sexta-feira, 30 de outubro de 2009

azul



caro,
cada um feliz do seu jeito, mas penso que quem compra bicicleta de onze mil, quinze mil, dezoito mil reais é infeliz, pois não pode colocar a bici na rua sem ter medo. perder dezoito mil em um furto ou roubo ou acidente? essa pessoa é infeliz pois a toda hora está assustada de perder aquela grana excessiva depositada em um objeto tão simples.
para um atleta - de competição, não de fim-de-semana - faz sentido ter uma bicicleta de quinze mil, mas para a maioria dos que compram essas bichinhas carinhas é apenas amostração, uma forma de superar algum sentimento de inferioridade.
claro, tudo isso imho.
e, por outro lado, tem gente que ama mesmo, de mesmo, de verdade, a sua bicicletinha, seja ela qual for, seja ela pobrinha e até pé-duro, sem marcha.
e eu, de minha parte, adoro ver bicicletas personalizadas, aquelas em que o dono vai colocando uma coisinha aqui, outra ali. passei por uma bici, no centro do recife, cheia de pás de ventilador, essas pás iam girando com o vento e com a pedalada.
tive vergonha de pedir ao ciclista para bater uma foto da bici, mas se encontrá-lo de novo fá-lo-ei (xi!).
e essa bici azulzinha, bela, belíssima, muito mais interessante e amada que certas bicis de quinze mil royal guardadas a sete chaves, essa bici, pode-se ver o tratamento, o cuidado que o dono lhe dá. azulzinha, belamente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

tarde em boa viagem


amigo,

hoje, depois do trabalho, iria apenas pedalar para casa e me recolher àquelas tantas e tantas coisinhas aparentemente importantes que, ao fim, a gente nem sabe o que fez direito mas o tempo se foi como na ampulheta.
já no caminho de casa, de bicicleta, trânsito leve naquela hora da tarde, decidi que ia dar uma pedalada. em casa, um banho rápido e pensei, sim, pensei isso mesmo que vou colocar aqui: vou lá na praia de boa viagem ver o mar e pensar no sentido (na falta de sentido) da vida.
peguei a bici de novo, peguei o caminho da torre, cosme viana, imbiribeira, passei na frente daquele prédio colorido da faculdade universo, aeroporto. subi para o embarque, desci e passei no desembarque, segui para a alça que conduz ao outro lado da mascarenhas de morais, entrei para boa viagem, desemboquei na avenida de frente para o mar. segui pouquinho pela ciclovia.
escolhi um local em que havia bastante luz solar, local onde os edifícios não tapam a luz do sol, a água estava ela também banhada em sol.
desci para a areia com a bici. tirei a roupa de pedalar.
fui para a água do mar, claro que simplesmente deliciosa nessa quarta-feira.
molinha, friinha, agradável.
um homem velho ("deixa a vida e morte para trás") se exercita dentro da água.
um casal e seu filho. dois rapazes conversando na água.
um monte de gente jogando bola na areia.
a absoluta falta de sentido.
a água absoluta e o azul, também, absoluto.
depois de muito bãe de mar, areia para poder ficar olhando o mar.
hoje, por sinal, os aviões estavam fazendo outra rota para o pouso, não a comum de sempre. a comum de sempre é passando por cima de tapacurá, faz a curva, aldeia, alinha com a avenida recife e desce bem apontadinho para a pista.
a rota de hoje, eu já pousei fazendo ela, é bem emocionante, e esquisitinha, e claro, depende do vento para adotarem essa rota. o avião vem pelo mar e aponta em um espaço vazio sem edifícios, ali em boa viagem, acho que é em cima do parque dona FEIÚ, aquelas horrorosas marmitas com que se roubou um monte de dinheiro da prefeitura. então o avião vem do mar, passa no vazio, e aponta para a pista do aeroporto.
e ali na praia de boa viagem, hoje, ficava vendo os aviões vindo do nada, do mar, de repente, e avançando em direção aos edifícios, um simulacro do 11 de setembro até, e desaparecendo entre os edifícios.
depois de um tempo na areia, depois de um tempo na calçada olhando o mundo, dei uma grande circulada pela ciclovia, indo de uma ponta a outra e voltando e indo.
por fim, segui para o cais zé estelita, viaduto das cinco pontas, marco zero, ponte maurício de nassau e o caminho de sempre de voltar para casa depois do trabalho.
números:
distância de hoje = 64 km
velocidade média = 20,40 km/h
vel máxima = 38,30 km/h
distância acumulada de outubro = 689,70 km
total do odo = 9.861,0 km.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

