carol



H fez desenhos. colocou desenhos no álbum virtual. leu leu leu, viu filmes. no cinema. em dvd. na manhã do sábado, desenhava e ouvia música,samba, samba. salve a mocidade. carol vai sair e diz já volto. delicadamente, H explica a carol que ela não vai voltar já. delicadamente, H explica a carol que a quantidade de atividades que ela se propõe a fazer incorpora uma quantidade de tempo real, numérica, contável, presumível, e que carol está fantasiando quando diz volto já. delicadamente, H explica a carol que obviamente não vai esperá-la, que o sábado, o sol, o azul, pedem rua, caldinho, cerveja, bar. delicadamente, H mostra a carol os minutos somados que ela gastaria para cada atividade, que na fantasia dela significavam volto já, que somados resultaria em quatro cinco horas. carol, insegura, carol por saber que H vai dar no pé, vai pegar o mundo enquanto não morre - essa é a quase constante explicação dele ultimamente - carol cancela atividades, resume -se a uma atividade e diz, então, volto já. H avisa ainda, da porta, quando ela sai, que é possível, é bastante provável que quando ela voltar ele já estará no mundo, no bar, na cerveja amarela gelada e que ela o procure lá, deixa a vida me levar. carol diz ok.

H termina atividades de desenho-arte-pernosticismo, seu amigo F está por perto, perto eu digo é em algum bairro por perto, H diz apenas caldinho, F diz ok, H desce do vigésimo andar, o habitáculo, e encontra seu amigo F ao pé da rua. H preferiria ir buscar o mundo, a realidade azul de uma manhã de sábado, na beira da praia, mas devido a leis de beber-pilotar-dirigir-morrer-matar, devido a que F está por perto, ficam por perto. a cerveja do rótulo antigo, falso antigo, amarela gelada no copo americano, o caldinho. F e H. carol chega pouco depois, ela conseguiu acreditar na realidade dos minutos e do tempo, acontecimento raro. carol, F e H. F tem assuntos para resolver e se vai. carol e H c onversam, H levanta seu cabelo preto e beija-cheira seu pescoço, onde deveria haver uma tatuagem. caldinho. e pedem um arroz de polvo, e claro H não pode deixar de pensar em seu amigo JW (jaydaboliú) e fala sobre o arroz de polvo de maracaípe, os dois melhores que ele - parcamente - conhece, o de maracaípe e esse do neno.

fim da manhã-tarde de sábado. a realidade, o mundo.
está tudo lá fora.