Sábado, 28. Dia especial de pedalada. Era para ser um dia mais fácil, projetado para pedalar entre 40 e 45 km, sem problemas, pois queríamos chegar cedo para conhecer melhor a famosa Carcassonne, possivelmente uma das mais belas cidades do trajeto. Entretanto...
Entretanto, o dia amanheceu nublado e com vento contra muito forte e tivemos alguns contratempos. Saímos do hotel e pedalamos um pouco por dentro de Castelnaudary, conhecendo por fora algumas das antigas igrejas. Descemos para o canal e continuamos o trajeto Canal du Midi. O vento forte não prejudicava a pedalada, mas era bastante impressionante. Quando chegamos à Eclusa de Bram, ploc, um raio da roda traseira da minha bicicleta quebrou. Ora, ora, a roda da Dahon é bastante forte, mas a bichinha já viajou tanto que o estresse do material deve ter chegado ao limite. Ouvi o ploc e senti que o freio estava pegando. Descemos até o restaurante que existe nessa eclusa - que era exatamente onde eu projetara almoçar - deixei a bicicleta pra lá e fomos ver a comida. O prato do dia - sempre o mais barato e mais fresco - era sardinhas fritas. Pedimos as sardinhas, deliciosas, vinho da região, cestinha de pães (sempre vem) e, ao final, café.
Depois de resolvido o bucho, resolver a bicicleta. Soltei o freio traseiro, retirei a roda e retirei o pára-lama, e recoloquei a roda. Troquei os meus alforges - mais pesados - com os alforges de Bagaceira - mais leves. Consultamos o guia do Canal e lá dizia que havia uma Decathlon - essa loja de esportes simplesmente dez - em Carcassonne - e fechava às 19e30. Decidimos não entrar em uma ou outra cidade ao longo do restante do trajeto. Seguimos para Carcassonne. Vento forte, vento forte, o tempo todo, mas não fazia frio. Um pouco de chuvisco às vezes, uma chuva que não molhava.
Eu busquei pilotar com cuidado, sem forçar a bicicleta em marchas mais pesadas, sem acelerar de repente e tentando evitar as inúmeras raízes e tocos e alguns buracos desse trecho do Canal.
A equipe progrediu bem durante a tarde e logo entramos nos subúrbios de Carcassonne. Jorge fez a navegação até a Decathlon com o gps dele - a gente não sabia onde ela ficava - eu auxiliei com o meu e fomos acertando as ruas.
Chegamos na Decathlon - que é quase fora da cidade - e essa loja sempre tem uma oficina de manutenção de bicicletas. Mostrei ao mecânico meu raio quebrado - misturando francês e inglês - e ele logo retirou a roda e analisou o problema. Mostrou o valor do raio e da mão de obra no computador. Raio, 55 centavos, troca do raio e alinhamento da roda, 17 euros. Perguntou se estava ok para mim, ok, me mandou pagar no caixa e se ocupou da roda. Paguei e poucos minutos depois recolocamos a bagageiro, roda, com tudo ajustado. Ainda, de grátis, ele ajustou o câmbio de Jorge que estava com um pequeno problema.
Daí, voltamos pelo caminho traçado no gps para chegar na loja, e seguimos para o centro de Carcassone, chamado também de cidade baixa (ville baisse), pois a parte medieval e mais famosa fica no alto e se chama La Cité. Chegamos ao centro, e cada dupla foi para um hotel. Banho quente, lavar roupas, e nos encontramos para um passeio noturno pela Cité medieval de Carcassonne e para jantar. Excelente dia.
Aqui está o trajeto da busca da Decathlon.
Passeando por Castelnaudary.
Gárgula em igreja de Castelnaudary.
Bagaceira e uma das eclusas.
Bom humor em casa à beira do Canal du Midi.
Bagaceira adora essas longas alamedas.
Dois barcos esperando a eclusa encher.
Junto às eclusas, muitas vezes há um café, bar, lojinha.
Almoço na beira do canal, perto da cidade de Bram. Essa foi a pequena salada de Jorginho.
Hora do almoço, passou um grupo grande de ciclistas.
Sardinhas no almoço. E vinho.
Raio quebrado, trocando de bagagem com Bagaceira.
Lutando contra o vento.
Trilhas do canal.
Na oficina da loja Decathlon para trocar o raio.
Não me arrete que chegamos no hotel.
La Cité de Carcassonne à noite.
La Cité de Carcassonne à noite.
La Cité de Carcassonne à noite.