigo nos dias seguintes à catástrofe e depois disso nunca mais funcionou.
Segundo contam, apesar de mais de 400 casas destruídas, apenas uma pessoa morreu. Um homem que observava, a salvo, a violência das águas, tentou agarrar um botijão de gás que passava e foi levado pela correnteza.
Seu corpo foi encontrado cinco dias depois, há muitos quilômetros da cidade.
Naquela noite de primeiro de agosto, as pessoas quase não conseguiram dormir, com medo de mais água e chuva e com os estrondos de casas que continuavam a desabar pelos morros.


O pórtico de entrada do Educandário Nordestino Adventista.


O portão de entrada do ENA.


As instalações abandonadas do ENA.


Apenas curiosidade, a casinha de nadica e a parabolicamará.


Por fim, mais uma curiosidade, apenas. O teto dessa casa, com o devido respeito ao proprietário que não sei quem é, parece uma versão belenense de capela sistina, com o detalhe do sincretismo religioso, pois além do simbolismo cristão, se pode ver o sol e a lua, talvez como deuses indígenas inconscientemente - talvez - colocados ali.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Imagens Belém de Maria - PE

Belém de Maria é um lugar muito legal para pedalar, fazer umas trilhas, se puder vou programar alguns dias pedalando só nessa região.
Algumas imagens da cidade:


Adorei esse coração vermelho todo cravejado de espadas, seis espadas.


Essa rua é a saída da cidade de Belém de Maria em direção à Cupira. Foi em Cupira que uma das barragens rompeu, em primeiro de agosto de 2000, e o rio Panelas veio com volume e força destruindo boa parte da cidade.
Todo primeiro de agosto agora é dia de ansiedade em Belém de Maria. Nesse trecho com essa nova calçada, havia casas que foram levadas pela correnteza.


Em quase todos os pontos da cidade, o horizonte é formado por montes. Aqui nessa rua dá pra ver a escadaria que sobe para a capela do cruzeiro. Essa capela está bastante deteriorada, mas as pessoas com quem conversei falaram que ainda está sendo usada, em especial com uma missa no primeiro dia do ano.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Belém de Maria - PE



essa foto é da entrada de Belém de Maria, com o rio Panelas. Toda essa região em torno de Bonito, São Joaquim do Monte e Belém de Maria é muito muito bonita e convida a uma cicloviagem.
há muitos montes e serras e subidas pesadas para os ciclistas. saindo de Bonito em direção à Belém de Maria, encontramos o açude do Prata, uma grande quantidade de água nesse meio de agreste-mata.
depois a estrada acompanha o rio Una. em certo trecho o Una vai para longe da estrada e depois da localidade de Batateira volta para perto.
claro que Batateira se chama assim por conta do plantio de batatas, especialmente a batata-doce. quando enfim entramos na estrada para Belém de Maria, seguimos contra a corrente do rio Panelas que desce de Belém para se encontrar com o rio Una em Catende.
as pessoas da cidade nos contam da grande enchente ocorrida em agosto de 2000, há nove anos. choveu durante três dias e algumas barragens não suportaram o volume de água. eram por volta de 11 horas da manhã quando as águas começaram a subir no rio Panelas e em outro riachinho que fica por trás da cidade. as pessoas contam que foi sorte ter acontecido de dia, pois se fosse de noite, muitos teriam morrido.
as águas subiram rapidamente, as pessoas foram para perto do rio para ver e começaram a ficar ilhadas, algumas se abrigaram na prefeitura e na igreja que mostrei em outra foto.
usaram cordas para tentar ir de um lugar a outro. mais de 400 casas foram destruídas e tudo se encheu de lama. na noite daquele dia, muitos dormiram na igreja, com as roupas molhadas e sem ter nenhuma outra roupa, pois perderam tudo nas águas. sem energia e sem telefone também. nessa noite, ainda, muitas casas vazias foram assaltadas, os ladrões levaram aquilo que as águas pouparam da destruição. havia na cidade um grande colégio, famoso e conceituado, a Escola Nacional Adventista, logo na entrada da cidade. as águas inundaram e destruíram parte desse colégio, que desde então está fechado. as pessoas da cidade sentem até hoje a perda dessa referência, a grande escola em que muitos dali estudaram.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

