Terça-feira, 24. A rotina de uma cicloviagem: acordar, café da manhã, bicicletas e bagagens. pedalar, pedalar, almoçar (se encontrar lugar), pedalar, pedalar, chegar no destino, hotel, banho, lavar roupas, sair para conhecer a cidade e jantar.
O sol está (quase) de rachar nesse começo de outono. Logo de manhã, antes de sair de Agen, pedalamos por baixo da ponte-canal para poder vê-la de longe, pois ontem pedalamos por cima dela. Passamos por baixo e subimos para a ponte-canal e retomamos a ciclovia do Canal de Garonne.
Observe-se que esta ciclovia juntamente com a próxima que vamos encontrar a partir de Toulouse (a ciclo-rota do Canal du Midi), as duas juntas são chamadas de Veloroute Entre Deux Mers (entre dois mares) pois esses dois canais fazem a ligação fluvial (e ciclística) entre o Atlântico e o Mediterrâneo.
O trajeto de hoje foi muito agradável, na ciclo-rota, com pequenas cidades e pequenos restaurantes muito bonitos, além dos barcos de turistas que passam constantemente.
Passamos em um restaurante em uma eclusa, local tão aprazível que paramos apenas para um café e uma taça de vinho. Por acaso, havia três cicloturistas ingleses, entre eles uma mulher, que também estavam lá curtindo um café e o local. Este restaurante chama-se A Galinha De Bicicleta. A mulher cicloturista nos perguntou se a dobrável era boa para viagens, se era estável, e terminou dando uma volta na Caloi Urbe de Bagaceira, para experimentar.
Depois da parada na Galinha, seguimos pelo canal e muito adiante passamos pela enorme usina nuclear de Golfech, dizem que é a mais alta da Europa com 178 metros de altura. É uma visão impressionante que acompanha os passantes por muitos quilômetros.
Após Golfech, chegamos à cidade bastide de Valence d'Agen. Entramos para conhecer e vimos uma bela cidade, bastante movimentada. Encontramos um bom restaurante na praça do antigo mercado, junto da igreja gótica, e almoçamos lá.
Depois do almoço, sol fortíssimo, voltamos para o canal. Mais adiante, o primeiro pneu furado da viagem. Troquei a câmara e seguimos. Logo chegamos a Moissac, com 52 km pedalados, pois hoje o trajeto previsto era menor, para não exigir demais da equipe.
Chegamos ao hotel pouco antes das cinco da tarde, guardamos as bicis na garagem, banho, lavar roupas e sair - com muito sol ainda - para conhecer Moissac. A cidade está às margens do rio Tarn e é muito bonita. Moissac faz parte do caminho de Santiago de Compostela e tem uma igreja muito bela e famosa, a Abadia de St. Pierre. No meu parco entendimento, uma das mais belas igrejas que já vi - considerando que prefiro as igrejas românicas do que as góticas. St. Pierre é uma igreja românica muito bem conservada e é Patrimônio da Humanidade. Além da beleza e da força do edifício, encontra-se na porta sul um belo tímpano esculpido com uma das visões de João relatadas no Apocalipse. Dentro da igreja, há diversas e belas esculturas do século XII e XV. Depois de circular pelas ruas de Moissac e pela margem do Tarn, voltamos para a praça junto à igreja, onde há alguns cafés e bistrôs, e jantamos por lá. Foi bom ver o dia indo embora, depois das oito da noite, e a iluminação das ruas e da igreja começar a aparecer. Fim de um excelente dia.
Antes de sair de Agen, indo ver a ponte-canal por baixo.
Banheiro disponível em alguns pontos do canal.
Restaurante e albergue A Galinha de Bicicleta.
Café com eclusas.
Barco entrando em eclusa.
Canal, ciclovia, plátanos.
Usina nuclear de Golfech - assustadora.
Usina nuclear de Golfech.
Canal de Garonne.
Chegando na bastide de Valence d'Agen.
O tradicional mercado central das bastides - em arcadas.
O tradicional mercado central das bastides - em arcadas.
Arcadas da igreja gótica de Valence.
Arcadas da igreja gótica de Valence.
Fonte de água potável em Valence.
Antigo mercado e suas arcadas.
De volta ao canal, um celeiro.
Canal de Garonne.
Pneu furado na tarde de sol muito quente.
Nós passamos por muitos barcos - as bicicletas são mais rápidas.
Entrando em Moissac pelo Canal de Garonne.
A igreja românica de Moissac - Abadia de Saint Pierre.
A igreja românica de Moissac - Abadia de Saint Pierre.
Escultura em madeira policromada do século XIV.
Madeira policromada, século XII.
Escultura em madeira policromada do século XIV.
A igreja românica de Moissac - Abadia de Saint Pierre - e seu famoso tímpano.
Na margem do rio Tarn em Moissac.
Na margem do rio Tarn em Moissac.
Na margem do rio Tarn em Moissac.
Canal de Garonne cruzando Moissac.
A igreja românica de Moissac - Abadia de Saint Pierre - e seu famoso tímpano.
Tímpano da Abadia de St. Pierre em Moissac.
A igreja românica de Moissac - Abadia de Saint Pierre.