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essa imagem acima, um desenho virtual criado no longínquo
ano de 2005, outubro, é um mapa onde, em amarelo,
aparece o caminho que vai da casa onde H morava até o
cemitério da sua cidade.
em azul, o rio capibaribe.
parece ser uma boa imagem para acompanhar o parágrafo
do livro "fantasma sai de cena", de philip roth, que vou
transcrever, já que esse livro fala do final da vida, do final
das aspirações, talvez.
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seguem o primeiro e o segundo parágrafos:
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"fazia onze anos que eu não ia a nova york. com exceção da viagem a boston para remover uma próstata cancerosa, eu passara aqueles onze anos praticamente sem sair de casa numa estrada rural nos montes berkshire, e além disso pouco lia jornal ou ouvia o noticiário, desde o onze de setembro, três anos antes; sem nenhuma sensação de perda - apenas, no início, uma espécie de ressecamento interior - eu deixara de habitar não apenas o mundo maior mas também o momento presente. o impulso de estar nele e fazer parte dele, eu já havia matado muito antes.
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agora, porém, peguei o carro e fui até o mount sinai hospital, em manhattan, uma distância de duzentos e dez quilômetros, para consultar um urologista que se especializara em uma técnica voltada para milhares de homens como eu, vitimados pela incontinência urinária causada pela cirurgia da próstata. introduzindo um cateter na uretra e injetando uma forma gelatinosa de colágeno no ponto onde o colo da bexiga se encontra com a uretra, ele havia conseguido melhoras significativas em cerca de cinquenta por cento de seus pacientes. não era uma estatística muito animadora, ainda mais porque as "melhoras significativas" não passavam de um alívio parcial dos sintomas - a incontinência grave se transformava em incontinência moderada, ou a moderada em leve. assim mesmo, como os resultados obtidos por ele eram melhores do que os de outros urologistas que empregavam mais ou menos a mesma técnica (não havia nada a fazer sobre a outra sequela da prostatectomia radical que eu, como dezenas de milhares de pacientes, não tivera a sorte de evitar - lesão dos nervos resultando em impotência), fui a nova york para consultá-lo, quando me considerava adaptado havia muito tempo às inconveniências práticas da incontinência."