Jovens fogem dos carros em busca de liberdade
Após a explosão populacional, os jovens das décadas de 60 e 70 passaram a ver o automóvel como um instrumento de liberdade, que poderia levá-los a qualquer lugar. Nos anos seguintes, esse sentimento só se intensificou, mas agora, a geração Millennium parece enxergar a liberdade de outra forma.
Uma pesquisa realizada pelo Frontier Group, divulgada em abril deste ano, mostra que o número médio de milhas percorridas pelos jovens norte-americanos (nas faixas entre 16 e 34 anos de idade) diminuiu em 23%, entre 2001 e 2009. Na mesma direção, em 2010, o número de pessoas na mesma faixa etária sem carteira de motorista aumentou de 21% para 26%.
Em artigo recente, o jornal The New York Times usou o exemplo da marca de carros General Motors para explicar o que está acontecendo. A montadora pediu ajuda à MTV Scratch, um braço de pesquisa e relacionamento companhia americana Viacom, para traçar estratégias adaptadas à realidade dos carros e focada no público jovem. Mas, ao que tudo indica, a tarefa não será fácil.
Em uma pesquisa, a MTV Scratch perguntou quais as 31 marcas preferidas de 3 mil consumidores, nascidos entre 1981 e 2000. Nenhuma marca de carro ficou entre as top 10. De acordo com o vice presidente executivo da empresa consultora, Ross Martin, o problema é que muitos consumidores jovens hoje não ligam muito para carros.
O alto custo de gasolina, estacionamento e consertos interfere na escolha/Foto: Wm. Li
"Eles pensam que o carro é um trambolho", afirmou Martin, ao Times. De acordo com as pesquisas, os carros ainda são essenciais para motoristas de todas as idades, e a cultura do carro ainda irá durar em surbúbios e áreas rurais. Mas um automóvel não está entre as prioridades dos jovens.
Economia e estilo de vida
Parte da razão para esta mudança está na recessão econômica que atinge o país, já que a média de custo de um carro, por ano, é de 8.700 dólares. Com a crise, os jovens optaram por gastar dinheiro com outras coisas que não gasolina, estacionamento e manutenção.
Mas falta de dinheiro não é o fator principal, a mudança também parte de um novo estilo de vida. De acordo com o relatório da Frontier Group (citado anteriormente), essa geração prefere morar em centros urbanos, onde lojas, serviços e entretenimento estão a curto alcance - as chamadas comunidades "caminháveis".
Antes um rito de passagem, hoje o carro é um fardo que os jovens dos Estados Unidos não querem carregar.
*Do site EcoDesenvolvimento - Com informações do NY Times, Página 22 e Exame.
Após a explosão populacional, os jovens das décadas de 60 e 70 passaram a ver o automóvel como um instrumento de liberdade, que poderia levá-los a qualquer lugar. Nos anos seguintes, esse sentimento só se intensificou, mas agora, a geração Millennium parece enxergar a liberdade de outra forma.
Uma pesquisa realizada pelo Frontier Group, divulgada em abril deste ano, mostra que o número médio de milhas percorridas pelos jovens norte-americanos (nas faixas entre 16 e 34 anos de idade) diminuiu em 23%, entre 2001 e 2009. Na mesma direção, em 2010, o número de pessoas na mesma faixa etária sem carteira de motorista aumentou de 21% para 26%.
Em artigo recente, o jornal The New York Times usou o exemplo da marca de carros General Motors para explicar o que está acontecendo. A montadora pediu ajuda à MTV Scratch, um braço de pesquisa e relacionamento companhia americana Viacom, para traçar estratégias adaptadas à realidade dos carros e focada no público jovem. Mas, ao que tudo indica, a tarefa não será fácil.
Em uma pesquisa, a MTV Scratch perguntou quais as 31 marcas preferidas de 3 mil consumidores, nascidos entre 1981 e 2000. Nenhuma marca de carro ficou entre as top 10. De acordo com o vice presidente executivo da empresa consultora, Ross Martin, o problema é que muitos consumidores jovens hoje não ligam muito para carros.
O alto custo de gasolina, estacionamento e consertos interfere na escolha/Foto: Wm. Li
"Eles pensam que o carro é um trambolho", afirmou Martin, ao Times. De acordo com as pesquisas, os carros ainda são essenciais para motoristas de todas as idades, e a cultura do carro ainda irá durar em surbúbios e áreas rurais. Mas um automóvel não está entre as prioridades dos jovens.
Economia e estilo de vida
Parte da razão para esta mudança está na recessão econômica que atinge o país, já que a média de custo de um carro, por ano, é de 8.700 dólares. Com a crise, os jovens optaram por gastar dinheiro com outras coisas que não gasolina, estacionamento e manutenção.
Mas falta de dinheiro não é o fator principal, a mudança também parte de um novo estilo de vida. De acordo com o relatório da Frontier Group (citado anteriormente), essa geração prefere morar em centros urbanos, onde lojas, serviços e entretenimento estão a curto alcance - as chamadas comunidades "caminháveis".
Antes um rito de passagem, hoje o carro é um fardo que os jovens dos Estados Unidos não querem carregar.
*Do site EcoDesenvolvimento - Com informações do NY Times, Página 22 e Exame.