hoje 27

A vida é um circo dizem...
andando pela rua, pelo bairro, encontrei isso escrito,
e fotografei com o telefone móvel que estava à mão.
céu azul, mar azul, calor e a vida é um circo no recife.


e na bike norte, quando estive lá, fotografei o bicicletário:



cotidiano



hoje apenas a normal ida ao trabalho, volta, e uma passada na bike norte para ver equipamentos necessários à próxima viagem (paraíba e rio grande do norte).
números:
total do odômetro = 9.797,00 km
total do mês de outubro até agora = 625,73 km
hoje = 17,78 km
é só.

domingo, 25 de outubro de 2009

Cicloviagem Bonito - Recife

Depois de uma semana em Bonito e Belém de Maria, o retorno de bicicleta para Recife, no sábado.

Foto do quarto do hotel transformado em estacionamento de bici.

Saí bem cedo do hotel, às 5 da manhã, estava nublado, o sol apareceu na estrada.


Sombra alongada gerada pelo sol recém-chegado, perto de Bonito ainda.


Depois dos primeiros vinte km a primeira parada para um gole de água.


A estrada para Bonito é muito mais divertida e pictórica que a 232, claro, além do vento ser constantemente frio. Para sair da estrada de Bonito e desembocar em Bezerros, tem a descida da Serra da Caipora - alguns dizem que é serra dos ventos. Nessa descida alcancei a maior velocidade dessa viagem, 65km/h. Depois que entrei na 232, o vento contrário e forte é morno, vindo do mar distante.

Depois de Gravatá e antes de começar a descida da Serra das Russas, pausa para fotos.


No mesmo local, antes de descer as Russas.


Novamente, resolvi passar por dentro de Vitória de Santo Antão, parece um trajeto menor que pela BR232 e ainda tem uma paisagem urbana divertida. Como, aqui, a fábrica da Pitu com a garrafa e a latinha gigantes. Alguns locais curiosos que vi em Vitória:

- uma oficina chamada Mutreta Eletricista;

- um motel chamado Motel Só Moto, com uma entrada bem estreitinha;

- uma propaganda do Capri Motel com uma foto de um casal, sendo

que o homem está deitado em uma escada de alvenaria, a mulher por

cima, extremamente incômodo!;

- e em Belém de Maria, o Mercadinho DAMEÃO, Entre e COFIRA.

- também em Belém, vários lugares anunciam VENDE-SE TABU, perguntei e descobri que tabu é o mesmo que dudu, aqueles picolés em saquinho de PRÁSTICO.

Ainda a fábrica da Pitu.

Enfim, a última foto faltando apenas 20km para chegar em Recife. Como falei, saí de Bonito às cinco, cheguei em Recife às 13 e 30, o tempo de pedal foi o mesmo da ida, 7h e 48min. A cada 20km, fiz uma parada para beber água ou comer algo em postos de gasolina. Números:

distância = 140,50 km

vel máxima = 65 km/h

vel média = 18 km/h

sábado, 24 de outubro de 2009

Imagens Belém de Maria - PE (2)



Vista quase aérea de Belém de Maria. Subimos ao morro do cruzeiro para ter a visão geral da cidade. Pode-se ver que era sexta-feira e as ruas em volta da igreja estavam ocupadas pelas barraquinhas da feira.


