Proust conta de uma loja na qual se colocava um bonequinho na vitrine: com capuz, havia chuva, sem capuz, havia sol; uma brincadeira do dono da loja. A seguir, ele diz:
[...] acredito que, na minha agonia, quando todos os meus outros “eu” estiverem mortos, se vier a brilhar um raio de sol quando eu estiver a dar os meus últimos suspiros, o pequeno personagem barométrico sentir-se-á bem contente e tirará o capuz para cantar: “Ah!, até que enfim, um dia bonito.”
O “universo” está se lixando para nós, para nossas dores pessoais. E quando ele fala em “meus outros ‘eu’”, me faz pensar em Pessoa, Fernando.