belém de maria



eu nem sabia que existia uma cidade em pernambuco chamada belém de maria. a estrada que vai de Bonito-PE a Belém de Maria-PE é, para bicicletas, uma excelente estrada. tem algum sobe e desce, é verdade, mas a paisagem é bela, montanhosa, úmida, com alguns charcos. durante algum tempo, a estrada acompanha o rio Panelas. esse rio, houve um ano aí, que ele se encheu demais com as chuvas e inundou várias cidades, entre elas Palmares e Belém de Maria. essa estrada, boa para se fazer de bicicleta, pelas paisagens e por ter vários trechos carroçáveis, esburacados, diminuindo a velocidade dos veículos com motor, não é, naturalmente, boa para os motorizados.
Belém de Maria é cidade pobre, bonita, encravada entre montes, se enramando por entre esses montes e juntinho do rio Panelas. falando de novo do rio, ele se estreita e se alarga diversas vezes no caminho; é rio cheio de rochas e em certos trechos alargados, vi gente atravessando o rio passando pelas rochas e lajedos. quando se está em Belém de Maria, para todo lado que se olhe vemos montes, cobertos de verde e algumas casas que começam a subir as encostas.
essa igreja lá em cima, a principal da cidade, está sendo pintada como se pode ver.

domingo, 20 de setembro de 2009

Serra das Russas


então, segue o resumo da trilha de 50km na serra das russas,média de 14km/h, 3h e 45 de pedal, com paradas....conforme combimnado com macelo e zeca, nos encontramos no posto degasolina em pombos, do lado esquerdo de quem vai pela 232.preparadas as bici, seguimos subindo pela 232, pelo lado esquerdo atéencontrar a entrada da trilha, estradinha de barro, entrando à esquerda portanto..de forma geral, para vc compreender melhor, a subida da serra foi pelo lado esquerdoda pista br232 e a descida foi pelo lado direito. o povo do pedal chama o lado esquerdode espinhaço da gata, e o lado direito de orlandão, não me pergunte porque...eu, em geral, subo pelo lado direito e desço pelo espinhaço, pois o espinhaço é muitopior de fazer subindo..pois então como fizemos o espeinhaço subindo, meu amigo, é uma pedreira, são paredesverticais enormes e demoradas mas todas subí veis, viu. nada impossível, devagar e sempre.subindo subindo subindo, vez em quando uma descidinha, perigosa e inclinadíssima.até que subindo subindo, chegamos no ponto mais alto da trilha(depois te passo o perfil topográfico...).então, pra vc ver, no ponto mais alto, aquele vento frio, e a br 232 lá longe lá embaixo.se subir a serra pela 232 já é uma subida e tanto, imagine quando a gente vê a 232lá embaixo!.....as paisagens são muito bonitas lá, tanto as estradinhas, as casas, os campos de abacaxi,quanto a visào dos inúmeros montes da região..depois do topo, descidas e subidas, mas menores. até que chegamos na estrada de paralelepípedo que conduz ao hotel highlander. daí saímos na 232, atravessamos pelapassarela sobre a rodovia, parada no rei da coxinha para uma coxinha....daí seguimos ainda em direção à gravatá, para entrar à direita na trilha chamada orlandão.mais descidas que subidas, voltando para pombos, porém ainda algumas subidas fortese o sol bem mais quente, perto de meio-dia.pronto, chegamos de volta a pombos, banho no posto de gasolina e fomos almoçarem vitória

sábado, 12 de setembro de 2009

Bonito - Pernambuco


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domingo de sol.
passeio de motocicleta para Bonito, Pernambuco.
estradas de barro no caminho das cachoeiras.
almoço em um hotel da cidade.
mais estradas de barro para visitar uma pousada rural,
conhecer o lugar.
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domingo, 30 de agosto de 2009