Outro panorama da cidade, mostrando como ela fica encravada no vale do rio Panelas e entre montes.


Essa é a capela do cruzeiro, um dos pontos mais altos da cidade. A capela está em mau estado de conservação, mas as pessoas da cidade me contam que é ainda utilizada.


Aqui se pode ver uma marcação do nível do rio Panelas. Conta-se que na enchente de primeiro de agosto de 2000, o nível das águas chegou aos 7 metros aí da foto. Essa ponte, inclusive, foi refeita, pois a original foi levada pelas águas. A ponte original, que vi em fotos, era muito mais bonita e trabalhada.


Outra visão do marcador de nível das águas, vejam a aguinha de nada do Panelas lá embaixo.


Nessa vista mais distante, se podem ver os montes em volta da cidade e a ponte que foi levada pelas águas. Nesse ponto em que a foto foi tirada, existiam diversas casas e uma pousada com primeiro andar, que foram arrastadas pelas águas.
Segundo relatos das pessoas com quem conversei, depois dos três dias de chuvas, no primeiro de agosto de 2000, a barragem que se situava em cima de um dos montes em volta da cidade se rompeu e a água desceu pelo riachinho de nada, que é quase paralelo ao Panelas. Quase ao mesmo tempo, o volume do Panelas que já estava alto, subiu com o rompimento de uma barragem na cidade de Cupira, à jusante do rio.
Junto com as águas que desciam do riachinho dos montes, desciam geladeiras, fogões, pedaços de casas.
Era por volta de uma da tarde.
Como já contei, as pessoas que não conseguiram ir para as partes altas da cidade - pois a água subiu muito depressa - ficaram abrigadas na igreja e na prefeitura, e quem estava nas partes mais altas não conseguia chegar aos que estavam ilhados.
Além das casas que foram arrastadas, uma grande escola municipal, a Escola Adauto Carício foi totalmente levada pelas águas.
Hoje ela está reconstruída.
O Educandário Nordestino Adventista - ENA - uma referência da cidade, teve alguns blocos de edificações afetados, entre eles os blocos de hospedagem de alunos. A piscina partiu-se ao meio e metade foi levada pela água. Todos os bancos da igreja que há na escola foram arrastados.
O ENA serviu de abrigo nos dias seguintes à catástrofe e depois disso nunca mais funcionou.
Segundo contam, apesar de mais de 400 casas destruídas, apenas uma pessoa morreu. Um homem que observava, a salvo, a violência das águas, tentou agarrar um botijão de gás que passava e foi levado pela correnteza.
Seu corpo foi encontrado cinco dias depois, há muitos quilômetros da cidade.
Naquela noite de primeiro de agosto, as pessoas quase não conseguiram dormir, com medo de mais água e chuva e com os estrondos de casas que continuavam a desabar pelos morros.


O pórtico de entrada do Educandário Nordestino Adventista.


O portão de entrada do ENA.


As instalações abandonadas do ENA.


Apenas curiosidade, a casinha de nadica e a parabolicamará.


Por fim, mais uma curiosidade, apenas. O teto dessa casa, com o devido respeito ao proprietário que não sei quem é, parece uma versão belenense de capela sistina, com o detalhe do sincretismo religioso, pois além do simbolismo cristão, se pode ver o sol e a lua, talvez como deuses indígenas inconscientemente - talvez - colocados ali.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Imagens Belém de Maria - PE

Belém de Maria é um lugar muito legal para pedalar, fazer umas trilhas, se puder vou programar alguns dias pedalando só nessa região.
Algumas imagens da cidade:


Adorei esse coração vermelho todo cravejado de espadas, seis espadas.


Essa rua é a saída da cidade de Belém de Maria em direção à Cupira. Foi em Cupira que uma das barragens rompeu, em primeiro de agosto de 2000, e o rio Panelas veio com volume e força destruindo boa parte da cidade.
Todo primeiro de agosto agora é dia de ansiedade em Belém de Maria. Nesse trecho com essa nova calçada, havia casas que foram levadas pela correnteza.


