Subindo o rio Amstel

Hoje dia de sol forte, céu azul de canto a canto, e feriado aqui na Holanda. Pegamos as bicicletas e começamos a subir o rio Amstel. Subir é maneira de falar porque a Holanda é toda plana. O Amstel é o grande rio cuja represa deu origem a cidade de Amsterdam. Os rios e canais na Holanda são acompanhados por ciclovias em todo o seu trajeto, em geral. Como era feriado, as ciclovias estavam movimentadas de gente passeando de bicicleta, gente de todas as idades. Os rios e canais também estavam cheios de barcos passeando e algumas pessoas tomando banho na água fria, principalmente crianças. Ainda em Amsterdam, passamos por uma ponte conversando em português, claro, e uma holandesa nos chamou pedindo ajuda. O povo holandês é sempre muito cordial e ela falou em português com sotaque. Ela entendia um pouco de português, e pediu que a gente traduzisse para o inglês uma mensagem que ela havia recebido de uma amiga, em português no celular. Traduzimos e seguimos. Nosso plano não estava definido, a gente ia seguindo o rio e consultando o excelente mapa das ciclovias da Holanda da Norte, a província em que estamos. Logo chegamos à cidade de Ouderkerk aan de Amstel. Quando a reforma protestante tomou conta da Holanda, os católicos de Amsterdam não tinha igreja na cidade e desciam até esta cidade para a missa, por isso a cidade tem o nome de Velha Igreja, Ouderkerk. Ouderkerk é pequena e linda e se espalha em torno das margens do Amstel. De Ouderkerk, a gente continuou acompanhando o rio, sem se preocupar em olhar o mapa. Fomos descendo. Depois da pequena cidade de Nes, a gente percebeu que estava seguindo um canal e não mais o Amstel, paramos para olhar o nosso mapa e um mapa que havia ao lado da ciclovia. Um casal holandês que também pedalava na região veio nos ajudar e mostrar onde a gente estava no mapa. Conversamos um pouco e descobrimos que ele sabia um pouco de português pois havia trabalhado na Varig. Eles ficaram surpresos da quantidade de cidades que a gente já havia conhecido pedalando, e também de saber que a gente estava vindo de Amsterdam. Eles pensavam que, como brasileiros, a gente não gostava de pedalar. Disseram que a gente parecia holandeses, pedalando tanto. Nós subimos o canal e voltamos ao Amstel, e atravessamos o rio de balsa, ao custo de 80 centavos as duas bicicletas. Depois da balsa, decidimos visitar a cidade de Uithoorn. Continuamos seguindo o rio, chegamos a Uithoorn e decidimos almoçar lá, em um restaurante com mesas ao ar livre, em cima de um deck dentro do rio. Depois do almoço, seguimos o Amstel no sentido de volta para Amsterdam, e logo entramos por uma ciclovia que passa por dentro da cidade de Amstelveen e que leva para a floresta de Amsterdam. A gente queria mesmo conhecer essa floresta, que se chama aqui de Amsterdamse Bos. Pedalamos por alguns trechos da floresta que é imensa - talvez do tamanho da própria cidade pelo que vê no mapa - e que tem trilhas, riachos, lagos, canais, trilhas para caminhadas e ciclovias, piscina pública, árvores, claro, e gramados imensos. Muita gente por lá, tomando sol, navegando, passeando. Depois que saímos da floresta, entramos na área urbana, passamos pelo Vondelpark e fomos deixar as bicicletas presas no bicicletário que fica na frente do hotel, para poder passear por Amsterdam a pé. Andamos muito pela cidade e seus canais, fizemos fotos, a cidade estava belíssima com sol forte até mais de nove horas da noite. Lá pelas dez da noite, fomos jantar no restaurante italiano La Traviata, que tem uma excelente comida, e a gente já foi tanto lá que já nos conhecem. Todo o pessoal é italiano, donos e garçons, e tem aquela alegria e calor próprio da Itália. As comidas são muito boas, sempre acompanhadas por mezzo litro de vinho italiano Chianti. E enfim anoiteceu, hotel e cama.
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 Começo do passeio, primeira ponte levadiça, exclusiva de ciclistas e pedestres.
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 Acompanhando o rio Amstel pelas ciclovias em suas margens.
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 Chegamos em Ouderkerk aan de Amstel. Esse local da cidade é ponto de encontro de ciclistas de todas as idades, que na beira da água tomam café, comem croissants e alimentam os patos do rio.
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 A igreja da cidade de Ouderkerk.
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 Ponte levadiça em Ouderkerk.
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 Continuamos seguindo o curso do rio Amstel, passamos pela cidade de Nes.
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 A foto mostra como funcionam as pontes levadiças. Um ocupante do barco desce e levanta a ponte, enquanto o barco passa. Se o barco só tiver um ocupante, a pessoa amarra a corrente, passa com o barco e volta para baixar a ponte.
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 Chegamos à cidade de Uithoorn e vamos almoçar, como muitos ciclistas estão fazendo ali.
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 Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor.
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 Voltamos, passamos pela cidade de Amstelveen e entramos na Amsterdamse Bos, a floresta perto de Amsterdam.
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 Eliane faz pose perto da piscina pública dentro da floresta.
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 Saindo de uma das trilhas da floresta.
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 Um grande canal que corta a floresta.
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 Depois que saímos da Amsterdamse Bos, encontramos essa nave espacial estacionada.
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 Voltamos para Amsterdam. Esse bar, às margens do Amstel, estava cheio e atende até os barcos que passam.
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 Passeando a pé por Amsterdam. Essa é uma parte da cidade de que gosto muito pois as casas estão em contato direto com as águas dos canais.
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 A foto não está de cabeça para baixo, é apenas o teto de uma loja de souvenirs.
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 E o teto de uma loja que vende tamancos.
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 A linda bicicletinha que tem desenhada nas ciclovias de Amsterdam.
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 A cidade às oito da noite, primavera.
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 A moça na janela olha o movimento, intenso, na praça. Estamos na Leidseplein, uma das praças mais movimentadas da cidade.
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 Uma bicicleta meio mal estacionada.
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 Amsterdam às nove e dez da noite, perto da Leidseplein.
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 Fritata e ravióli ao forno no La Traviata.
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 Café e o delicioso limoncello.
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Deliciosa, a comida do La Traviata.
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