viagem-zinha


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caro,
olha essa foto, parece uma cabeça de melancia. estou em garanhuns. fiz aquele roteiro que enviei o mapinha ontem, com uma pequena alteração: não entrei para água preta.
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então eu queria entrar em água preta porque tive uma amiga que estudava em recife e era de lá. e eu queria ver a cidade. pra comparar: tive uma amiga que também estudava em recife e
era de camocim de são félix, no caminho que vai para bonito, então toda vez que passo por camocim me lembro dela, ângela.
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então, saí de recife às 10:10, depois de abastecer e segui pela br101, como havia dito. a duplicação tá uma bosta, ou seja tudo incompleto e não há nenhum trecho em que a coisa funcione.
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há trechos terríveis, esburacados demais. mas não houve nenhum trecho de perigo. essa moto, que é feita para o off-road, passou bem por todos os lugares, com buraco ou sem.
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passei escada e ribeirão. como raramente uso a br101, foi curioso ver em ribeirão o mesmo terminal rodoviário, e o mesmo posto de gasolina onde na primeira viagem de bici que fiz, nós passamos a noite, o grupo de três, eu, fernando e ricardo.
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primeiro tentamos dormir no terminal rodoviário mas tava ruim, daí deitamos em baixo de um ônibus estacionado no posto de gasolina ao lado.
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de manhã, levamos o maior esporro do dono do ônibus pois ele ia fazer o bicho funcionar e se mover, a gente em baixo, loucura.
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de qualquer modo, a zona da mata, os mares de canavial, são belos. as encostas cortadas e cheias de cana. pasto e bois.
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me pergunto por que uma colina cheia de pasto verdinho e alguns boizinhos e vaquinhas brancos ou malhados, por que essa cena, essa imagem nos/me comove tanto, por que chama a atenção
do olhar? o bucolismo, a utopia?
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chegando em palmares, não há estrada, péssimo, somente buracos, é de se andar a trinta km/h. resolvi não entrar em água preta, a amiga não estaria lá, nem sei onde ela estaria hoje em dia,
era só sentimentalismo besta.
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estrada para catende.
depois, pega-se a esquerda em direção a quipapá e canhotinho. agora uma bela estrada.
vale a pena conhecer essas duas rodovias estaduais, a pe126 e a pe177. a estrada é simples, mas em bom estado, muitas curvas, muitas subidas e descidas, mais subindo, muitas belas paisagens.
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saindo de palmares e depois de deixar a bifurcação de catende para trás, passo pela cidade de jaqueira. tem uma bela situação, o rio piranji passa por ali, estava volumoso. havia um encontro de cavaleiros e cavalos na cidade. o rio piranji, barrento, encontra-se mais adiante com o panelas
e ambos se juntam ao rio una.
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assim que começamos a sair da zona da mata entrando pelo agreste e começando a subir, a temperatura muda, e se antes eu sentia calor, comecei a sentir o vento frio. mas havia sol forte
e fazia calor quando se parava a motocicleta, para uma foto por exemplo.
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as cidades se sucedem, a paisagem muda. jaqueira, são benedito, quipapá. aparecem montes feitos de rocha, e água escorre desses montes e, frequentemente, atravessa a estrada. depressões profundas, vales, estradinhas, fazendas, igrejinhas.
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depois canhotinho e depois angelim, são joão e garanhuns. cheguei às 13:35, ou seja cerca de três horas e vinte minutos para percorrer 245 km. vim devagar, aproveitando a estrada, a paisagem e fazendo algumas poucas fotos.
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fui ao hotel, vi o quarto, e saí para almoçar. a moça do hotel recomendou um restaurante chamado varanda, perto daqui. comi uma picanha, e estava boa, com duas cervejas long neck
para comemorar mais essa. a sobremesa, um pudim de leite. e somente isso.

