A primeira viagem Recife – Maceió, sem gps, sem mapa, em julho de 1993. Acho que essa foi a primeira cicloviagem de vários dias que fiz. Eu e Jorge pedalamos em bicicletas tipo Caloi 10 e fizemos (1) Recife – Tamandaré, (2) Tamandaré – São Luís do Quitunde e (3) Quitunde – Maceió.
A parada em Tamandaré foi um erro, vimos depois, porque para entrar e sair de Tamandaré dá 20 km, então é melhor ir direto para São José da Coroa Grande; e a gente estava indo pela PE-60, pois não conhecíamos as vias mais próximas da praia.
O dia mais difícil, foi o segundo; nós partimos de Tamandaré e fomos por Japaratinga e, naquela época, não havia asfalto, era estrada de terra, muitas vezes areia fofa, a gente com pneus finos, aquilo parecia interminável. No pontal de Japaratinga, procuramos e encontramos barquinho para a travessia; ainda não havia balsa ali. Quando chegamos em Barra do Camaragibe, já se ia no meio da tarde; perguntamos por barco para travessia a Carro Quebrado e disseram que não havia. Tinha uma pousada mas não tinha comida nem para a noite nem para o café da manhã; nem havia comida na única padaria que estava fechada. Então seguimos subindo. Em Passo do Camaragibe, informaram que havia uma senhora que hospedava na casa dela; fomos lá e ela nos negou hospedagem. Seguimos para São Luís do Quitunde e chegamos lá de noite. Ficamos em um “dormidouro”, nem pousada era; um quarto apertado, duas camas, sem janela, banheiro coletivo no corredor.
Dia seguinte chegamos a Maceió. A gente se hospedou na Pajuçara e, no dia de descanso, Jorge ainda pedalou até a Praia do Francês, ida e volta; eu fiquei em Maceió para encontrar com um amigo da adolescência. No dia seguinte, eu e Jorge fomos para a rodoviária de Maceió e metemos as bicicletas no bagageiro do ônibus, com reclamação do motorista, e voltamos para Recife.