Em quase todos os pontos da cidade, o horizonte é formado por montes. Aqui nessa rua dá pra ver a escadaria que sobe para a capela do cruzeiro. Essa capela está bastante deteriorada, mas as pessoas com quem conversei falaram que ainda está sendo usada, em especial com uma missa no primeiro dia do ano.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Belém de Maria - PE



essa foto é da entrada de Belém de Maria, com o rio Panelas. Toda essa região em torno de Bonito, São Joaquim do Monte e Belém de Maria é muito muito bonita e convida a uma cicloviagem.
há muitos montes e serras e subidas pesadas para os ciclistas. saindo de Bonito em direção à Belém de Maria, encontramos o açude do Prata, uma grande quantidade de água nesse meio de agreste-mata.
depois a estrada acompanha o rio Una. em certo trecho o Una vai para longe da estrada e depois da localidade de Batateira volta para perto.
claro que Batateira se chama assim por conta do plantio de batatas, especialmente a batata-doce. quando enfim entramos na estrada para Belém de Maria, seguimos contra a corrente do rio Panelas que desce de Belém para se encontrar com o rio Una em Catende.
as pessoas da cidade nos contam da grande enchente ocorrida em agosto de 2000, há nove anos. choveu durante três dias e algumas barragens não suportaram o volume de água. eram por volta de 11 horas da manhã quando as águas começaram a subir no rio Panelas e em outro riachinho que fica por trás da cidade. as pessoas contam que foi sorte ter acontecido de dia, pois se fosse de noite, muitos teriam morrido.
as águas subiram rapidamente, as pessoas foram para perto do rio para ver e começaram a ficar ilhadas, algumas se abrigaram na prefeitura e na igreja que mostrei em outra foto.
usaram cordas para tentar ir de um lugar a outro. mais de 400 casas foram destruídas e tudo se encheu de lama. na noite daquele dia, muitos dormiram na igreja, com as roupas molhadas e sem ter nenhuma outra roupa, pois perderam tudo nas águas. sem energia e sem telefone também. nessa noite, ainda, muitas casas vazias foram assaltadas, os ladrões levaram aquilo que as águas pouparam da destruição. havia na cidade um grande colégio, famoso e conceituado, a Escola Nacional Adventista, logo na entrada da cidade. as águas inundaram e destruíram parte desse colégio, que desde então está fechado. as pessoas da cidade sentem até hoje a perda dessa referência, a grande escola em que muitos dali estudaram.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

belém de maria



eu nem sabia que existia uma cidade em pernambuco chamada belém de maria. a estrada que vai de Bonito-PE a Belém de Maria-PE é, para bicicletas, uma excelente estrada. tem algum sobe e desce, é verdade, mas a paisagem é bela, montanhosa, úmida, com alguns charcos. durante algum tempo, a estrada acompanha o rio Panelas. esse rio, houve um ano aí, que ele se encheu demais com as chuvas e inundou várias cidades, entre elas Palmares e Belém de Maria. essa estrada, boa para se fazer de bicicleta, pelas paisagens e por ter vários trechos carroçáveis, esburacados, diminuindo a velocidade dos veículos com motor, não é, naturalmente, boa para os motorizados.
Belém de Maria é cidade pobre, bonita, encravada entre montes, se enramando por entre esses montes e juntinho do rio Panelas. falando de novo do rio, ele se estreita e se alarga diversas vezes no caminho; é rio cheio de rochas e em certos trechos alargados, vi gente atravessando o rio passando pelas rochas e lajedos. quando se está em Belém de Maria, para todo lado que se olhe vemos montes, cobertos de verde e algumas casas que começam a subir as encostas.
essa igreja lá em cima, a principal da cidade, está sendo pintada como se pode ver.