sábado, 29 de agosto de 2009

pequena viagem


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caro,
hoje sábado uma trilha em aldeia, você certamente haveria
de ter gostado. de bicicleta.
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uma outra trilha que pretendo fazer, e marcar para breve
com o pessoal do pedal, será saindo de gravatá, estrada de
barro o tempo todo, passando por mandacaru, passando por
uruçu-mirim, chegando em sairé.
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de sairé, pegando a rodovia e descendo a serra até bezerros
e de bezerros voltando à gravatá pela br-232.
em breve.
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amanhã, domingo, irei para garanhuns, onde vou passar a
semana, a trabalho, pela região lá. vai uma equipe. irão
quatro carros, mas eu, para ir e para voltar, irei de moto
que fica mais divertido.
não parece trabalho.
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para variar o caminho, em vez de ir pela 232, penso ir pela
101 e ver a quantas andam a duplicação.
em palmares, entra-se para quipapá e chego a garanhuns.
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fica um pouco mais longo o caminho, mas acho que será
muito mais divertido, o que você acha?
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depois te direi como foi a viagenzinha, esta.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

são joão, pernambuco


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existe em pernambuco uma cidade chamada sao joao, eu nem sabiaque existia tal lugar. e o tal lugar foi escolhido para eu ir até láa trabalho, na semana que vem..precisando eu ir lá antes, hoje, para preparar a área,poderia, me repito, ir no carro do trab com motorista.
preferi, mais uma vez ir de motocicleta..com sinceridade, indo de motocicleta não parece trabalho, pareceum dia de lazer, sair da cidade ir passear na estrada, nas montanhasno verde no agreste, etc..saindo de recife, de casa, cedinho, 7 horas. na br 232, céu azul no topo,nuvens brancas no horizonte.subida da serra das russas, como sempre.parada breve no rei das coxinhas, sem comer, só para prendermelhor a mochila, com papéis, que levava.passa gravatá, bezerros e caruaru.
não há a menor dúvida, minha, do tipo de vento completamente diferente depois da serra e antesda serra.antes da serra, vento fresco, morno que refresca.depois da serra, vento frio, que penetra e contrai o maxilar.mas cabe falar para vc que em outras épocas do ano se pegavento quente pesado abafado no agreste e sertão.agora agosto é que tá assim.em são caetano, breve parada para abastecer.entrada à esquerda, saindo da br232 duplicada para a br 423 simples que leva a garanhuns.
sem dúvida, essa estrada é muito menos interessante que a estrada que levaa bonito. a de bonito, cheia de curvas e de paisagens, montes.essa, cheia de retões enormes, paisagem plana.de qualquer forma, as cidadezinhas que se sucedem, distraem,divertem da monotonia dos retões.cachoeirinha, lajedo, jupi, jucati..chego a garanhuns, entro à esquerda, estrada para palmaresuma rodovia estadual, a pe 177..
mais um pouquitim de estrada, 20km e chego em sao joao.cidadezinha de nada, nadica. pequena, 22 mil habitantes,não sei onde.um açude ou lago no meio (existirá diferença entre açude e lagolaguinho???)fui de um estirão só, quase sem paradas, cheguei às 10 e pouquinho.10 e 15 digamos então, 3h e pouquinho, 240km.faço o trabalho que era para fazer, limpo a área.

no outro dia, começo a voltar.
céu azul com muitas nuvens e chuviscos, às vezes.de sao caetano em diante, estrada duplicada de novo.
desço para recife parando vez em quando.paro em um posto de caruaru, e em um de vitória. um picolé em cada um.abaixo da serra das russas, vento morno, passa o frio que é lá em cima.mesmo com a roupa de proteção.foram 482km percorridos.
isso, essa pequena aventura,serve tambem para mim, para que eu saiba, comprove, que dá parafazer uma viagem de moto, percorrendo 400 ou 500 km por dia,sem problemas, sem excessivo cansaço. pegando 10 dias de fériaspode-se viajar por exemplo de 4 a 5 mil km.chegando em casa, então, para comemorar, duas bohemias long neckvendo a tarde cair, no fiteiro, caldinho de feijão, dois sanduíches depernil. um dia quase perfeito..observação: a viagem de motocicleta desperta os mesmos comentários que asviagens de bicicleta...........é loucura.........é perigoso...........se eu pudesseeu faria (podem mas não fazem)....eu queria fazer mas tenho medo........tenho um (primo, irmão, conhecido...) que faz isso também.......
foi assim e é só isso.

