Foi um dia especial. Depois do café, fomos para o centro de Thoissey esperar, juntamente com a população local, a passagem do Tour de France. Na entrada da ponte sobre o rio Saone e na estrada que sai de Thoissey para a ponte, já muita gente esperando os ciclistas com cartazes, roupas das equipes, bonés. Nós fomos cedo para o centro, estudando um lugar melhor para ver os ciclistas. Se vocês escolhe um retão, eles irão passar a jato. Nós ficamos na pracinha do centro da cidade, onde havia uma curva de 90 graus para entrar e uma outra curva de 90 graus para sair, pois ali eles iriam diminuir a velocidade (ainda assim, eles passaram a jato!). Ficamos lá pelo centro, bebendo umas cervejas, comendo qualquer coisa, olhando os cartazes que as crianças da escola municipal fizeram. Primeiramente - e na hora marcada - passa a caravana do Tour. São os carros dos patrocinadores que passam distribuindo brindes, sucos, bonés, chaveiros, camisas, canetas. Os carros passam jogando os brindes e a gente, e o povo, pulando para agarrar essas coisinhas. Ao final da caravana, passa um enorme carro de limpeza da pista. Cerca de uma hora depois da caravana, passam os competidores. Primeiro, o pessoal da fuga, cinco ou seis ciclistas e depois o pelotão. É emocionante e todos aplaudimos os ciclistas. São muitos, claro, mas a passagem é bem rápida, apesar das curvas. Depois disso, quase no meio da tarde, decidimos pedalar um pouco, apenas até a próxima cidade, cerca de 30 km, para adiantar a viagem. O trajeto de Thoissey até Mâcon, pela margem do rio Saone, é difícil. As estradinhas não são boas, cheias de pedras, e mesmo um trecho curto impraticável, cerca de 1 km, pois passaram tratores e a lama havia endurecido. Chegamos à Mâcon, tomamos uma cerveja portuguesa na margem do rio e fomos para o camping. Deixamos para conhecer a cidade no dia seguinte.