domingo, 18 de outubro de 2009

na estrada



então como me mandaram passar a semana trabalhando em bonito-PE, é pertinho, fui de bicicleta. saí de casa, no domingo 18-10-09, às 5 e 50, queria sair mais cedo mas fiquei enrolando, dormi mais um pouquinho.
peguei a br232 e vários grupos de ciclistas, geralmente em bicicletas speed, passaram por mim. eu ia para mais distante e ia economizando, pedalando e olhando.
umas nuvens de chuva começaram a se aproximar, há uns 20km de recife, e depois foi chuvisco, chuva fininha, mas que deixa a bicicleta e as roupas tudo sujo.
fui fazendo paradinhas de 20 em 20 km, bebia água ou comia algo nos postos de gasolina. caminhava alguns metros empurrando a bicicleta, a cada 20km, para mudar os grupos musculares, um pouquinho.
em bonança, aos 40km de pedal, uma água de coco e chuvinha fina.
em vitória de santo antão, a chuva persistente e céu nublado. decidi ir por dentro de vitória para ver a cidade e a fábrica da pitu e a garrafa gigante que fazia tempo que não via, pois a 232 passa por fora da cidade, depois da duplicação.
o trajeto por dentro de vitória parece até mais curto que seguindo pela 232. a garrafa gigante de pitu ainda está lá, pintada de verde e com rótulo e, ao lado, uma latinha gigante de pitu também.
eu até ia fotografar mas estava chuviscando e eu e as roupas e o plástico da câmera, tudo coberto de uma areiazinha fina da estrada.
aos 60km de pedal, paradinha em pombos para um lanchinho no posto dislub.
a subida da serra das russas, lenta, é só ter paciência. a chuva foi embora, e as encostas da estrada tapavam o vento, faz um abafado. passa o viaduto e passa o túnel cascavel.
aos 80km, uma paradinha só pra beber águinha.
aos 100km, um posto petrobrás com boa lanchonete. um lanchinho, bolo de rolo.
aos 103, bezerros e a entrada à esquerda para bonito. aí surge logo de frente uma serra, parece que o nome é serra dos ventos, e o vento mudou completamente. muda de direção, vindo de encontro ao ciclista, e muda de temperatura, é um vento frio que desce de bonito e sairé.
quase 4km de subida, mais íngreme que as russas. é só ter paciência que ela acaba. acabou. passou a entrada de sairé, era quase 120km, uma paradinha de nada só para beber água e caminhar um tiquinho.
muito sobe e desce, a região é montanhosa e bonita. passa camocim de são félix e daqui a pouquinho chego em bonito, aos 140km de pedal e às duas horas da tarde, e me hospedo aqui no bonito plaza hotel e fim. almoço e banho de piscina e soninho.
números:
distância = 140,36 km
vel máxima = 62,40 km/h já chegando em bonito, pois tem um descidão.
vel média = 18,10 km/h pois só ando na maciota, sem forçar.
tempo de pedal = 7h e 44minutos.
meu odo marca agora um total de 9.638,70 km.

sábado, 17 de outubro de 2009

ciclista 2016



essa foto encontrei no uol e foi feita pelo Ricardo Moraes da agência Reuters.
gostei da foto, o caos instaurado e o ciclista passa - aparentemente - na maior calma. essa cidade-zinha do ri-de-janeiro (como pronunciam os telejornais cariocas-nacionais) faz de conta que não é dominada pelo tráfico de drogas.
olímpiada, imho, é um gasto excessivo de dinheiro e muito roubo e falcatrua para pouco benefício. raramente transforma uma cidade, como aconteceu no caso único de barcelona. os equipamentos ficam em geral abandonados, resultando em imensa despesa mensal.
.
essa foto abaixo, do mesmo Ricardo Moraes, compartilha a mesma visão da anterior, o caos urbano-drogado e a calma do cidadão comum.
o semáforo está verde. o ônibus é o mesmo da foto anterior, visto de outra posição, ou depois que outros ônibus foram parando e sendo abandonados pelos motoristas e passageiros.
a moça tem uma certa elegância, um jeito bonito que atraiu o olhar do fotógrafo.
jeans colado, sandálias plataforma, blusinha de alcinha.
ela não está andando, mas o pezinho está meio impaciente, como quem bate o pé algumas vezes sem saber o que fazer.