trilha em Bonito-PE



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embora as fotos já digam muito do que foi feito, eis a descrição.
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encontro às cinco e meia na jaqueira. uma van com reboque, 14 cicclistas
do pedal clube com suas bicicletas. todos realtivamente bem preparados,
acostumados a pedalar e a trilhas.
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parada no rei das coxinhas, um lanchinho de dez minutos.
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chegada em bonito.
eu e dalonio os que ja conheciam a trilha, os outros nao conheciam.
eu e dalonio entao decidimos subir pela trilha que contorna a pedra do
rodeadouro, descer para as cachoeiras, voltar e descer para a cidade pela
estrada de paralelepipedo.
(foi o sentido contrario do que fizemos quando vc foi a bonito)
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deixamos a van no bonito plaza hotel, saimos do hotel e pegamos a trilha,
a trilha segue subindo, suavemente, e contornando a IMPRESSIONANTE
pedra do rodeadouro.
uma montanha que é uma única pedra, como se deus brincasse com pedras
pedrinhas e d eixasse algumas por aí. montanha pedra. the rock.
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enfim a trilha começa a subir de vez, empinada, subida total parede.
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jomar subiu na frente e subiu tudinho pedalando, eu cheguei la em segundo,
mas sem competir nem me orgulhar disso, fui subindo devagar, errei alguns trechos
e parei e quando vc para em uma subida federal dessas, vc nao consegue se recolocar
em movimento, entao caminhava um trecho até encontrar trecho menos íngreme que
pudesse subir na bicic de novo.
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cheguei lá em cima e o povo foi chegando, rosaly foi uma das que pedalou
subindo quase tudo.
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descemos e pegamos a trilha para as cachoeiras
aqui é tudo descendo, rápido inclinado e perigoso.
passamos pela pedra em que caih de moto, eu nao caí
dessa vez mas jomar caiu, sem consequencias, aquela pedra eh muito escrota
e escorregadia, nao pode freiar ali.
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descemos ate' a cachoeira barra azul. banho. um b ando de crianças.

e essa epoca do ano, os rios estao com mais volume e as cachoeiras estao fortissimas.

a gente nao consegue quase se aprocximar do local da queda dagua, mesma.

entao comecamos a subir de volta, subimos e fomos para a cachoeira da pedra redonda.
mais banhos divertidos, fotos, etc.

subimos mais para a cachoeira vue da noiva.
dai escalamos a lateral da cachoeira, carregando as 14 bicicletas, fizemos umz fila de
formiguinhas passando as bicis de um pra outro ate que todas estivessem la em cima.
um trabalho do cao chupandno manga.
foi foda.

la em cima, alguns desceram fazendo rapel.
subimos mais e tomamos banho em uma piscina natural bacaninha que tem la.

subimos mais e voltamos para a estrada principal.
mais 4km pesadissimos subindo e depois a descida pelos paralelepipedos
que vc ja conhece.
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na descida, foi divertido, na minha frente felip e bolha, eu querendo me aproximar e passar,
atras de mim, dalonio, tentando chegar e me passar.
nessa descida cheguei aos 62 km/h. como eu conhecia bem a descida, estava levandio
vantagem sobre os outros dois.
fui me aproximando de felipe e sempre cuidando olhando para tras se dalonio estava chegando.
em uma curva que eu conhecia bastatne bem, felipe diminui muito para fazer a curva,
eu ja estava bem perto e passei por dentro. e dalonio restou ficar tentando
se aproximar de felipe.
chegando ao hotel, banho chuveirao da piscina e almoço, uma fome do cao.
volta para recife e somente isso.

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