caminhada de sábado


(minha bici esperando os outros em uma trilha)

então, hoje sábado não fui pra trilha dos desgarrados pois estava planejada pra ser de 80km e como amanhã viajo 130km pra bonito, achei que era até exagero, além de que 80 de trilha desgasta muito mais que 80 ou mais viajando. daí fui resolver algumas coisinhas pra essa viagem de bonito e para a próxima, da paraíba e RN.

fui a pé, propulsão humana, para ver a cidade. caminhei até a bike norte, comprei bolsa de guidão, retrovisor e espátulas de tirar pneu. já tive vários retrovisores e foram se quebrando. perdi uma espátula, por isso comprei. depois da bike norte, passei na office bike que fica em uma galeria na rua da harmonia. nunca havia ido lá por dois motivos, a loja fica no primeiro andar e embaixo não tem bicicletário, e o outro motivo, parece loja de rico e eu sou pobre. vi uma camisa de ciclismo que gostei e comprei.

depois passei em uma ótica em casa amarela e comprei um óculos de sol pois os meus óculos todos fui perdendo ao longo do tempo e das viagens. um que eu gostava muito foi levado pelo mar na viagem de bici para salvador. outro que eu gostava foi levado pelas águas das cachoeiras de bonito, em uma trilha de bici também.

aquela rua padre lemos é caótica. ônibus, automóveis, bicicletas, calçadas estreitas e os pedestres andam pelo meio da rua. feira, fiteiros, tabuleiros. desci para a conselheiro nabuco, passei naquela agradável mercearia nabuco de esquina com a rua da harmonia, segui pelo encanamento e casa e pronto. mais tarde, arrumar bagagem para viagem de amanhã.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

mais besteirinha diária



subindo a ladeira sem marcha, é no empurrão, sem problema. essa foto foi tirada quando a gente do pedal fazia uma trilha entre caruaru e fazenda nova.
hoje, sexta-feira, sol e céu azul, somente a pedalada básica.
bicicleta, primeiro fui ao hope, consulta com oftalmologista, demorou, depois fui para o trabalho, a monotonia de sempre, ao fim, voltei para casa, bicicleta e pronto.
números:
dist = 16,51km;
média = 19,10km/h
meu ciclocomputador marca agora 9.498,40 km.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

besteirinha



nessa foto aí de cima, tou segurando a bici nova de macelo, o cara. foi na trilha de segunda, 12 outubro, dia das crianças.
hoje foi apenas uma pequena pedalada besteirinha, fui pro trab e voltei de bici, e mais nada, pois tive que fazer uns desenhos em casa, e nem fui pedalar com o pedal.
então os números bestinhas de hoje foram:
dst = 13,60 km
max = 35,90 km/h
avg = 19,6 km/h
tm = 41 minutos e somente
meu odo marca 9.481,80 km.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

pedal do dia



fui trabalhar, voltei. fui na marmoaria fazer um pagamento de um portal de granito. fui no marceneiro resolver umas coisinhas sobre uma divisória de madeira. fui na casa de uma amiga, que mora no ipsep, dar uns conselho sobre uma reforma que ela quer fazer lá. voltei para casa. números:
dst = 45,42 km
max = 49,3 km/h
avg = 20,30 km/h
tempo = 2h e 14 minutos

meu ciclocomputador marca agora 9.468,20 km.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

bicicleta a trabalho



então hoje terça voltei a ir para o trabalho de bicicleta. passei um tempo sem ir de bici, estava indo de moto. de bici, prefiro sair mais cedo.
moro na tamarineira e trabalho no bairro do recife. segui pela rua do futuro até a casa dos frios e peguei a rui barbosa, depois de atravessar agamenon, fui para riachuelo, ponte princesa isabel, ponte duarte coelho e cheguei.
como o edifício em que trabalho está em reforma, confuso, empoeirado, cheio de trabalhadores, preferi deixar a bici no mesmo estacionamento em que deixo a moto.
saí do trabalho às 14, fui em casa e depois saí para pedalar.
meu odo marca agora 9.422,80 km.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

trilha com os Desgarrados 12/10/09



mesmo tendo feito um passeio de 70 km no domingo, estava pronto para fazer a trilha com os Desgarrados de piauí. acordei cedíssimo, pois o horário marcado para a saída no km 9 da estrada de aldeia era 6 e meia e eu iria pedalando. dá 20 km da minha casa para o local da saída.
acordei às 4 e meia, comi uma fruta, mamão, e não tive mais vontade de comer nada. preparei tudo, roupa e acessórios e quando ia saindo vi que chovia. fiquei em dúvida, mas olhando para o mar parecia que o tempo ia abrir.
saí com leve chuvisco, pouco depois das cinco, e ruas molhadas. segui pela caxangá, início de camaragibe e comecei a subida da ladeirona para aldeia. devagar e meditando, cheguei lá em cima, continuei pelo asfalto. mais adiante, passou por mim e parou, um amigo indo para a mesma trilha, chamou para ir no carro dele, mas preferi continuar pedalando.
cheguei ao posto de gasolina do km 9. já estavam lá zeca, ricardo e helson. chegou macelo e piauí atrasou mas chegou.
saímos pelas estradas de barro de aldeia, pelo meio dos muitos canaviais da região. enfim chegamos ao ponto de parada, a acerolândia. o suco de acerola dali é sem igual, gostoso, geladinho, consistente. e uma coxinha. e outro suco e água e saímos. descemos pelo estradão de barro, onde chegamos a 60 km/h e lá embaixo, acompanhamos o rio capibaribe por um tempo. subimos a ladeira vermelha, a ladeira de vovô-ganhou, uma puta ladeira empinada.
nenhuma quebra, nenhum pneu furado. o grupo de seis estava dividido em dois, os mais preparados, macelo, piauí e helson, pouco mais na frente, e os mais lentos, rafael, ricardo e zeca, mas sempre agrupando vez em quando.
voltamos ao posto do km 9. eu e macelo seguimos descendo de aldeia, pedalando, pelo asfalto. na descida da estrada de aldeia, cheguei aos 70 km/h. continuamos até o comecinho da caxangá, onde macelo entrou pela várzea e eu segui pela caxangá mesmo até em casa.
diversas fotos, claro. gostei muito dessa que mostra a poeira e o barro das estradas impregnando coroa, corrente e cassete da bici.
números:
distância = 97,80 km.
máxima = 70,40 km/h.
média = 18 km/h
tempo de pedal = 5h e 25min.

meu odo marca agora 9.397,10 km.

domingo, 11 de outubro de 2009

madsen cycles



já havia visto no flickr algumas fotos de bicicletas Madsen. são bikes com roda traseira pequena e enorme bagageiro para transporte de carga, de crianças, ou para um cicloturista exagerado. um pouco mais difícil de estacionar, por certo, e de manobrar no trânsito urbano. mas parece até bacaninha para uma viagem de cicloturismo mais longa.
de qualquer modo, gosto de todas as bicicletas diferentezinhas e se pudesse teria uma de cada tipo, uma dobrável com aro 20, uma tandem, uma reclinada, etc, etc.

passeio misto do domingo



então neste domingo 11/10/09 véspera de feriado dia das crianças, saímos, o pedal clube, do parque da jaqueira às seis horas da manhã, pontualmente como havia sido marcado. foram apenas sete ciclistas, acho que por conta do feriado, claro, muitos viajaram. seguimos pela br-232 até a entrada para matriz da luz. seguimos pelo estradão de barro e encontramos um outro grupo de ciclistas fazendo o mesmo caminho.
chegando em matriz da luz, fotos na frente da igreja e depois uma parada pra reabastecer, água, refrigerantes e broas. de matriz da luz a tiúma, pelo asfalto, depois são lourenço da mata, camaragibe, paralela da caxangá, parque de santana e parque da jaqueira, fim do passeio cedo, eram dez horas da manhã.
números:
distância = 71,26 km
máxima = 67,60 km/h
média = 20,80 km/h
tempo de pedal = 3h e 25 minutos.
meu odo marca agora 9.299,30 km percorridos.

sábado, 10 de outubro de 2009

pedalada terça 6-10

pedalada de sempre com o pedal clube saindo do bugaloo. seguimos para boa viagem, pela imbiribeira, parando em uma barraca de cocos na praia. voltamos pelo bairro do recife.
números:
dst = 47,25 km
max = 41,60 km/h
avg = 21,90 km/h
tm = 2h e 9min

meu odo marca 9.218,40 km.

domingo, 4 de outubro de 2009

vinho também

como gosto de tantas coisas e não tenho especificidade, não só bicicleta, não só motocicleta, não só livros ou arte e assim por diante, não só filmes, gosto também de vinho.
e então, sem nada a fazer e já tendo feito todas as bicicletadas necessárias ao corpore sano, disse: vou tomar um vinho e era de noite, ela disse quero e o nosso amigo Mt disse também quero.
então preparei uns queijos que havia, parmesão, do reino, ricota, e uns salgadinhos que havia também, nada pensado, tudo na hora.
abri, abrimos um "rapariga da quinta", 2006, diz o rótulo feito com uva alentejana, alicante bouschet, aragonês e trincadeira.
mas não sei nada disso não, só sei que prefiro os vinhos portugueses, ásperos, rascantes, aos vinhos franceses, em geral, digo. em geral, sem saber de nada, é isso.
descemos a garrafa de "rapariga da quinta" ali na sala sem querer nada de mais, e músicas, bem vindas claro. e estava bom e abrimos uma outra garrafa, vinho português de novo. um vinho da região do rio Dão, o "cabriz", e gostamos também e continuamos e acabou a garrafa. um vinho, segundo o rótulo, feito com uvas alfrocheiro, tinta roriz e touriga nacional. portugal tem isso, uvas que outros países não tem... mas me parece que a itália também tem isso. foi assim e somente.

sábado, 3 de outubro de 2009

trilha em aldeia com desgarrados

trilha em aldeia com os desgarrados de piauí. como saí de casa pedalando e voltei pedalando, a quilometragem subiu, foram 83km, mas de trilha mesmo devem ter sido uns 43km. saída do km 9 de aldeia, posto dislub, descendo para são lourenço da mata e subindo de volta para aldeia, atravessando a estrada de aldeia e entrando na estrada que vai para caetés, depois a trilha da matinha - que está com muita muita muita areia fofa. enfim, parada no bar da sardinha, e subir de volta até a estrada de aldeia. dali, eu e macelo descemos juntos pedalando pelo asfalto e na entrada da várzea nos separamos. segui pela caxangá e torre e casa e fim.
.
distância = 83,84 km.
máxima = 66,30 km/h descendo de aldeia, asfalto.
média = 17,50 km/h.
tempo de pedal = 4h e 47min.
meu odo totaliza agora 9.171,20 km.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

pedal de quinta

quinta-feira de noite, pedalada de sempre com o pedal clube. saída na praça fleming. centro da cidade, bairro do recife, cruz cabugá, complexo de salgadinho, olinda, carmo, prefeitura, mosteiro de são bento, prudente de morais, amparo, bodega de véio cheia de gente, subindo pela saldanha marinho até a sé dolinda. parada. descendo da sé, beira-mar, bultrins, complexo, voltando para recife, arraial, monteiro, 17, praça fleming, fim.
distância = 47,07 km.
máxima = 51,90 km/h.
média = 22,00 km/h.
tempo de pedal = 2h e 8 minutos.
meu odo marca agora 9.087,40 km.